“O responsável pela Comunidade Ecuménica de Taizé, irmão Alois, desafiou todos os cristãos a considerar que o bispo de Roma pode “apoiar a comunhão entre todos”… (…)
“Não poderiam todos os cristãos considerar que o bispo de Roma é chamado a apoiar a comunhão entre todos, uma comunhão em Cristo, onde podem permanecer algumas expressões teológicas que comportam diferenças?”, questiona o prior de Taizé num artigo divulgado por ocasião do Oitavário de Oração Pela Unidade dos Cristãos enviado à Agência Ecclesia.
Para o irmão Alois, o Papa Francisco “indica” a direção “ao apresentar como prioridade para todos o anúncio da misericórdia de Deus”.
“Não falhemos neste momento providencial. Estou consciente de estar a tocar um assunto muito quente e de o fazer de forma talvez deficiente. Contudo, para avançar, parece-me inevitável que procuremos modos de entrar neste caminho de uma diversidade reconciliada”, escreve o responsável pela Comunidade Ecuménica de Taizé.
O irmão Alois, que sucedeu ao fundador da Comunidade de Taizé, irmão Roger, em 2005, considera que as confissões cristãs devem encontrar formas de se colocarem todas “sob o mesmo teto” sem esperar “que todas as formulações teológicas estejam completamente harmonizadas”.
“Não chegou a hora em que será preciso coragem para nos colocarmos todos sob o mesmo teto, sem esperarmos que todas as formulações teológicas estejam completamente harmonizadas? Não será possível expressarmos a nossa unidade em Cristo – Ele não está divido – constatando que as diferenças que permanecem na expressão da fé não nos dividem?”, interroga-se.
O prior de Taizé considera que “haverá sempre diferenças”, que devem ser avaliadas em “conversas francas”, na certeza de que “muitas vezes podem também conduzir a um enriquecimento”.
Neste artigo, o irmãos Alois referiu a experiência de ecumenismo vivida em Taizé, onde os jovens de diferentes confissões cristãs se sentem “profundamente unidos”.
“Em Taizé, surpreendemo-nos ao constatar que os jovens que passam juntos alguns dias na nossa colina, ortodoxos, protestantes e católicos, se sentem profundamente unidos, sem com isso rebaixarem a sua fé a um mínimo denominador comum, nem procederem a um nivelamento dos seus valores”, afirmou o irmãos Alois.
“Se é possível em Taizé, por que não será isso possível noutros lugares?”, questiona. (…) Fonte: Agência Ecclesia
Nota O Tempo Final: esta última questão tem uma resposta evidente: essa união não apenas será possível noutros lugares, como sucederá mesmo em todo o mundo! E esse dia pode não estar tão longe como alguns poderão pensar…