Durante a missa na basílica, estavam diversos representantes ortodoxos, anglicanos e de outras comunidades cristãs, e o sermão do Papa teve como tema “Estará Cristo dividido?”, baseado no texto de 1 Coríntios 1:13. É simbólica a presença de representantes da Igreja Ortodoxa, que teve um cisma com a Igreja católica no século 11 e também membros da Igreja Protestante (ou evangélica) que no século 16 rompeu com Roma.
Com grande tristeza, o pontífice lembrou as divisões históricas da Igreja Cristã, que deu origem a muitos conflitos ao redor do mundo. Mas Francisco preferiu exortar os cristãos a serem todos um, ressaltando que isso não deveria ser fruto de estratégias humanas.
Durante o sermão, asseverou: “Nesta tarde, encontrando-nos aqui reunidos em oração, sentimos que Cristo – que não pode ser dividido – quer atrair-nos a Si, aos sentimentos do seu coração, ao seu abandono total e íntimo nas mãos do Pai, ao seu esvaziar-se radicalmente por amor da humanidade. Só Ele pode ser o princípio, a causa, o motor da nossa unidade. As nossas divisões ferem o corpo de Cristo, ferem o testemunho que somos chamados a prestar-lhe no mundo…. Cristo fundou uma única Igreja… Queridos amigos, Cristo não pode estar dividido! Esta certeza deve incentivar-nos e suster-nos a continuar, com humildade e confiança, o caminho para o restabelecimento da plena unidade visível entre todos os crentes em Cristo”.
O papa Francisco lembrou ainda que outros papas como João XXIII e João Paulo II defendiam o ecumenismo, mas que isso precisa ser ampliado. Portanto, dispõe-se a ser um instrumento para isso. Ao falar dos obstáculos para a unidade, pediu para que os cristãos continuem tendo humildade para superar “os nossos conflitos, nossas divisões e nosso egoísmo”.
Não é a primeira vez que Francisco anuncia sua disposição de unir mais católicos e evangélicos. No ano passado, logo após o anúncio do nome do novo papa, a Aliança Evangélica Mundial afirmou que iria apoiar Francisco. Meses depois, durante a JMJ, o papa entrou em uma igreja Assembleia de Deus no Rio de Janeiro, para orar com evangélicos ali presentes. Mais recentemente, afirmou que católicos e evangélicos deviam pedir perdão mutuamente e invocar “o dom da unidade”.
Os evangélicos não sãos os únicos que Francisco tenta aproximar do Vaticano, tendo convocado membros de todas as religiões do mundo a se unir, pois isso seria mais um passo na busca pelo bem comum. O Vaticano já anunciou que Francisco deseja se reunir com os líderes das principais religiões do mundo para discutirem um esforço conjunto pela paz e harmonia mundial.
Fonte - Gospel Prime
Nota DDP: Nenhuma novidades, apenas cumprimento profético em seu estado mais básico.
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