Importantes autoridades do governo britânico temem que o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, ordene um ataque ao Irã antes do fim de seu mandato, em dois anos, segundo informações publicadas nesta sexta-feira pelo jornal "The Times". As fontes falaram em condição de anonimato ao jornal.
"Bush não quer deixar a questão para o sucessor", disse uma das fontes.
O primeiro-ministro britânico, Tony Blair, afirmou na quinta-feira que nenhuma intervenção militar contra o Irã estava em preparação, em particular por parte dos EUA.
'Não é possível prever todas as circunstâncias que podem acontecer, mas ao conversar com vocês aqui eu posso afirmar que o Irã não é o Iraque", disse Blair, acrescentando que a via diplomática é a única "sensata" para obter uma solução à crise atual sobre o programa nuclear iraniano.
Em um relatório que pode expor Teerã a sanções internacionais mais rígidas, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) informou nesta quinta-feira que o Irã não acatou o pedido do Conselho de Segurança (CS) da ONU (Organização das Nações Unidas) de suspender as atividades de enriquecimento de urânio.
"O Irã não suspendeu suas atividades relacionadas com o enriquecimento de urânio", disse a AIEA. A conclusão é importante porque pode servir de base para a imposição de novas sanções a Teerã, devido à sua intransigência nas negociações a respeito de seu programa nuclear.
A acusação aponta outra violação a exigências do CS da ONU, que em 23 de dezembro pediu que o Irã garantisse "todo o acesso e a cooperação necessários para que a agência verifique" os procedimentos nas instalações nucleares dentro de 60 dias.
O documento, enviado ao CS e aos 35 países-membros da ONU-- pode acirrar as tensões entre o Irã e os demais países ocidentais.
Com France Presse
Fonte - Folha
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