quarta-feira, 4 de junho de 2008

Hindus reconhecem no amor ponto de encontro com católicos

ROMA, terça-feira, 3 de junho de 2008 (ZENIT.org).- «Deus, homem e natureza» é o tema do simpósio concluído em 29 de maio pelo Movimento dos Focolares em Roma, que acolheu pela terceira vez representantes hindus e católicos.

A professora Shashi Prabha Kumar, da Universidade Jawaharlal Nehru em Nova Deli, Índia, reconhece que «o elemento fundamental que nos une às duas religiões é o amor de Deus e a fraternidade universal entre os seres humanos».

Esta docente hindu acrescenta: «O amor de Deus é infinito e é o elemento que pode unir as duas tradições religiosas».

Por sua parte, o professor S.A. Upadhyaya, do Instituto Bharatiya Vidya Bhavan em Mumbai (Índia), afirma que com estes encontros «não só entendemos outras religiões, mas esses diálogos nos fazem compreender nossa própria religião melhor e nos aproxima porque no final entendemos que cada religião enfatiza os valores eternos, éticos, morais como o amor, a verdade, o dar, compartilhar e a compaixão, etc.».

O diálogo mais importante é o da vida, explica a professora Shubhada Joshi, docente na Universidade de Mumbai, Índia: «O que une é o sentimento e a emoção do amor e a atitude de centrar-se em Deus e o que é muito importante é o diálogo que se leva a cabo entre os cristãos, o diálogo da vida, e o diálogo da cultura».

A doutora e professora Uma Vaidya, da mesma universidade, acrescenta: «De fato, nós, hindus, temos o objetivo no que dizemos que sentimos o mundo com nobreza, mas antes disso temos de sentir o mundo com amor e a nobreza virá depois».

O focolarino Roberto Catalano explicou à Zenit que os cristãos pouco a pouco vão reconhecendo «os valores que existem em outras culturas e isso é um aspecto muito positivo» e disse que «o cristianismo ou a cultura na Europa perdeu muitos valores que o hinduísmo e a cultura tradicional hindu ainda mantêm».

O encontro abordou, entre outros temas, o diálogo cristão-hindu e a experiência nestes anos, que compreende também o estudo dos livros sagrados, e evidenciou o conceito de vida nos Vedas (livros hindus), entre outros temas.

Os participantes puderam ver em vídeo a saudação da fundadora dos Focolares, Chiara Lubich, dirigida ao primeiro destes simpósios, em 2004. Antes de regressar a seus países, os participantes oraram diante do túmulo desta leiga que fundou este movimento com a intuição de buscar a unidade.

Fonte - Zenit
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