O que torna tão interessantes as palavras de Paulo [Na Carta aos Romanos] é que ele escreveu em um tempo em que governava o mundo um império pagão, que podia ser incrivelmente brutal, corrupto em seu cerne, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, iria começar uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus. De fato, Paulo foi morto por esse governo! Mas, apesar de tudo isso, Paulo defendeu que os cristãos devem ser bons cidadãos, mesmo sob um governo assim!
Sim. E isso porque a ideia de governo em si é encontrada em toda a Bíblia. O conceito, o princípio de governo, é ordenado por Deus. Os seres humanos precisam viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.
Isso significa que Deus aprova todas as formas de governo ou como estes governos são dirigidos? Ao contrário! Não é preciso ir muito longe, na história ou no mundo de hoje, para ver alguns regimes brutais. Mas, mesmo em situações como essas, tanto quanto possível, os cristãos devem obedecer às leis da Terra. Os cristãos devem dar apoio leal ao governo, na medida em que suas reivindicações não estejam em conflito com as reivindicações de Deus. A pessoa deve considerar com muita oração e cuidado, e com o conselho de outros, antes de iniciar um caminho que o ponha em conflito com os poderes constituídos. Sabemos pela profecia que, um dia, todos os fiéis seguidores de Deus sofrerão a oposição dos poderes políticos que estiverem no controle do mundo (Ap 13). Mas, antes disso, devemos fazer tudo o que pudermos, diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivermos.
“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como instituição designada por Deus, e ensinar obediência a essa instituição como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. ...
“Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas, quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos na conta de proferir coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).
Fonte - CPB
Nota DDP: O texto é sobre a mensagem de Paulo aos Romanos, mas pode muito bem ser considerada para os dias em que vivemos. Parece que "um tempo em que governava o mundo um império pagão, que podia ser incrivelmente brutal, corrupto em seu cerne, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, iria começar uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus" encontra-se às portas da nossa realidade. Para entender um pouco mais sobre o as considerações aqui trazidas, visite o "Minuto Profético".