Os climatologistas do Instituto de biometeorologia de Florença, na Itália, disseram que a palavra “monção”, associada ao período anual de chuvas intensas na Ásia, precisa ser acrescentada ao dicionário climático europeu.
“As palavras que usamos habitualmente para descrever as chuvas excepcionais que atingem a Europa não dão a ideia real do que hoje se passa”, disseram os cientistas.
Segundo eles, chuvas torrenciais como as que devastaram a Europa Central recentemente vêm sendo causadas pelo aquecimento do planeta, que faz subir a temperatura e aumenta a dimensão das massas de ar quente provenientes do Saara.
Chuvas na Europa Central, calor na Rússia
Essas massas se encontram com correntes frias e úmidas que vêm do Atlântico, levando a taxas de precipitação duas vezes maiores do que o normal.
Quando se deslocam para o leste, essas massas de ar quente não encontram obstáculos e provocam ondas de calor e incêndios, como ora se vê na Rússia.
Os climatologistas esperam que as catástrofes atuais sirvam de pressão sobre os participantes da COP16, a Conferência de Cancun sobre alterações climáticas, marcada para dezembro.
Fonte - Opinião e Notícia
Nota DDP: Sempre de ser ressalvada a dualidade clara existente em se entendem que realmente as alterações climáticas são visíveis mesmo ao observador leigo, sem perder de vista a possível manobra de uso político de tal realidade sob a bandeira de que medidas humanas as criaram e podem contê-las.