quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Estados Unidos a caminho de ser o Grande Irmão

Nova York, Estados Unidos, 29/9/2010 – As últimas blitze de agentes federais em residências e escritórios de pacifistas são consideradas por defensores das liberdades civis como uma prova de que os Estados Unidos se convertem em um “Estado de vigilância”, onde o direito à privacidade e outras proteções legais desaparecem. No dia 24, agentes do Escritório Federal de Investigações (FBI) realizaram na cidade de Minneapolis uma série revistas em casas de ativistas contra a guerra e no escritório de um grupo pacifista, bem como na casa, em Chicago, do chefe de uma organização árabe-norte-americana.

O jornal Minneapolis Star Tribune informou que as revistas eram parte de uma investigação sobre “atividades relacionadas com apoio material ao terrorismo”. Ninguém foi detido. O porta-voz do FBI, Steve Warfield, disse aos jornalistas que as operações aconteceram por volta das sete horas da manhã. Advogados afirmam que os agentes apreenderam computadores, celulares e documentos dos ativistas.

“O continuado e escandaloso assédio a pacifistas, ambientalistas e outros ativistas e dissidentes no governo de Barack Obama, neste e em outros casos, é indesculpável e deve acabar”, disse à IPS o presidente do independente Comitê de Defesa da Carta dos Direitos, Chip Pitts. “Isto confirma a urgência de simpatizantes de todos os partidos, de todas as idades e de todos os setores de opinião unirem-se à comunidade pelas liberdades civis em esforços para resistir ao emergente Estado de vigilância e para restaurar as proteções constitucionais”, acrescentou.

Segundo Chip, as garantias individuais “se diluíram com a Lei Patriota e outras similares aprovadas no medo politicamente manipulado depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001” em Nova York e Washington. Ativistas disseram ao jornal de Minneapolis que as invasões “os surpreenderam”. Um deles, Mick Kelly, teve papel central nas manifestações diante da Convenção Nacional Republicana de 2008, na cidade de Saint Paul.

Consultado pelo jornal sobre se estava envolvido em alguma atividade ilegal, respondeu: “absolutamente não”. Ted Dooley, seu advogado, disse que as apreensões foram, na realidade, “uma investigação sobre as opiniões políticas de cidadãos norte-americanos e de qualquer organização contrária ao desígnio imperialista” de Washington.

Além disso, explicou que as ordens de invasão se basearam em uma lei federal que considera crime promover ou conspirar para fornecer apoio material a organizações terroristas estrangeiras. Supostamente eram investigadas ligações com grupos terroristas nos territórios palestinos e na Colômbia. Os ativistas foram intimados a comparecerem a um júri federal no próximo mês, em Chicago. Também foram emitidas intimações em Michigan e Carolina do Norte.

Após as blitze, organizações pacifistas e similares começaram a preparar sua resposta. No dia 27, cerca de 150 pessoas reuniram-se diante do escritório do FBI em Minneapolis, algumas com cartazes onde se lia “Opor-se à guerra não é um crime”. Para ontem eram previstas outras manifestações em diferentes partes do país. Os ativistas investigados pelo FBI asseguram não ter cometido crime algum e anunciaram que continuariam se opondo à política norte-americana no Oriente Médio e na América do Sul.

Por sua vez, o jornal The New York Times informou, no dia 27, que o governo Obama preparava um projeto de lei para facilitar aos serviços de inteligência a interceptação de comunicações e informações na Internet, incluindo e-mails e conteúdo privado em redes sociais. A Casa Branca prevê apresentar o texto ao Congresso no próximo ano.

A nova lei, se aprovada, exigirá que todos os serviços via Internet sejam tecnicamente capazes de permitir a interceptação das comunicações pelas autoridades federais em caso de uma ordem, informou o jornal. Os serviços de correio eletrônico através de telefone celular inteligente como BlackBerry, as redes sociais com Facebook e programas de telefone na Internet, como Skype, poderiam ser submetidos à vigilância.

Fonte - Envolverde

terça-feira, 28 de setembro de 2010

A incerteza generalizada atinge os EUA

Os “espíritos animais” aos quais Keynes se referiu estão à espreita por todos os Estados Unidos. E eles estão de mau humor. Esses espíritos estão cansados e encontram-se em situação difícil. As corporações estão armazenando dinheiro, quando têm algum dinheiro para armazenar, porque não estão acreditando na recuperação econômica.

Durante uma visita de uma semana, eu me deparei com um clima de profunda intranquilidade nos Estados Unidos que parece ter descambado para o tribalismo – não tribalismo étnico, mas sim político, econômico e social. A incerteza é generalizada. O resgate de Wall Street promovido pelo governo, aliado às sérias dificuldades de uma classe média que luta para sobreviver com salários estagnados ou em queda, fez com que aumentassem os ressentimentos.

Este não é um fenômeno momentâneo. Ninguém parece acreditar que o desemprego cairá significativamente do seu atual patamar de 9,6% - um nível mais associado à França – em um futuro próximo. O jeito é habituarmo-nos ao novo conceito de normal.

Eu conversei com um executivo aposentado de Wall Street que deixou o setor há alguns anos para criar uma pequena empresa na qual ele tem que lidar com folha de pagamento, mas onde está livre do debilitante pensamento de curto prazo das instituições financeiras. Um pensamento que, durante a sua carreira, passou a ser dominado por corretores “que observam oportunidades, e não condições, econômicas”.

Ele disse que a gota d'água foi em 2002. Executivos graduados do banco no qual ele trabalhava reuniram-se para discutir os seus bônus salariais. Na ocasião eles tinham diante de si duas opções: manter esses bônus em um momento de contração econômica, o que exigiria a demissão de 5% da força de trabalho, ou aceitar uma redução de 25% dos bônus, o que permitiria que aqueles empregos fossem preservados.

“O sujeito que chefiava a reunião pediu que aqueles que aceitariam uma redução dos bônus levantassem a mão”, disse ele. “Nós éramos 30 na sala de reunião. Apenas três ergueram a mão. Eu fui um destes”.

As demissões ocorreram, este executivo deixou a companhia, e atualmente o banco ainda está tentando se recuperar dos resultados dos seus excessos descontrolados.

Os Estados Unidos são uma terra de associações. A solidariedade não desapareceu do país. Mas ela está diminuindo. Todos aqueles que desejavam preservar o seu delicioso dinheiro já eram ricos.

A fragmentação domina o cenário. O mercado de ações costumava ser um indicador confiável da situação econômica. Mas agora o que se pode ver é um mercado de corretores, e não de investidores. Essa gente quer saber qual é o spread de hoje e de amanhã; eles conseguem ganhar dinheiro tanto nas altas quanto nas quedas da bolsa; e eles se importam muito menos com a U.S.A. Inc.

Assim, o mercado continua seguindo o seu curso – ultimamente em alta, mas tipicamente sem direção (o que torna mais difícil a vida daqueles corretores de altos e baixos) – enquanto em Main Street (termo informal para designar o mundo do cidadão comum, em contraste com Wall Street) a luta pelo pão de cada dia continua. Os indivíduos trabalham em jornadas mais longas, fazem malabarismos para atender às necessidades dos filhos, buscam maneiras de se desalavancarem um pouco – e ainda estão dispostos a “consumir” pelo bem da economia.

A parcela da renda nacional que está nas mãos do grupo formado por 1% das famílias norte-americanas mais ricas dobrou nas últimas décadas, chegando a 20%. Isto representou uma grande mudança. Eu conversei com Doug Severance, um veterano da guerra do Vietnã que é funcionário de um hotel em Aspen, no Estado do Colorado. “Quando eu me mudei para cá, em 1984, éramos uma só família”, diz ele. “Hoje em dia há apenas dois grupos: o dos que chegam em um Lear Jet e o dos criados”.

A esperança em Obama dissipou-se em pouco tempo. Não se pode culpá-lo inteiramente, mas ele não é inteiramente inocente. A exclamação de Velma Hart, uma apoiadora negra de Obama, em uma recente reunião com o presidente na prefeitura de uma cidade - “Estou exausta de tanto te defender” - ficou nacionalmente famosa porque muita gente está sentindo a mesma coisa.

Tendo vindo do Reino Unido, o que mais me impressionou foi a incerteza. Isto é simplesmente a pior coisa para a economia de um país. Conforme me disse um executivo de Chicago, as pessoas criativas erguem-se acima de um conjunto de regras consistentemente aplicadas. A falta de transparência mata.

O Reino Unido passou por problemas econômicos semelhantes após fases de muitos gastos – problemas como dívidas pessoais e nacional e déficits crescentes. Mas o primeiro-ministro conservador David Cameron e os seus parceiros liberais-democratas colocaram de fato o bipartidarismo para funcionar – será que algum republicano percebeu isso? Eles estão almejando cinco anos de estabilidade por meio de uma nova lei e cortes dolorosos em todos os departamentos governamentais.

Cinco anos é um período respeitável. Mas nos Estados Unidos de hoje, as preocupações com períodos de apenas um trimestre são características até mesmo um chefe executivo visionário.

O debate político nos Estados Unidos está em queda livre. Ninguém sabe se haverá mais estímulos fiscais, após os primeiros US$ 787 bilhões (R$ 1,35 trilhão), nem como terminará a discussão sobre impostos. Segundo uma proposta de Barack Obama, as reduções de impostos da era Bush deverão terminar no final do ano para os casais afluentes e proprietários de pequenas empresas que ganham mais de US$ 250 mil (R$ 428 mil) anuais. Os republicanos estão resistindo, afirmando que é loucura aumentar impostos em uma economia combalida.

Mas não é loucura alguma. Acabar com as reduções de impostos para os ricos é um sinal mínimo para uma terra dividida, uma declaração de que os dois Estados Unidos se conhecem. Mas neste momento em que Barack Obama depara-se com uma dolorosa possibilidade de derrota nas próximas eleições parlamentares, parece ser improvável que tal medida gere resultados. Acima de tudo, o mais necessário é alguma clareza e senso de direção – daquele tipo proporcionado por Cameron em Londres e que a próspera China aplica todos os dias.

Sem isso, podemos esperar que os espíritos animais mantenham-se à espreita, que os Estados Unidos continuem olhando para si próprios e tendendo ao encolhimento e que o conceito de novo normal dure ainda bastante tempo.

Fonte - UOL

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

"A família: O trabalho e a festa"

Vaticano, 24 Set. 10 / 02:03 pm (ACI).- O Cardeal Ennio Antonelli, Presidente do Pontifício Conselho para a Família, apresentou este meio-dia no Escritório de Imprensa da Santa Sé a Carta do Papa Bento XVI para o VII Encontro Mundial das Famílias Milão 2012, na que o Santo Padre faz uma reflexão sobre o tema do mesmo "A família: o trabalho e a festa".

"O trabalho e a festa –escreve o Papa na carta– estão intimamente relacionados com a vida das famílias: afetam as decisões, têm influência nas relações entre os cônjuges e entre pais e filhos, incidem na relação entre a família e a sociedade e a Igreja".

O Santo Padre ressalta que "hoje em dia, por desgraça, a organização do trabalho, desenhada e posta em prática em função da competição do mercado e do máximo ganho, e o conceito da festa como oportunidade para a evasão e o consumo, contribuem à desagregação da família e a comunidade e a difundir um estilo de vida individualista".

"Por isso –continua–, é necessário promover uma reflexão e um compromisso para conciliar as exigências e os tempos do trabalho com os da família e a recuperar o verdadeiro sentido da festa, especialmente do domingo, páscoa semanal, dia do Senhor e dia do homem, dia da família, da comunidade e da solidariedade".

O Papa escreve que "o próximo Encontro Mundial das Famílias é uma ocasião privilegiada para voltar a expor o trabalho e a festa na perspectiva de uma família unida e aberta à vida, bem integrada na sociedade e na Igreja, atenta contra a qualidade das relações e a economia do núcleo familiar".

Seguidamente o Santo Padre expressa seu desejo de que "já no ano 2011, 30° aniversário da exortação apostólica ‘Familiaris consortio’" de João Paulo II, "’carta magna’ da pastoral familiar, comece um itinerário com iniciativas em nível paroquial, diocesano e nacional, com o fim de destacar as experiências de trabalho e de festa em seus aspectos mais reais e positivos, com especial insistência na incidência sobre a experiência de vida concreta das famílias".

Ao final da carta, o Santo Padre assinala que o VII Encontro Mundial, "igual que os anteriores, durará cinco dias e culminará no sábado de noite com a ‘Festa dos testemunhos’ e a manhã do domingo com a missa solene. Nestas duas celebrações, que presidirei, reuniremo-nos como ‘família de famílias’".

Comentando o tema da carta, o Cardeal Antonelli se referiu aos problemas que afetam a família e advertiu que "se privatiza e se reduz a um lugar de afetos e de gratificação individual; não recebe o adequado apoio cultural, jurídico, econômico e político; sofre o oneroso condicionamento de dinâmicas desintegrantes complexas, entre as que têm uma influência significativa a organização do trabalho e o declive da festa ao "tempo livre".

Neste sentido, sublinhou que o tema do Encontro de Milão "pode supor uma importante contribuição à defesa e promoção dos valores humanos autênticos no mundo atual, começando por novos estilos de vida familiar".

Na roda de imprensa de apresentação também participaram o Bispo Jean Laffitte, Dom Carlos Simón Vázquez e o Pe. Gianfranco Grieco, respectivamente secretário, subsecretário e chefe de escritório do Pontifício Conselho para a Família; o Bispo Auxiliar de Milão, Dom Erminio Do Scalzi, delegado do Cardeal Arcebispo Dionigi Tettamanzi para a organização do Encontro e Davide Milani, responsável pelas comunicações sociais desta arquidiocese.

Fonte - ACI Digital

Nota DDP: A vinculação religiosa era de ser esperada. Virá a política?

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Domingo é para a família

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Jorge Ortiga, manifestou-se ontem preocupado com a abertura do comércio aos domingos porque, na sua opinião, perturba a vida familiar.

D. Jorge Ortiga esteve reunido com o presidente da Confederação do Comércio e Serviços de Portugal (CCP), João Vieira Lopes, para discutirem os principais constrangimentos com que se debatem os empresários do comércio e serviços, designadamente a questão da abertura das grandes superfícies ao domingo, que o prelado critica.

No final do encontro com o responsável do comércio e serviços, o presidente da Conferência Episcopal, declarou que o domingo deve ser o dia da família por que existe a “necessidade de um dia, para que os povos se possam encontrar, para que os pais se possam encontrar com os filhos”.

Aquele responsável da Igreja afirmou, entretanto, sobre a questão do trabalho ao domingo e da abertura consequente das grandes superfícies, que a sua opinião “é a opinião da Igreja, fundamentada não exclusivamente nos motivos religiosos”. E explicou: “estes motivos também entram mas só em termos da defesa da família, uma vez que a família necessita de tempos e de espaços para se encontrar, para poder dialogar e conviver e o trabalho ao domingo irá fazer com que muitas famílias não tenham oportunidade de o fazer”.

Fonte - Correio do Minho


Nota Cristo Voltará: O slogan global para o domingo, desde o final da década passada é: “Domingo: dia do Senhor, dia da família”. Isso quer dizer que a defesa do domingo é para que a sociedade reserve-o para que a família se reúna. Assim, pretende-se formar uma nova sociedade para esse terceiro milênio, uma sociedade de paz, com suas bases formadas numa família estabilizada.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

"Dinheiro, sexo, poder e cruz"

10 Estratégias de Manipulação Midiática

O lingüista estadunidense Noam Chomsky elaborou a lista das “10 estratégias de manipulação” através da mídia:

1- A ESTRATÉGIA DA DISTRAÇÃO.

O elemento primordial do controle social é a estratégia da distração que consiste em desviar a atenção do público dos problemas importantes e das mudanças decididas pelas elites políticas e econômicas, mediante a técnica do dilúvio ou inundações de contínuas distrações e de informações insignificantes. A estratégia da distração é igualmente indispensável para impedir ao público de interessar-se pelos conhecimentos essenciais, na área da ciência, da economia, da psicologia, da neurobiologia e da cibernética. “Manter a atenção do público distraída, longe dos verdadeiros problemas sociais, cativada por temas sem importância real. Manter o público ocupado, ocupado, ocupado, sem nenhum tempo para pensar; de volta à granja como os outros animais (citação do texto 'Armas silenciosas para guerras tranqüilas')”.

2- CRIAR PROBLEMAS, DEPOIS OFERECER SOLUÇÕES.

Este método também é chamado “problema-reação-solução”. Cria-se um problema, uma “situação” prevista para causar certa reação no público, a fim de que este seja o mandante das medidas que se deseja fazer aceitar. Por exemplo: deixar que se desenvolva ou se intensifique a violência urbana, ou organizar atentados sangrentos, a fim de que o público seja o mandante de leis de segurança e políticas em prejuízo da liberdade. Ou também: criar uma crise econômica para fazer aceitar como um mal necessário o retrocesso dos direitos sociais e o desmantelamento dos serviços públicos.

3- A ESTRATÉGIA DA GRADAÇÃO.

Para fazer com que se aceite uma medida inaceitável, basta aplicá-la gradativamente, a conta-gotas, por anos consecutivos. É dessa maneira que condições socioeconômicas radicalmente novas (neoliberalismo) foram impostas durante as décadas de 1980 e 1990: Estado mínimo, privatizações, precariedade, flexibilidade, desemprego em massa, salários que já não asseguram ingressos decentes, tantas mudanças que haveriam provocado uma revolução se tivessem sido aplicadas de uma só vez.

4- A ESTRATÉGIA DO DEFERIDO.

Outra maneira de se fazer aceitar uma decisão impopular é a de apresentá-la como sendo “dolorosa e necessária”, obtendo a aceitação pública, no momento, para uma aplicação futura. É mais fácil aceitar um sacrifício futuro do que um sacrifício imediato. Primeiro, porque o esforço não é empregado imediatamente. Em seguida, porque o público, a massa, tem sempre a tendência a esperar ingenuamente que “tudo irá melhorar amanhã” e que o sacrifício exigido poderá ser evitado. Isto dá mais tempo ao público para acostumar-se com a idéia de mudança e de aceitá-la com resignação quando chegue o momento.

5- DIRIGIR-SE AO PÚBLICO COMO CRIANÇAS DE BAIXA IDADE.

A maioria da publicidade dirigida ao grande público utiliza discurso, argumentos, personagens e entonação particularmente infantis, muitas vezes próximos à debilidade, como se o espectador fosse um menino de baixa idade ou um deficiente mental. Quanto mais se intente buscar enganar ao espectador, mais se tende a adotar um tom infantilizante. Por quê? “Se você se dirige a uma pessoa como se ela tivesse a idade de 12 anos ou menos, então, em razão da sugestão, ela tenderá, com certa probabilidade, a uma resposta ou reação também desprovida de um sentido crítico como a de uma pessoa de 12 anos ou menos de idade (ver “Armas silenciosas para guerras tranqüilas”)”.

6- UTILIZAR O ASPECTO EMOCIONAL MUITO MAIS DO QUE A REFLEXÃO.

Fazer uso do aspecto emocional é uma técnica clássica para causar um curto circuito na análise racional, e por fim ao sentido critico dos indivíduos. Além do mais, a utilização do registro emocional permite abrir a porta de acesso ao inconsciente para implantar ou enxertar idéias, desejos, medos e temores, compulsões, ou induzir comportamentos…

7- MANTER O PÚBLICO NA IGNORÂNCIA E NA MEDIOCRIDADE.

Fazer com que o público seja incapaz de compreender as tecnologias e os métodos utilizados para seu controle e sua escravidão. “A qualidade da educação dada às classes sociais inferiores deve ser a mais pobre e medíocre possível, de forma que a distância da ignorância que paira entre as classes inferiores às classes sociais superiores seja e permaneça impossível para o alcance das classes inferiores (ver ‘Armas silenciosas para guerras tranqüilas’)”.

8- ESTIMULAR O PÚBLICO A SER COMPLACENTE NA MEDIOCRIDADE.

Promover ao público a achar que é moda o fato de ser estúpido, vulgar e inculto…

9- REFORÇAR A REVOLTA PELA AUTOCULPABILIDADE.

Fazer o indivíduo acreditar que é somente ele o culpado pela sua própria desgraça, por causa da insuficiência de sua inteligência, de suas capacidades, ou de seus esforços. Assim, ao invés de rebelar-se contra o sistema econômico, o individuo se auto-desvalida e culpa-se, o que gera um estado depressivo do qual um dos seus efeitos é a inibição da sua ação. E, sem ação, não há revolução!

10- CONHECER MELHOR OS INDIVÍDUOS DO QUE ELES MESMOS SE CONHECEM.

No transcorrer dos últimos 50 anos, os avanços acelerados da ciência têm gerado crescente brecha entre os conhecimentos do público e aquelas possuídas e utilizadas pelas elites dominantes. Graças à biologia, à neurobiologia e à psicologia aplicada, o “sistema” tem desfrutado de um conhecimento avançado do ser humano, tanto de forma física como psicologicamente. O sistema tem conseguido conhecer melhor o indivíduo comum do que ele mesmo conhece a si mesmo. Isto significa que, na maioria dos casos, o sistema exerce um controle maior e um grande poder sobre os indivíduos do que os indivíduos a si mesmos.

Fonte - Instituto João Goulart

Nota DDP: A plena semelhança com os dias em que vivemos não é mera coincidência. Sem contar que este estado de alienação que vem sendo verticamente disseminado na massa é algo absolutamente necessário para a caracterização do quadro profético esperado nos últimos dias desta terra.

domingo, 19 de setembro de 2010

2010 é um dos anos mais quentes da história

Números do Centro Nacional de Dados Climáticos dos EUA mostram que 2010 caminha para ser o ano mais quente da história.

Segundo um relatório do centro divulgado na última quarta-feira, 15, as temperaturas do último verão no Hemisfério Norte já superaram o de 1998, que mantinha o recorde até agora.

China tem o agosto mais quente desde 1961

Ondas de calor bem acima da média foram registradas em vários países do mundo, como Rússia, Itália e Japão. A China teve o mês de agosto mais quente desde 1961.

O gelo do Ártico está no terceiro menor nível desde que a medição começou, em 1979. Apenas em 2008 e 2007 houve registros de derretimentos maiores.

Fonte - Opinião e Notícia

Bispos e deputados em defesa do descanso semanal ao domingo


O domingo como o dia de descanso semanal e em defesa da família, sobretudo da criança, é o objectivo da petição europeia lançada na Alemanha e que chega, agora, a Portugal. Dezoito mil já subscreveram o documento, mas é necessário um milhão de assinaturas. Bispos e deputados portugueses aplaudem.

A ideia é do deputado alemão do Parlamento Europeu Martin Kastler, que quer que as empresas, sobretudo o comércio, tenham as portas fechadas ao domingo. A legislação do seu país, tal como a europeia, prevê o domingo como o dia de descanso semanal, mas a regulamentação não é aplicada em todos os países.

"O pai e a mãe pertencem-nos ao domingo", é o slogan da campanha. Os mentores sublinham que a realidade se afasta cada vez mais desse ideal e que muitos cidadãos, em "especial as crianças, estão a sofrer com a chamada 'flexibilização' do mercado de trabalho. Os filhos "têm direito aos pais", que precisam de ter "tempo" para os proteger. Uma pretensão que parece unir igreja e sindicalistas, direita e esquerda.

São várias as organizações ligadas à igreja que apoiam a iniciativa, nomeadamente a Liga Operária Católica - Movimento dos Trabalhadores Cristãos, a Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia e o Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores.

"Concordo e com doutrina. É uma forma de humanização da sociedade e a humanização da própria pessoa, que estão cada vez mais desumanizadas", argumenta D. Manuel Martins. O antigo bispo de Setúbal lembra que levantou a voz quando se começaram a instalar as grandes superfícies em Portugal e o tempo deu-lhe razão. "Estive esta semana em Setúbal e fiquei espantado com as lojas da Baixa que fecharam e como o centro está desumanizado", diz.

O aparecimento das grandes superfícies e o alargamento dos horários, incluindo a abertura ao domingo, constituem a principal preocupação dos mentores da petição. E, recentemente, os próprios europeus organizaram um debate em defesa da folga ao domingo, o que prova que esta não é uma pretensão apenas das organizações católicas.

A deputada comunista Ilda Figueiredo foi um das que participaram na iniciativa. "Houve uma declaração conjunta em defesa do domingo como descanso dos trabalhadores e em defesa do pequeno comércio, mas também da família. E não é, apenas, uma preocupação dos católicos. A luta pelo encerramento do comércio tem mais de cem anos e há países que respeitam esse dia, como é o caso da Bélgica. Em Portugal é que há a liberalização dos horários."

A deputada comunista não defende que tudo esteja fechado ao domingo, nomeadamente os restaurantes, os cinemas e os hospitais, "mas que deveriam fechar os sectores em que fosse possível".

Já o deputado europeu Diogo Feio entende não ser necessário regulamentar essa matéria. "Muitos cidadãos europeus têm o seu descanso semanal ao domingo, mas há situações em que isso não é possível. Com certeza que observaremos a petição quando chegar ao PE, mas não vejo utilidade nessa pretensão." E diz que não teve contactos com o colega alemão e que é da sua família ideológica (Partido Popular Europeu).

A petição surge no seguimento do Tratado de Lisboa que consagrou o "direito de petição" como um direito fundamental. Mas falta, ainda, regulamentação.

Fonte: Diário de Notícias (negritos meus para destaque)

Nota O Tempo Final: Nada que nos surpreenda; é, de resto, algo que já conhecíamos, sendo a única novidade ser agora tratado no âmbito da sociedade portuguesa.

No entanto, registo duas expressões deliciosas que o texto refere: "unir igreja e sindicalistas, direita e esquerda" e "não é uma pretensão apenas das organizações católicas"! Pense nisso...

sábado, 18 de setembro de 2010

Papa reitera empenho na unidade dos cristãos

Lisboa, 17 set (Lusa) -- O papa reuniu-se hoje com o arcebispo de Canterbury e primaz da Igreja Anglicana, Rowan Williams, a quem reiterou o empenho da Igreja Católica na luta pela unidade dos cristãos.

Bento XV, que visita oficialmente o Reino Unido, enfatizou a importância do ecumenismo na promoção da paz "num mundo que está em perigo de desmoronar".

O papa destacou ainda o progresso no caminho ecuménico, no diálogo entre anglicanos e católicos a partir do encontro em 1960 entre João XXIII e Geoffrey D. Fisher.

Fonte - Google Notícias

Bento XVI: religião não pode ser excluída do espaço público

'Bento XVI defendeu esta Sexta-feira em Londres que a religião não é “um problema a resolver”, mas sim “um factor que contribui de modo vital para o debate público”, lamentando a “crescente marginalização” das religiões, em particular do cristianismo.

"Não posso deixar de declarar a minha preocupação perante a crescente marginalização da religião, particularmente do cristianismo, que está a acontecer em muitos espaços, mesmo em nações que dão grande destaque à tolerância", disse diante de representantes da sociedade civil, do mundo académico, cultural e do corpo diplomático, bem como de líderes religiosos do Reino Unido.

No discurso proferido no Westminster Hall, ponto alto deste dia 17 de Setembro, em Londres, o Papa falou sobre o lugar das convicções religiosas nas escolhas políticas e na aplicação de “princípios morais objectivos”.

“Se os princípios morais que sustentam o processo democrático não assentam sobre algo mais sólido do que o consenso social, então a fragilidade do processo revela-se em toda a sua evidência. Aqui se encontra o verdadeiro desafio para a democracia”, alertou.

Segundo a tradição católica, recordou, “as normas objectivas que governam o recto agir são acessíveis à razão, prescindindo do conteúdo da revelação”.

O papel da religião no debate político não é, portanto, fornecer tais normas, nem muito menos propor soluções políticas concretas, absolutamente fora da sua competência, mas sim ajudar a purificar e lançar luz sobre a aplicação da razão na descoberta dos princípios morais objectivos”, precisou.

Bento XVI descreveu, assim, o que chamou de princípio “correctivo” da religião em relação à razão, alertando para o sectarismo e o fundamentalismo, “formas distorcidas da religião” que podem levar à sua exclusão da vida pública.

“O mundo da razão e o mundo da fé – o mundo da secularidade racional e o mundo do credo religioso – têm necessidade um do outro e não deveriam ter medo de entrar num diálogo profundo e contínuo, para o bem da nossa sociedade”, indicou.

O Papa convidou os líderes políticos e religiosos presentes no Westminster Hall a “procurar vias para promover e encorajar o diálogo entre fé e razão, a todos os níveis da vida nacional”.

Nesse sentido, destacou os principais campos de cooperação entre a Santa Sé e o Reino Unido, como a “paz”, o “desenvolvimento” e a “responsabilidade ambiental”.

“Estou convencido de que também neste país há muitas áreas em que a Igreja e as autoridades públicas podem trabalhar em conjunto pelo bem dos cidadãos”, declarou.

Bento XVI pediu que as comunidades religiosas possam ser “livres para agir de acordo com os seus próprios princípios e convicções específicas”, para o qual necessitam de “liberdade religiosa, liberdade de consciência e liberdade de associação”.

Fonte: Agência Ecclesia (negritos meus para destaque)

E agora? A Igreja Católica tem ou não intervenção politica?... (Reveja as partes que sublinhei.)

E, de acordo com a interpretação adventista da profecia, atente bem neste recado aos Estados Unidos da América do Norte (entre outros): "não posso deixar de declarar a minha preocupação perante a crescente marginalização da religião, particularmente do cristianismo, que está a acontecer em muitos espaços, mesmo em nações que dão grande destaque à tolerância".

Outro pormenor: reparou neste discurso que o verdadeiro desafio para as democracias é a introdução de princípios morais? Já neste espaço deixei a sugestão que o Vaticano esquece-se sempre de acrescentar a palavra 'católicos' a seguir à expressão 'princípios morais'...

Ainda outro: pena enésima vez, surgem as referências ao bem da e na sociedade...

Há no entanto algo que o Papa pediu que, em breve, não sucederá; melhor dizendo, acontecerá exatamente ao contrário: que 'as comunidades religiosas possam ser “livres para agir de acordo com os seus próprios princípios e convicções específicas”, para o qual necessitam de “liberdade religiosa, liberdade de consciência e liberdade de associação'. Espere para ver...

Fonte - O Tempo Final

sexta-feira, 17 de setembro de 2010

Feira de Saúde



Fonte - Associação Paulistana

"Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra médico-missionária. O mundo é um hospital repleto de enfermidades, tanto físicas como espirituais. Por toda a parte morrem pessoas à míngua de conhecimentos das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. Os que foram iluminados pela verdade devem ser portadores de luz para o mundo. Esconder nossa luz no tempo atual é cometer um erro terrível. A mensagem para o povo de Deus hoje é: ‘Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.’ Isa. 60:1." C.S.S., p.425.

"A reforma de saúde deve salientar-se mais preeminentemente na proclamação da mensagem do terceiro anjo. Os princípios da reforma de saúde encontram-se na Palavra de Deus. O evangelho da saúde deve estar firmemente associado com o ministério da Palavra. É desígnio do Senhor que a influência restauradora da reforma de saúde seja uma parte do último grande esforço para proclamar a mensagem evangélica." C.S.R.A., p.75.

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

925 milhões de pessoas passam fome

Roma, 15 set (RV) - São 925 milhões as pessoas que sofrem a fome crônica no mundo apesar de ter-se registrado em 2010 uma diminuição de 9,6%, a primeira nos últimos 15 anos. O alarme foi lançado pela FAO, a Agência da ONU para a Alimentação e Agricultura que apresentou na manhã de ontem em Roma, junto com o Programa Mundial de Alimentação uma antecipação do seu último relatório sobre o estado da insegurança alimentar no mundo, na véspera da reunião de cúpula da ONU sobre os Objetivos de desenvolvimento do Milênio que se realizará de 20 a 22 de setembro: “objetivos que correm o risco de não serem respeitados”, disse o Diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, que reafirmou que a cada seis segundos uma criança morre por causa da falta de alimento.

“A queda do número de pessoas que passam fome – explica o relatório – é em grande parte devido à retomada econômica prevista para este ano, em particular nos países emergentes, e à diminuição dos preços dos alimentos, registrada na metade de 2008”. “Mas com uma criança que morre a cada seis segundos, por causa de problemas ligados à desnutrição - denunciou Jacques Diouf – a fome continua sendo o escândalo e a tragédia de maior proporção no mundo; é absolutamente inaceitável”.

Dois terços de pessoas desnutridas vivem em somente sete países: Bangladesh, China, República Democrática do Congo, Etiópia, Índia, Indonésia e Paquistão e mais de 40% se encontra somente na China e na Índia. A região com o maior número de pessoas continua sendo a Ásia, com uma queda de 12% em relação a 2009. A África subsaariana é a região com a proporção mais alta de pessoas subnutridas: cerca de 30%. Nos países emergentes, 16% da população ainda hoje passa fome.

A FAO, portanto, exorta os governos a encorajar o aumento dos investimentos na agricultura, a ampliar os programas de assistência social e a melhorar as atividades que criam renda para os países mais pobres.

Fonte - Radio Vaticano

Últimos 12 meses são os mais quentes da história

Dados divulgados nesta semana pelo Instituto Goddard para Estudos Espaciais (GISS, na sigla em inglês), órgão ligado à agência espacial norte-americana (Nasa), apontam que o período entre janeiro e julho de 2010 teve a maior média de temperatura da história.

Caso o aumento de temperatura prossiga, é possível que este seja o ano mais quente já registrado, afirmam os especialistas do GISS. É o que denuncia o acumulado dos últimos doze meses, cujo gráfico mostra ascensão nunca detectada desde o início das medições.

Flutuações na medição dos últimos doze meses podem aparecer, mas a análise de um período mais extenso é tida por especialistas como mais adequada para descontar o efeito de anomalias temporárias ligadas à temperatura.

Até o momento, o recorde de ano mais quente foi registrado em 2005. Um possível impedimento à marca é o fenômeno La Niña, que pode reduzir a média global nos meses restantes de 2010.

De acordo com o pesquisador da área de Modelagem Climática do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), Luiz Cândido, o gráfico apresenta uma tendência ao incremento da média de temperatura, mesmo com flutuações em períodos mais curtos.

"O dado é relevante, mas é preciso analisar com maior cuidado o impacto desse aumento em áreas específicas do globo, como no nosso caso, a Amazônia", afirma Luiz. "As diferenças regionais são importantes pois elas definem onde os grandes eventos de impacto irão ocorrer."

A base para o cálculo referente às anomalias de temperatura no mês de julho de 2010 reúne informações colhidas entre 1951 e 1980. Durante este período, foi estabelecida a média do sétimo mês. Neste ano, julho registrou temperatura média 0.55ºC maior que a base. O recorde para esta medição é de julho de 1998, com 0.68ºC.

Mapas de anomalias de temperaturas são úteis para a compreensão o papel do aquecimento global em eventos extremos. Segundo o GISS, o fenômeno intensifica também a precipitação, pois o aumento no nível de vapor de água varia de acordo com a temperatura.

Os dados reiteram informações fornecidas pelo Centro Nacional de Dados Climáticos, instituto ligado a agência norte-americana voltada para monitoramento das condições atmosféricas e oceânicas (NOAA).

Para o coordenador do Observatório do Clima, André Ferretti, há uma tendência clara ao aquecimento do planeta. "É urgente a necessidade de comprometimento com a redução das emissões de gases de efeito estufa", diz o especialista.

Fonte - G1

Uma aproximação «impensável» até há pouco tempo

A presença de Bento XVI em território britânico simboliza uma aproximação que tem vindo a acontecer, entre as Igrejas católica e anglicana, algo que era “algo impensável, até há alguns anos atrás”.

Apesar das reacções, não muito positivas, vindas de alguns quadrantes da sociedade britânica, a visita do Papa poderá ser muito positiva para o desenvolvimento de um verdadeiro diálogo ecuménico entre as duas doutrinas.

Esta opinião foi expressa à agência ECCLESIA por João Duque, secretário episcopal para a Doutrina da Fé e Ecumenismo, que acredita que esta iniciativa poderá contribuir para “eliminar os restos da discriminação feita aos católicos, uma situação que tem persistido até há bem pouco tempo” no Reino Unido.

Outros passos “reais e pragmáticos” poderão ser dados, sustenta ainda aquele responsável, mas não necessariamente “o regresso a uma Igreja única”.

Os anglicanos ainda têm de resolver o seu problema de liderança, que actualmente está entregue à Rainha Isabel II, não existindo uma separação clara entre o poder político e a Igreja.

“Pode ser que a referência simbólica à figura de Bento XVI abra um caminho diferente, que leve a Igreja anglicana para um caminho de não subjugação aos poderes estatais” explica João Duque.

Apesar deste e de outros problemas que a própria Igreja Anglicana tem vindo a enfrentar, João Duque não acredita que isso vá ser aproveitado, de alguma forma, pelo Vaticano.

“Isso não seria benéfico, porque aí voltaria a colocar-se o diálogo simplesmente na base de um regresso à Igreja católica”, sublinha o especialista em doutrina religiosa, acrescentando que “o verdadeiro diálogo ecuménico não aproveita as fraquezas de uma doutrina para ultrapassar a separação”.

Recorde-se que muitos fiéis anglicanos têm vindo a mostrar o seu descontentamento face às decisões tomadas pelos líderes anglicanos, relativos à ordenação de bispos homossexuais ou do sexo feminino, entre outras decisões polémicas.

Também a beatificação do cardeal Newman, um dos actos de maior relevo da visita de Bento XVI ao Reino Unido, “não é uma chamada à conversão dos anglicanos”, porque “trata-se de uma figura que contribuiu muito para o diálogo ecuménico”, defende João Duque.

Bento XVI vai permanecer em território britânico até ao dia 19 de Setembro, com passagens pelas cidades de Edimburgo, Glasgow, Londres e Birmingham.

Fonte - Ecclesia

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

"Relacionamento com o governo"

O que torna tão interessantes as palavras de Paulo [Na Carta aos Romanos] é que ele escreveu em um tempo em que governava o mundo um império pagão, que podia ser incrivelmente brutal, corrupto em seu cerne, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, iria começar uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus. De fato, Paulo foi morto por esse governo! Mas, apesar de tudo isso, Paulo defendeu que os cristãos devem ser bons cidadãos, mesmo sob um governo assim!

Sim. E isso porque a ideia de governo em si é encontrada em toda a Bíblia. O conceito, o princípio de governo, é ordenado por Deus. Os seres humanos precisam viver em uma comunidade com regras, regulamentos e padrões. A anarquia não é um conceito bíblico.

Isso significa que Deus aprova todas as formas de governo ou como estes governos são dirigidos? Ao contrário! Não é preciso ir muito longe, na história ou no mundo de hoje, para ver alguns regimes brutais. Mas, mesmo em situações como essas, tanto quanto possível, os cristãos devem obedecer às leis da Terra. Os cristãos devem dar apoio leal ao governo, na medida em que suas reivindicações não estejam em conflito com as reivindicações de Deus. A pessoa deve considerar com muita oração e cuidado, e com o conselho de outros, antes de iniciar um caminho que o ponha em conflito com os poderes constituídos. Sabemos pela profecia que, um dia, todos os fiéis seguidores de Deus sofrerão a oposição dos poderes políticos que estiverem no controle do mundo (Ap 13). Mas, antes disso, devemos fazer tudo o que pudermos, diante de Deus, para ser bons cidadãos em qualquer país em que vivermos.

“Cumpre-nos reconhecer o governo humano como instituição designada por Deus, e ensinar obediência a essa instituição como um dever sagrado, dentro de sua legítima esfera. Mas, quando suas exigências se chocam com as reivindicações de Deus, temos que obedecer a Deus de preferência aos homens. A Palavra de Deus precisa ser reconhecida como estando acima de toda a legislação humana. ...

“Não se exige que desafiemos as autoridades. Nossas palavras, quer faladas, quer escritas, devem ser cuidadosamente consideradas, para que não sejamos tidos na conta de proferir coisas que nos façam parecer contrários à lei e à ordem. Não devemos dizer nem fazer coisa alguma que nos venha desnecessariamente impedir o caminho” (Ellen G. White, Atos dos Apóstolos, p. 69).

Fonte - CPB

Nota DDP: O texto é sobre a mensagem de Paulo aos Romanos, mas pode muito bem ser considerada para os dias em que vivemos. Parece que "um tempo em que governava o mundo um império pagão, que podia ser incrivelmente brutal, corrupto em seu cerne, que não conhecia nada sobre o Deus verdadeiro e, dentro de alguns anos, iria começar uma perseguição sangrenta contra os que quisessem adorar esse Deus" encontra-se às portas da nossa realidade. Para entender um pouco mais sobre o as considerações aqui trazidas, visite o "Minuto Profético".

Visita de Bento XVI é “histórica”

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Jorge Ortiga, disse hoje que a visita do papa Bento XVI ao Reino Unido é “histórica”, considerando que é mais um “sinal” de ecumenismo.

“É uma das primeiras, mas também porque, com toda a problemática hodierna e com toda a envolvência que quiseram dar a esta mesma visita, ela será sem dúvida nenhuma uma visita histórica”, afirmou à agência Lusa Jorge Ortiga.

Em Fátima, onde participou na XXVI Semana da Pastoral Social, o prelado admitiu que para muitos é também uma visita “carregada de muita perplexidade”.

“Mas eu recordo também o que aconteceu em relação a Portugal, que essa perplexidade também existia”, declarou, sustentando que no país o papa testemunhou, “quer pela pessoa, quer pela doutrina, algo de totalmente diferente”.

Questionado se essa perplexidade tem a ver com questões relacionadas com a pedofilia envolvendo membros da Igreja Católica, o presidente da CEP respondeu: “Creio que não. Penso que essa é uma questão que já foi demasiado sublinhada”.

Jorge Ortiga disse ainda desconhecer “até que ponto o papa a abordará”, sublinhando que o “importante” é a mensagem que Bento XVI levará a um país “ainda com uma influência na atualidade”, visita através da qual o papa dá mais um “sinal” de ecumenismo.

“A unidade vai-se construindo”, disse a este propósito o presidente da CEP.

Também o reitor do Santuário de Fátima, templo ao qual o papa peregrinou em maio último, na sua primeira visita a Portugal, classificou a visita de Bento XVI ao Reino Unido como “importantíssima”.

“Pelo facto de ser uma nação maioritariamente anglicana, com uma enorme influência no mundo inteiro e ainda por ser um dos grandes focos do diálogo ecuménico em que está envolvida a Igreja Católica”, justificou o padre Virgílio Antunes na edição de setembro do jornal mensal “Voz da Fátima”, propriedade do santuário.

No texto, o responsável considera que o papa “parece decidido a abrir as portas da Igreja a todos os que, em virtude das circunstâncias históricas, se encontram fora da plena comunhão católica, como já demonstrou em medidas tomadas em diferentes direções”.

O papa Bento XVI chega na quinta feira ao Reino Unido, onde permanece até domingo, naquela que é a primeira visita oficial de um líder do Vaticano ao país maioritariamente anglicano.

Fonte - Correio do Minho

terça-feira, 14 de setembro de 2010

Superbactéria é bomba-relógio e exige resposta global

A nova superbactéria originária da Índia e que demonstra ser resistente a quase todos os antibióticos conhecidos representa uma ameaça mundial, advertiram cientistas nesta segunda-feira (13).

"Temos a necessidade urgente de, em primeiro lugar, estabelecer um sistema de vigilância internacional nos próximos meses e, em segundo lugar, examinar todos os pacientes que derem entrada em qualquer sistema de saúde" em tantos países quanto for possível, disse Patrice Nordmann, do Hospital Bicetre, da França.

"Por enquanto não sabemos quão rapidamente o fenômeno está se espalhando (...). Pode levar meses ou anos, mas o certo é que se espalhará", disse à AFP, destacando que já foram tomadas medidas na França e que outras estão em discussão no Japão, em Cingapura e na China.

"É um pouco como uma bomba-relógio", explicou.

Nordmann participa da 50ª Conferência Intercientífica sobre Agentes Antimicrobianos e Quimioterapia (Interscience conference on Antimicrobial Agents and Chemotherapy), que reúne 12 mil especialistas em doenças infecciosas em Boston (Massachusetts, nordeste dos Estados Unidos).

O cientista, que é chefe do departamento de bacteriologia e virologia do hospital francês, disse que a bactéria encontrará terreno fértil na população de 1,3 bilhão de pessoas da Índia.

A "superbactéria", chamada NDM-1 (metalo-beta-lactamase 1 de Nova Délhi) e suas variações parecem ter se originado na Índia. Ela foi detectada pela primeira vez em 2007, na Grã-Bretanha.

A NDM-1 resiste a quase todos os tipos de antibióticos, inclusive os carbapenemas, geralmente reservados às emergências e ao tratamento de infecções multirresistentes.

Fonte - G1

Alerta da ONU sobre a crise da água

Nova Iorque, 14 set (RV) - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) alertou, nesta segunda-feira, sobre a crise da água no Planeta.

Segundo o PNUMA, a ausência de medidas eficazes em favor da salvaguarda da água poderá criar uma crise global que provocará até 2020, 135 milhões de mortos, sobretudo crianças.

No relatório Greening Water Law, produzido e proposto por ocasião da Semana Mundial da Água, realizada na semana passada, em Estocolmo, na Suécia, o PNUMA recomenda aos governos e organizações que trabalham no campo da gestão e tutela da água, a mudarem as legislações vigentes a fim de dar mais prioridade às questões relativas à salvaguarda do meio ambiente.

Segundo o relatório, está sempre mais empobrecido o ambiente planetário e cresce a cada ano o número de pessoas que não têm acesso à água. O relatório recorda que 1 milhão e 800 mil crianças abaixo dos cinco anos morrem a cada ano por causa da falta de água potável e básicos serviços de higiene.

A utilização irracional da água e o seu impacto sobre os ecossistemas é a principal causa da perda de biodiversidade cujos efeitos são bem evidentes nos rios, lagos e áreas úmidas em todo o mundo.

Segundo o relatório é necessário criar uma autoridade mundial da água que estabeleça um plano apoiado por um corpo legislativo, mas é também prioritário rever os atuais modelos de desenvolvimento a fim de orientar as escolhas rumo a medidas mais eficazes e sustentáveis.

Enquanto muitos continuam propondo projetos de privatização da água, nos países subdesenvolvidos e não só, persistem sérios atrasos internacionais nas iniciativas destinadas a garantir o acesso à água potável a todos os seres humanos.

Fonte - Radio Vaticano

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Campanha europeia em defesa do descanso dominical e da família



Fazer do Domingo “O dia de descanso na Europa”, é este o objectivo de uma campanha de recolha de assinaturas, que está a decorrer através da Internet.

Trata-se de uma iniciativa que vem no seguimento da aprovação do Tratado de Lisboa, em Dezembro último. Recorde-se que, entre outras matérias, aquele Tratado consagrou o “direito de petição” como um dos direitos fundamentais dos cidadãos europeus.

De acordo com um comunicado da Liga Operária Católica – Movimento dos Trabalhadores Cristãos, esta campanha conta com o apoio de alguns deputados do parlamento europeu e de diversas organizações, entre as quais a Comissão das Conferências Episcopais da Comunidade Europeia e o Centro Europeu para os Assuntos dos Trabalhadores.

A petição surge numa altura em que, apesar da legislação europeia prever o Domingo como o dia de descanso, essa regulamentação não é aplicada em muitos países.

O trabalho ao domingo é cada vez mais uma realidade, o que abre a discussão quanto à falta de protecção dos interesses das famílias, sobretudo das crianças.

Entre os diversos pontos que sustentam a apresentação desta petição, os autores da iniciativa defendem, por exemplo, que “as crianças precisam de um dia para a família” e que “a consagração do Domingo como o dia de descanso é um dos pilares essenciais do Modelo Social Europeu e da sua herança religiosa e cultural”.

Para poder apresentar esta proposta no Parlamento Europeu, será necessário recolher, no mínimo, 1 milhão de assinaturas. A iniciativa está aberta a todos os cidadãos e às organizações europeias que queiram participar, através do site www.free-sunday.eu.

Fonte - Ecclesia

Nota DDP: O texto é auto-explicativo e os dias antecipados pela profecia parecem estar cada vez mais próximos. Organizações de trabalhadores, bem como lideranças religiosas e políticas se alinhando no tema, além de legislações "adormecidas" que se pretende a plena vigência.

Nada que o Senhor não tenha informado através de Sua serva, a Profetiza.

Feliz Sábado.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

"The Word"


Com The Word o estudo da palavra de Deus é facilitado ao máximo. O software foi desenvolvido e é atualizado constantemente pelo nosso irmão em Cristo, o grego Costas Stergiou. A interface é amigável e pode ser totalmente adaptada ao nosso idioma através de um add-on encontrado no mesmo site. Distribuição livre.

É possível estudar a palavra de Deus a partir de várias versões da Bíblia, incluindo as originais e as não originais com adicionais morfológicos grego e hebraico, notas de Strong, dicionários e poderosíssimas enciclopédias de domínio público, (a maioria) e pagas (algumas), comentários parciais e totais da Bíblia, como John Gill, Matthew Henry, Barclay, entre outros, mapas, artigos, books diversos, etc.


Nota DDP: O site respectivo pode ser diretamente acessado: "The Word". Vários módulos em português para ampliação da ferramenta podem ser acessados em "The Word Brasil".

"Mundo Bíblico"


MUNDO BÍBLICO é a mais completa enciclopédia temática em língua portuguesa sobre os personagens, locais e eventos do mundo bíblico. Através dela, poderá conhecer ou aprofundar os seus conhecimentos do texto sagrado e simultaneamente consultar informações adicionais que lhe permitirão uma melhor compreensão de cada episódio. Milhares de artigos, centenas de imagens e dezenas de vídeos estão disponíveis e associados ao texto, para uma consulta mais fácil e intuitiva.

O MUNDO BÍBLICO é inteiramente GRATUITO e não tem qualquer objectivo comercial. O único intuito dos seus autores foi o de facilitar a todos o acesso a uma ferramenta de estudo dos textos bíblicos e a uma enciclopédia de apoio ao mesmo.


Nota DDP: O site respectivo está fora do ar, o que impede atualizações. Acessar o programa pela "Enciclopédia" na hipótese de eventual travamento.

México enfrenta pior ciclo de chuvas da história do país

O México enfrenta o maior ciclo de chuvas de que se tem registro na história do país, afirmou ontem o presidente Felipe Calderón. Ele também alertou que a previsão de chuva continua para os próximos meses. Até aqui, centenas de milhares de pessoas foram atingidas pelas águas nos Estados do sul do México.

Calderón visitou o Estado de Tabasco, um dos mais afetados pelas inundações e também um dos mais pobres do país. "O que choveu em julho e agosto é mais de três vezes e meia a média de chuvas para esses meses", comparou o presidente. Calderón disse que nos últimos anos houve registros extremos, que ocorrem sobretudo pelas mudanças climáticas.

Autoridades mexicanas estimam que cerca de 800 mil pessoas estão ameaçadas pela cheia do rio Grijalva, o segundo mais caudaloso do país. O governo anunciou que realizará dragagens em rios que passam por Villahermosa, capital de Tabasco, para reduzir o risco de inundações. Já há 125 mil pessoas em Tabasco com suas casas inundadas ou isoladas pelas águas.

Em Veracruz, pelo menos duas pessoas morreram arrastadas pelas águas do rio Papaloapán. Há também rodovias estaduais intransitáveis, além de 32 mil casas debaixo d'água e 300 escolas de 28 municípios do sul de Veracruz sem aulas.

Em Guerrero, havia cerca de 300 pessoas em moradias improvisadas, em locais como estádios ou igrejas. Ainda não há dados precisos sobre outros Estados afetados, como Chiapas e Oaxaca.

Fonte - Yahoo

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

FAO prevê conflitos por falta de alimentos

Naturamente concentrados nas eleiçãos não atentamos para mais nada, mas a Organização de Alimentação e Agricultura (FAO) prevê uma grande instabilidade na oferta e preços de alimentos. Abdolreza Abbassian, economista da organização, afirma que a combinação de psicologia e expectativa pode provocar choques em muitos países. Em Moçambique já morreu gente pelo aumento de 30% no preço do pão devido ao preço do trigo resultante das quebras de safras da Rússia e outras nações produtoras, consequentes de secas e efeitos sobre oferta e preços.

A FAO afirma que em agosto passado foi acentuado os aumentos nos preços de alimentos. Há muita gente que lembra o que aconteceu há anos. A falta. O desespero. Estamos, o que é normal, tão concentrados nas eleições que não prestamos atenção a tal fato. Mas no próximo dia 24 haverá reunião dos especialistas mundiais na questão de grãos para discutir a oferta. Vão examinar a instabilidade climática e efeitos sobre colheitas. Quais as perspectivas? O que pode ser feito?

A Rússia sofreu de seca, mas outros grandes produtores de grãos como Canadá e Alemanha, de excesso de chuvas e enchentes. A FAO afirma que as colheitas na Argentina e talvez na Austrália tendem a sofrer de secas. O clima não corresponde ao tradicional. Faz o que quer. Os pobres do mundo tendem a sofrer de preços mais altos do pão.

Abassian diz que em geral os preços de alimentos estão no momento inferiores a 2008. Naquele ano, é bom lembrar, em certos países o preço do arroz, seu alimento básico, triplicou provocando até queda de governos. A coragem provocada pela fome é mais forte do que qualquer lei. Em agosto a Rússia previu a perda de um quinto de sua colheita o que bastou para dobrar o preço do trigo. A região do Mar Negro-Ucrania, Kasakstan e Rússia, garantia 30% da oferta mundial que sofre a quebra. Em defesa do consumidor russo o governo de Moscou suspendeu as licenças de exportação até 2011. A FAO diz que americanos, Europeus e Australianos poderão cobrir a diferença. Mas existe o efeito psicológico das más noticias da Rússia que faz com que se espere falta.

A FAO diz que não é simples mudar efeitos de expectativas. Aí entram os efeitos da crise financeira. Os investidores estão aplicando e armazenando grãos em lugar de moeda ou papéis. Estão especulando. O povo vai pagar.

Não é só. O professor Pinstrupo-Andersen, especialista em agricultura da Universidade Americana de Cornell, prevê que sofreremos grandes flutuações climáticas e por consequência da oferta de alimentos. “Vamos ter de conviver com flutuações nos preços”, afirma.

Fonte - Último Segundo

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Profecia para hoje - 2


A revista "Profecia para Hoje" tem por objetivo chamar a atenção das pessoas para o que acontece no mundo atual. As profecias estão se cumprindo. Jesus está voltando. Estamos vivendo no fim do tempo do fim. São 4 revistas diferentes, cada uma abordando a questão sob uma perspectiva.

Fonte

Nota DDP: Divulgue. Foram disponibilizados links diretos para veiculação nas redes sociais Twitter, Orkut e Facebook.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Compras dominicais ligadas com menor felicidade

Pesquisadores da DePaul University em Chicago e Ben-Gurion University de Negev em Israel fizeram estudos sobre a presença nos serviços de culto e os níveis de felicidade entre americanos que vivem nos estados que revogaram as chamadas "blue laws", que exigiam o fechamento do comércio aos domingos.

Os resultados se demonstraram relevantes entre mulheres brancas, indicando um declínio de 17% nas possibilidades destas serem felizes. Os resultados finais ainda não foram publicados.

"As pessoas sabem que existe uma correlação entre religiosidade e felicidade, mas não há provas concludentes que exista um nexo causal", disse William Sander, professor de economia na DePaul. "Nosso estudo tende a fornecer mais evidências conclusivas de que a religiosidade entre as mulheres afeta a felicidade."

Pesquisas anteriores já haviam demonstrado que a revogação das "blue laws" indicavam um maior compartamento de risco por parte dos adolescentes.

Fonte - NYTimes

Animais vêem extinção em massa se aproximar

Corais, mamíferos e espécies tropicais podem ser extintos em futuro próximo, segundo cientistas que estudam o que ocorreram com estes animais no passado para prever seu futuro. As informações são da Discovery News.

Um fator que complica a previsão dos cientistas é que nenhuma extinção em massa ocorrida previamente na Terra foi causada por apenas uma espécie. Em período de mais de 500 milhões de anos, apenas três extinções deste gênero ocorreram e nenhuma foi tão devastadora como a que está para acontecer por culpa dos humanos.

Pesquisadores do Departamento de Ciências biológicas da Universidade Macquarie, nos Estados Unidos, pesquisaram dados de mais de 100 mil fósseis coletados por todo o mundo, para chegar à maior extinção em massa já ocorrida na Terra, no período Permiano-Triássico, há 250 milhões de anos.

Nesta época, um dos mais importantes grupos de animais eram os corais, que quase foram extintos no período. Há pouquíssimos fósseis de corais datando desta época. Portanto, entende-se que eles recuperaram sua diversidade com o passar dos anos. Mamíferos de grande porte e plantas tropicais também podem sumir em futuro próximo, graças à ação humana.

Fonte - Terra

Rússia proíbe exportação de cereais e provoca temor de crise alimentar

A decisão do primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, de estender a proibição da exportação de cereais até depois da colheita do próximo ano (novembro de 2011) provocou o temor de uma nova crise alimentar mundial.

A Organização para Alimentação e Agricultura (FAO) da ONU convocou na sexta-feira uma reunião, que se realizará em Roma no próximo dia 24, para tentar controlar os preços dos alimentos básicos. "Nas últimas semanas o preço do trigo no mercado global experimentou um súbito aumento diante do temor de que haja escassez", disse um porta-voz da FAO, ao anunciar que o objetivo da reunião é que os países exportadores e os importadores busquem "soluções construtivas" para a tensão que vivem os mercados.

Moçambique, um dos países mais pobres do mundo, foi o primeiro a sofrer uma explosão de violência devido à carestia dos alimentos básicos. As tropas patrulham desde quarta-feira as ruas de Maputo e ontem novamente enfrentaram com gás lacrimogêneo e balas de borracha uma multidão que havia sido convocada por SMS para protestar contra o aumento de 30% no preço do pão. Duas pessoas ficaram gravemente feridas. Somam-se às sete vítimas fatais de quarta-feira - incluindo duas crianças - e outros 250 feridos.

O governo realizou na sexta uma sessão de emergência, depois da qual afirmou que o aumento do preço do pão é "irreversível". O Executivo pediu calma aos 23 milhões de habitantes, dois terços dos quais vivem com menos de 1 euro por pessoa/dia. Além disso, exigiu que se abstenham de participar de atos de protesto, de vandalismo ou saques, e acrescentou que investigará de onde provêm os SMS com os quais os manifestantes foram convocados.

Esses são os protestos mais violentos que sacodem Moçambique desde 2008, quando houve quatro mortos em manifestações contra a inflação nos preços dos alimentos básicos.

A Rússia, quarto exportador de trigo, proibiu em 15 de agosto passado e até 31 de dezembro as vendas ao exterior para conter a pressão inflacionária interna. A colheita deste ano foi desastrosa, devido a uma seca inusitada, situação que em alguns lugares foi agravada pela onda de incêndios florestais que atingiu o país. Agora os prognósticos para a colheita deste ano são de 60 milhões de toneladas - o consumo interno é de no mínimo 70 milhões -, contra os 90 milhões que se pensava colher. No ano passado a colheita foi de 97 milhões, dos quais a Rússia exportou um quarto, apesar de estar longe dos 108 milhões de toneladas colhidas em 2008.

O cereal que já começou a escassear na Rússia é o trigo sarraceno, que desapareceu da maioria das lojas e cujo preço triplicou. É um produto básico sobretudo para as camadas mais humildes da população russa. A seca atingiu duramente a região do Volga, que produz 40% dessa planta. Por isso os especialistas calculam que sua colheita este ano será de apenas 400 mil toneladas, contra um consumo de 700 mil.

No melhor dos casos, a proibição de exportar será suspensa em julho-agosto de 2011, quando se tiver um panorama mais ou menos claro da futura colheita e dos volumes que poderão ser destinados ao estrangeiro, indicou Arkadi Zlochevski, presidente da União Cerealista. O déficit afeta de todo modo os cereais destinados à ração animal, com o que se teme que os preços da carne também subam. A isto soma-se o aumento da demanda por produtos de carne na China e na Índia, o que propicia a inflação. Desde o início de julho, o preço do trigo no mercado internacional aumentou 47%, o do milho 26% e o do arroz 15%. As autoridades russas tentam tranquilizar a população afirmando que não haverá escassez de alimentos, ao mesmo tempo que ameaçam punir os que elevarem os preços de maneira injustificada.

Fonte - Bol

Nota DDP: Veja também "Crescem as preocupações quanto ao suprimento mundial de alimentos".

sábado, 4 de setembro de 2010

Terremoto provoca grandes danos materiais na Nova Zelândia

CHRISTCHURCH, Nova Zelândia — Um violento terremoto de 7,0 graus de magnitude provocou danos materiais neste sábado em Christchurch, a segunda maior cidade da Nova Zelândia, e as autoridades, que decretaram estado de emergência, afirmaram que foi uma "grande sorte" o sismo não ter resultado em mortes.

De acordo com os cálculos iniciais, os danos são calculados em dois bilhões de dólares neozelandeses (US$ 1,44 bilhão). Prédios desabaram, algumas pontes ficaram comprometidas, o fornecimento de energia elétrica foi cortado e as tubulações de água e gás também foram afetadas.

Os moradores, aterrorizados, correram para as ruas e encontraram avenidas repletas de vidros quebrados e escombros. Apesar da magnitude dos destroços, apenas duas pessoas ficaram gravemente feridas nesta cidade de 340.000 habitantes.

O terremoto aconteceu no meio da madrugada, quando poucas pessoas estavam nas ruas. Os imóveis desabados atingiram os automóveis estacionados e deixaram as avenidas bloqueadas.

As autoridades declararam estado de emergência na cidade e advertiram aos habitantes que não se aproximem dos edifícios danificados, pois temem novos desabamentos em consequência dos tremores secundários em Christchurch.

O prefeito declarou estar "horrorizado pela quantidade de danos", que com o amanhecer foram considerados muito piores do que o previsto inicialmente.

"Nós decidimos declarar estado de emergência na cidade. Isso torna mais fácil retirar pessoas dos edifícios, caso seja necessário, e fechar ruas", disse Parker a uma emissora de rádio.

"Não deve existir uma casa, não deve haver uma família em nossa cidade que não tenha sofrido danos pessoais ou em sua propriedade", completou o prefeito.

O terremoto aconteceu às 4H35, a uma profundidade de cinco quilômetros e 45 km ao oeste de Christchurch, segundo o Centro Geológico dos Estados Unidos (US Geological Survey).

Michele Hider, porta-voz do Hospital de Christchurch, afirmou que dois homens com idade por volta de 50 anos sofreram ferimentos graves e estão internados.

A polícia isolou o centro da cidade para evitar saques. Um dos comandantes da força, Mike Coleman, pediu aos moradores que permaneçam em suas casas.

O tremor deste sábado foi o mais forte registrado na Nova Zelândia desde o terremoto de 1931 na Baía de Hawke, que matou 256 pessoas.

A Nova Zelândia fica no "anel de fogo" do Pacífico, no limite das placas tectônicas da Austrália e do Pacífico. O país registra quase 15.000 tremores anuais, a maioria de pouca magnitude.

Fonte - AFP

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Comentário ao livro 'Hidden Heresy?'

'Hidden Heresy? - Is Spiritualism Invading Adventist Churches Today?' (Heresia Escondida? - Está o Espiritualismo a Invadir as Igrejas Adventistas Hoje?) é o título de um livro de Thomas Mostert, ex-presidente da Conferência da União do Pacífico, editado pela Pacific Press, e que acabo de ler.

Usando imensos textos do Espírito de Profecia, o Pr. Mostert denuncia os reais conteúdos por detrás dos movimentos das mega e giga-igrejas, que mais se aproximam de um espiritualismo alarmante do que de um evangelho bíblico real, e que têm, tragicamente, influenciado líderes e igrejas Adventistas nos últimos anos.

Já em 'O Grande Conflito', Ellen White alertava para o fato de, ao nos aproximarmos do fim, o espiritualismo se revestir de um disfarce cristão, velando algumas caraterísticas evidentemente objetáveis. Ainda assim, tem-se tornado difícil detetar e apontar esses erros; a subtileza e aparente benefício que as suas doutrinas parecem promover são muitas vezes a venda que tapa a visão para um quadro maior, mais profundo de entendimento.

Por muito esquisita que a ideia possa parecer, a verdade é que, e isso é bem demonstrado no livro, teorias e métodos que nos são estranhos têm encontrado acolhimento em algumas das nossas igrejas, sendo mesmo absorvidos e postos em prática por alguns líderes e membros.

O Pr. Mostert faz um pequeno historial de como nas últimas décadas estes conceitos têm explosivamente passado de mera moda para um conceito de nova religião, nova sensibilidade sobre o que constitui a verdadeira experiência bíblica. Hoje, é indiscutível o seu imapcto social e religioso; não fosse por outra razão, são centenas de milhares as pessoas que frequentam os seus serviços.

Apreciei particularmente um pormenor do livro: o autor não deixa a cargo do leitor a tarefa de procurar onde estão esses movimentos; ele mesmo os identifica, nomeando-os sem margem para dúvida.

É o caso de Rick Warren, e da sua igreja de Saddleback, onde mais de 22.000 pessoas assistem semanalmente aos cultos. Warren publicou alguns livros entre os quais se contam os famosos 'The Purpose Driven Life' (Uma Vida com Propósito) e 'The Purpose Driven Church' (Uma Igreja com Propósito). O primeiro, vendeu mais de 22 milhões de cópias!

No entanto, Warren advoga algumas teorias que, tendo servido de mote e formação para alguns Adventistas, incorrem em graves falhas, de acordo com o Pr. Mostert.

Um exemplo é o afrouxamento da pregação das particulares doutrinas que nos distinguem dos restantes cristãos (protestantes incluídos). Tal qual Warren sugere, assumem uma abordagem de não confrontação e não denúncia de matérias divergentes e potencialmente motivadoras de irreparável divisão. Dito de outra forma, comete-se o erro de ir ao encontro do que as pessoas querem e as satisfaz e não ao encontro da sua crucial necessidade.

Bill Hybells, da comunidade de Willow Creek é outro. Centenas de pastores Adventistas assistiram às suas formações ao longo dos últimos 30 anos. Na declaração de fé deste grupo, estabelece-se nitidamente uma das anteriores ideias de Rick Warren: 'tentamos não ser dogmáticos em assuntos sobre os quais os crentes fundamentados na Bíblia têm visões diferentes'. Sugestivo...

À luz deste princípio, podemos perguntar: onde caberá aqui a pregação sobre o Sábado ou o julgamento pré-advento? Sobre as condições específicas da segunda vinda de Jesus e do milénio? Tristemente, não há espaço para isso...

Por último, destaco a Crystal Cathedral de Robert Schuller. Veja e analise por si estas afirmações extraídas pelo Pr. Mostert de um livro escrito por Schuller, 'Self Esteem: The New Reformation' (Auto-estima: a Nova Reforma):
a) 'Uma pessoa está no inferno quando perde a sua auto-estima';
b) '... a teologia clássica erra na sua insistência em que a teologia seja centrada em Deus e não no homem';
c) 'Nascer de novo significa que devemos mudar de uma auto-imagem negativa para positiva, de inferioridade para auto-estima, do medo para o amor, da dúvida par a verdade'.

Não precisaria de comentar, mas deixo a pergunta: onde estão Deus e um Salvador no meio disto tudo? Pois é; não estão...

O autor segue usando, na maior parte do tempo, escritos do Espírito de Profecia para demonstrar quais os reais e tremendos perigos em misturar verdade com mentira (e lembro que para o efeito, a ausência propositada de verdade é, de per si, uma mentira). Nalguns casos, essa mescla é evidentemente paradoxal e contraditória; noutros, nem tanto, e há que estar bem fundamentado e atento para discernir o erro.

Outra falha, que já mencionei atrás e quero reforçar, é focar a mensagem, a pregação, naquilo que o ouvinte gosta, lhe é aprazível e não perturba demasiado a sua confortável vida. Tudo aquilo que seja enfrentar o que está errado, mal, e deve ser removido, não ser sequer tratado. De certa forma, cada pessoa se torna a sua própria medida aferidora do que é certo eu errado; as reclamações e exigências da vontade de Deus e Sua santa lei são atiradas para fora de cena.

O livro termina da mesma forma em que se desenrola: mencionando pelo nome quem está a dirigir este engano e a sua estratégia: Satanás. Aliás, o penúltimo capítulo da obra tem como título 'O Plano de Satanás para a Igreja Remanescente' - leia-se, O Plano de Satanás para a Igreja Adventista.

No fundo, muitas das doutrinas sugeridas por estas super comunidades, encontram correspondência nos movimentos de Nova Era, onde o homem se torna o centro de si mesmo, e do mundo. Deus, como já disse, é um elemento ao qual não se dá importância, ainda que se Lhe invoque o nome...

Mais uma vez com forte recurso a textos da inspiração profética, é desmascarado o mentor deste tipo de influência sobre a nossa igreja. E reparo que muito deste esforço satânico gira em volta de uma forma, uma aparência que não tem conteúdo.

Se ama esta igreja e deseja contribuir para mantê-la firme no rumo certo que Deus determinou e não precisa de ajustes que não venham da Sua mão, esta é uma leitura essencial. Até porque, fica a certeza que este engano se intensificará nos tempos mais próximos.
 

A Igreja de Glenn Beck dos últimos dias

Sábado de manhã, Washington era uma cidade sonâmbula, como se tivesse repentinamente saído para férias. A menos que se fizesse parte do quilómetro e meio de gente que estava a tentar acordar a América, entre um Lincoln de mármore e um obelisco. Glenn Beck, anfitrião de um dos programas televisivos mais populares da conservadora Fox News, fez o chamamento e a América descontente e, sobretudo, zangada com o Governo do país em geral e a Administração Obama em particular, respondeu em massa.

Foi o mais inclassificável comício, se é que isto é um comício: uma combinação de missa campal, festival de patriotismo, revival histórico e show de televisão ao vivo. Outra singularidade: foi um não-comício com a assembleia certa para um comício - conservadores em geral e militantes do Tea Party (movimento que exige menos impostos e que se fortaleceu na luta contra a reforma da saúde de Obama) em particular. Beck apelou para que ninguém trouxesse cartazes, porque não se tratava de um evento político, mas Beck não disse nada sobre T-shirts: "Recessão: quando o seu vizinho perde o emprego. Depressão: quando você perde o emprego. Retoma: quando Obama perder o seu emprego."

Beck sobe ao palco montado em frente do Lincoln Memorial às 10h12, quando muitos tentam ainda encontrar um lugar entre a multidão compacta. Não ajuda que o centro seja ocupado por uma imensa piscina rectangular - fica bem nas fotos, mas neste momento parece apenas imenso espaço inútil. Deus abençoe os ecrãs gigantes, mas é preciso atravessar as árvores e uma barreira humana que veio preparada para um piquenique no parque - cadeiras desdobráveis, geladeiras, coberturas para a relva.

Hello America!

Beck tem os braços abertos.

Está a acontecer uma coisa que ultrapassa a imaginação. Está a acontecer uma coisa que ultrapassa o homem. Hoje a América começa a voltar-se de novo para Deus.

A multidão rejubila.

Beck, que se converteu à Igreja Mórmon em 1999, não explica em que momento a América virou as costas a Deus, nem as causas, talvez porque, como ele diz, prefere "concentrar-se nas coisas boas da América" e não nas "cicatrizes".

Peggy, que viajou 13 horas desde Louisville, Kentucky, para ouvir Beck, diz: "Acho que ele é um tipo brilhante que tem a coragem de dizer coisas que muita gente vai usar para deitá-lo abaixo. A defesa de Cristo não parece ser algo popular no nosso país neste momento. Existe tanta pressão política e sensibilidade em relação a tudo que nos tentam dizer que estatisticamente não somos uma nação cristã, esse tipo de coisas. Mas somos. Está no nosso dinheiro. "In God we trust" [Confiamos em Deus]."

Beck olha para a multidão, extasiado. O tamanho da assembleia é uma vitória pessoal. Refere-se mais do que uma vez às estimativas dos media: 300 mil pessoas, 500 mil pessoas. "E se isso vem dos media, sabe Deus quantos serão." Será que o que vê é o alcance da sua influência? O espelho da sua popularidade? Será que acredita mesmo que foram enviados por Deus, como diz, ou são o produto da intensa autopromoção que tem feito com os seus programas?

Glenn Beck começa a ficar bíblico. Fala de Moisés - "um tipo com um cajado que falou com uma sarça ardente" - e do seu povo eleito e, num salto temporal que tem a subtileza de um cilindro, passa directamente para a fundação da América. O outro povo eleito.

Mas há mais quatro pessoas no palco, uns degraus acima: uma rapariga vestida como a Pocahontas, um índio, um homem com uma kipa e um homem de fato. Beck apresenta-os: descendentes directos dos nativos americanos que foram ter com os primeiros imigrantes aos portos quando estes chegaram. Um rabi. E um pastor descendente dos que chegaram no Mayflower. A versão museológica da diversidade americana. No cenário do seu programa diário na Fox News, Beck tem uma prateleira com objectos que vai retirando ocasionalmente para reforçar o seu discurso. Por exemplo, se estiver a falar de porcelana chinesa, ele mostra um prato de porcelana. É o que estas quatro pessoas estão aqui a fazer. São os objectos.

Não têm tanto orgulho em ser americanos?

Sarah Palin guincha. Depois uma pessoa habitua-se. Histeria. A multidão, obviamente, adora-a.

Pediram-me que viesse aqui falar hoje, não como política, mas como mãe de um soldado.

A última palavra é gritada.

E eu estou orgulhosa dessa distinção. Sabem, podem dizer o que quiserem sobre mim, mas eu gerei um combatente veterano e não me podem tirar isso.

Enquanto discursa, produz estalidos no céu da boca nas pausas. Trrrsssch.

Encontramo-nos hoje aqui, numa encruzilhada simbólica da história da nossa nação. Trrrsssch. E à nossa volta temos monumentos que celebram aqueles que nos têm mantido ao longo dos anos, em palavras ou feitos. Trrrsssch.

A História segundo Beck

Beck apresenta a próxima convidada, "uma mulher que corre risco por estar aqui hoje, por dizer aquilo em que acredita". Alveda King, sobrinha de Martin Luther King. Beck marcou o comício no dia do 47.º aniversário do discurso I have a dream, o que indignou organizações dos direitos civis dos negros, que o acusaram de profanar o legado de King. Desde então, Beck conjurou aproximações a King e à marcha anti-segregação racial de 1963. Anteontem, houve inúmeras referências a King como "um dos gigantes" americanos, e uma parada de diversidade étnica e religiosa em palco para uma assistência quase exclusivamente branca. E Beck referiu que estava hospedado no mesmo hotel de Washington onde King acabou de escrever o seu discurso.

Beck fala regularmente da História no seu programa e venera os "pais fundadores" da América. Ele ascendeu como um protector dos valores e princípios da Declaração da Independência e da Constituição americana, mas a sua ideologia, se é que se pode chamar ideologia, é um patriotismo de conservatório, que funciona por imitação, manco de uma leitura contemporânea. Ele fala desses documentos como de talismãs. Chama-lhes "as nossas escrituras americanas", o que talvez explique esta manifestação indissociavelmente religiosa e patriótica.

Lynn Collett, que veio da Carolina do Sul, segura um cartaz que diz Carolina Patriots. "É um grupo do Tea Party mas não nos consideramos Tea Party. Somos apenas um punhado de pessoas a tentar restituir a Constituição. Acho que é o mesmo que Glenn Beck está a tentar fazer." Gene Geraldo, outro membro do grupo que veio de autocarro, intervém: "A maioria do nosso Governo não acredita na Constituição." Jeff Webster, outro membro: "Penso que foi Obama que disse que a Constituição estava datada." E, olhando em volta, à procura de confirmação: "Não foi o Obama que disse?..."

Alveda King diz que "a América está quase falida". Entre outras razões, porque: a fundação procriadora do casamento está a ser ameaçada e os ventres das nossas mães tornaram-se lugares onde o sangue das nossas crianças é derramado numa guerra de ventres que ameaça o tecido da nossa sociedade.

Alveda diz que o sonho do "tio Martin" só será realizado quando "a oração for novamente permitida nas praças públicas da América e nas nossas escolas".

O último sermão

Mas Glenn Beck voltou para o último sermão - como num concerto de rock, o cabeça de cartaz fica para o fim.

Nós somos uma nação, muito francamente, que está em tão bom estado como eu, e isso não é muito positivo.
Ele desafia as pessoas na assistência para, em casa, rezarem ajoelhadas e com a porta aberta - "para os vossos filhos verem". Pede-lhes para começarem a pagar a dízima às suas igrejas.

Se fizermos estas coisas, havemos de curar a nossa nação.
O discurso dura uma hora ao sol.

A tempestade que se está a aproximar não é só uma tempestade americana. É uma tempestade humana. É uma tempestade global. E quem é que no fim corre para os salvar? São sempre os americanos. Mas ainda não estamos preparados para ser esse povo. Temos de ir para o campo de treino de Deus e reparar as nossas vidas para que possamos ajudar as pessoas no resto do mundo e guiá-las escadas abaixo, para fora do prédio, em segurança.
Moisés-Beck saiu, e ficaram só os cantores de country.

"Ele incorporou mais Deus do que eu estava à espera. Mas por mim tudo bem", diz Gary House, de Virgínia.

Jeff Webster, com o seu sotaque sulista: "Fiquei impressionado com todas as pessoas que vieram para protestar contra o Governo."

Protestar contra o Governo, numa manifestação supostamente não-política?

"Sim, eu acho que lhe pode chamar um protesto."

Christine Wytman, cara vermelha, sete horas e meia de viagem desde Ohio: "Glenn Beck conseguiu solidificar a maioria silenciosa deste país. A Administração não pára de aprovar leis que são muito mais socialistas do que o americano médio deseja." Como a reforma de sistema de saúde. "Vai custar-nos mais do que podemos pagar e vamos ter pior serviço." Christine tem um crachá que diz: "Eu era anti-Obama antes de ser cool!"

Peggy: "Aquilo que mais me surpreendeu quando aqui cheguei foi perceber que não estou sozinha quando sinto que estamos a perder o controlo do nosso país."

"Foi inspirador. Algumas das coisas trouxeram-me lágrimas aos olhos", diz Jeff Webster. "Foi muito pacífico. A única coisa que as pessoas trouxeram foi isto." Saca de uma pequena bandeira americana.

"Repare como tudo ficou limpo. Quando foi a inauguração [de Obama, em 2009], havia lixo por todo o lado."


Fonte - Público 

Nota DDP: É de se observar o que virá no pacote da "volta" da maior nação do mundo a Deus. O segmento religioso ao qual pertence o líder deste evento é partidário da guarda do domingo literalmente, nos moldes do Sábado bíblico.

Em Jerusalém ou Manhattan, a coexistência é o caminho a seguir

Numa cena climática de “Cruzada”, um dos mais erroneamente menosprezados filmes do cineasta britânico Ridley Scott, Balian de Ibelin (Orlando Bloom) faz um discurso para encorajar os moradores de Jerusalém a resistirem ao ataque das tropas muçulmanas que se aproximam dos portões da cidade. Ele afirma que a cidade abriga locais sagrados de muçulmanos, cristãos e judeus, portanto, uma vez que nenhum dos três grupos tem direito de reclamar o controle da cidade, no fundo, todos o têm. Mais tarde, quando negocia a rendição da cidade, Balian ameaça o comandante muçulmano Saladino, brilhantemente interpretado pelo ator sírio Ghassan Massoud: “Você pode tomar Jerusalém”, ele diz. “Mas antes disso, eu irei incendiar a cidade e reduzir a cinzas todos os templos sagrados, cristãos e muçulmanos. Queimarei tudo em Jerusalém que enlouquece os homens”. “Talvez fosse melhor que queimasse”, responde Saladino.

É claro que ninguém em sã consciência seria capaz de propor que alguma cidade fosse deliberadamente incendiada, especialmente uma com a importância de Jerusalém. Mas o encontro entre Balian e Saladino, que data do século XII, soa tão atual quanto as reuniões de paz entre israelenses e palestinos, anunciadas na última sexta-feira, 20. Paralelamente, em Nova York, a discussão sobre a construção da mesquita Cordoba House, a duas quadras do terreno que abrigava o World Trade Center, dividiu cristãos, judeus e muçulmanos.

Barack Obama: “Não somos mais apenas uma nação de cristãos”

Em um discurso de 2006, Barack Obama rebateu a velha máxima de que os Estados Unidos são uma nação cristã. “Não somos mais apenas uma nação de cristãos, mas também uma nação de judeus, muçulmanos, budistas, hindus e ateus”. Obama, hoje presidente do país, apoia a construção da mesquita, alegando que os direitos religiosos dos muçulmanos não podem ser negados. O mesmo argumento foi utilizado pela Liga Anti-Difamação, um grupo dedicado a combater o anti-semitismo, que apesar de reconhecer os direitos dos muçulmanos, tentou convencer os responsáveis a encontrar outra localização menos traumática. Do outro lado, a Organização Sionista da América e o Simon Wiesenthal Center se opuseram à Cordoba House.

Obama também, desta vez num discurso na Universidade do Cairo, em 2009, defendeu a criação de um Estado palestino e criticou tanto o Hamas quanto o governo israelense que expandiu as ocupações no território palestino. Num polêmico discurso, em 2005, o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad, cujas relações com Israel sempre foram as piores possíveis, disse que os líderes muçulmanos que aceitassem a presença do Estado de Israel estariam se curvando à derrota. É claro que Ahmadinejad – que já negou o Holocausto, e usa toda e qualquer oportunidade para criticar o que chama de “regime sionista maligno” – não faz exatamente o melhor uso das palavras. No entanto, numa tentativa de consertar uma de suas muitas declarações contra Israel, o presidente iraniano tocou num ponto essencial para a compreensão do problema no Oriente Médio: “A perseguição aos judeus aconteceu na Europa, e foi realizada por europeus. Por que os palestinos devem pagar pelos crimes de outros?”.

Quando as primeiras notícias sobre a Cordoba House surgiram, fui favorável à construção da mesquita. Achava, e ainda acho, que um templo muçulmano próximo ao local dos maiores atentados do século ajudaria a mudar a opinião dos norte-americanos sobre o Islã e fazer com que os muçulmanos não fossem vistos apenas como fanáticos terroristas que apedrejam adúlteras, enforcam homossexuais, torturam jornalistas e submetem suas meninas à mutilação genital. Quando vejo pessoas afirmando que tais práticas derivam dos ensinamentos do Alcorão, lembro-as de que há passagens bíblicas que defendem a escravidão e o apedrejamento de crianças. E que interpretações erradas de textos religiosos poderiam sugerir que a ingestão de hóstias representando o corpo de Cristo seria uma apologia ao canibalismo.

É verdade – como bem colocou Franklin Foer, editor da revista The New Republic – que os judeus no passado eram perseguidos por não terem uma terra, e agora são criticados por tê-la. Todos conhecem histórias do feroz anti-semitismo europeu que condenou os judeus a vidas sofridas nos guetos sob a constante ameaça dos pogroms. É verdade também que os palestinos são um povo árabe, maioria absoluta na região. Israel faz fronteira com o Líbano, o Egito, a Jordânia e a Síria, todos países árabes, perfeitamente capazes de abrigar a população dos territórios palestinos. Por outro lado, é verdade também que inúmeros judeus prosperaram vivendo em países nos quais eram a minoria e até hoje convivem na mais perfeita harmonia com povos de todas as religiões em diversas partes do mundo, especialmente em Manhattan. Por que então, num território sagrado para três das maiores religiões do planeta onde judeus finalmente conseguiram ser a maioria, não é possível aplicar a política da boa-vizinhança?

Mesquita nova-iorquina

Foi exatamente a necessidade de uma coexistência pacífica que mudou minha opinião sobre a mesquita nova-iorquina. É claro que os argumentos de que a região não precisava de novos templos muçulmanos, de que a construção da mesquita traria sofrimento aos parentes das vítimas dos atentados, e de que qualquer outro espaço na cidade poderia abrigar o templo são compreensíveis; assim como as dúvidas sobre a origem do dinheiro investido na construção (não faz sentido construir um templo e passar uma mensagem contra o terrorismo se o financiamento vem de países onde não há separação religiosa e política, que aplicam as terríveis leis da sharia).

A responsável por me convencer foi Pamela Geller, representante de uma organização que quer acabar com a islamização dos Estados Unidos. Não me compreendam mal: Pamela é uma fascista, que se apavora com a ideia de conviver ao lado de pessoas de turbantes e véus, uma representante da América retrógrada que luta contra a diversidade e pluralidade que se espalha por seu território. Mas em sua retórica direitista, ela perguntou: “por que não construir também uma igreja no local? Ou uma sinagoga?”. Esse é o grande X da questão.

Seja em Jerusalém ou em Manhattan, judeus e muçulmanos não vão desaparecer. Ocupações opressivas em Ramallah ou explosões em ônibus de Tel-Aviv não farão com que o grupo rival desista de seus objetivos. A história de ambos é marcada por resistência e superação, e nenhum deles será completamente subjugado, o que faria com que o conflito durasse para sempre, algo que não interessa a ninguém. A criação do Estado palestino é um ponto essencial para a pacificação da região, mas o processo exige também que ambos os lados não só renunciem à violência, mas também aprendam a não se enxergar como uma constante ameaça – e o governo israelense pode ter dado o primeiro passo ao incluir o idioma árabe nos currículos escolares.

O mesmo vale para a Cordoba House. Se a ideia da construção é dissociar os muçulmanos dos terroristas da al-Qaeda, que melhor maneira de conseguir isso do que um centro inter-religioso, funcionando de maneira harmônica e mostrando – como afirmou o colunista Lexington, da revista britânica The Economist – que nos Estados Unidos, judeus, muçulmanos e cristãos são antes de tudo, norte-americanos? Seria uma oportunidade única de reafirmar a pluralidade norte-americana criando um espaço onde as três religiões convivam lado a lado em harmonia (algo raro no mundo atual. O único exemplo que me vem à mente é o mercado popular Saara, no Rio de Janeiro).

No filme de Ridley Scott, Tiberias, o personagem de Jeremy Irons, afirma: “Prefiro viver junto aos homens a matá-los”. É claro que anos e anos de desconfiança, rancores e até mesmo ódio não desaparecerão da noite para o dia. Mas já que a solução de Balian e Saladino não é aplicável, talvez essa seja a hora de estender a mão, e tentar ouvir e entender o próximo. O mundo com certeza será bem melhor quando os filhos das três religiões abraâmicas puderem desejar “Shalom”, “Deus te abençoe” e “Salaam Aleikum” a seus irmãos.

Fonte - Opinião e Notícia

Nota DDP: Ao que parece o alinhamento das religiões já é reconhecida a passos largos como uma condição indispensável para a "coexistência" da "raça". Deixa portanto de ser uma questão de testemunho, para ser uma questão mais ampla e com contornos políticos.
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