A organização internacional Oceana alertou ontem para os danos registados nos oceanos, que serão "irreversíveis" se não forem avançadas medidas, salientando que 99 por cento das espécies marinhas em perigo estão sem planos de conservação.
A propósito do Dia Mundial dos Oceanos, que ontem se assinalou, a Oceana realçou em comunicado que "a primeira década do século XXI foi um período devastador para os oceanos" e, "caso ações decisivas não sejam tomadas imediatamente, os danos serão irreversíveis".
Segundo as suas estimativas, "99 por cento das espécies marinhas em perigo de extinção ainda não têm planos de conservação e numa só década 70 milhões de toneladas de peixe foram jogadas fora".
A estes dados, é acrescentado que "110.000 hectares de erva marinha, refúgio de milhares de organismos, foram destruídos".
A crítica da organização de conservação marinha vai para o setor das pescas ao frisar que "os avanços tecnológicos postos em prática para sobre aproveitar os recursos dos oceanos maximizam os lucros de curto prazo da indústria pesqueira, sem terem em conta a subsistência de milhões de pessoas nem a preservação dos ecossistemas marinhos".
Outra preocupação transmitida pela Oceana refere-se ao facto de a maior parte dos mares profundos permanecer por explorar, "o que significa que, em muitas áreas, ferramentas pesqueiras destrutivas são permitidas sem sequer se ter a noção da biodiversidade que se está a destruir".
Fonte - Diário de Notícias