segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Europa vive o pior momento desde 1945

LEIPZIG, Alemanha, 14 Nov 2011 (AFP) -"A Europa vive um dos piores momentos desde Segunda Guerra Mundial, talvez o pior momento", afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, em um discurso nesta segunda-feira em Leipzig para quase mil militantes no congresso de seu partido, a União Democrata-Cristã (CDU).

"Cada geração tem seu desafio político", completou a chefe de Governo, que lembrou que a geração do chanceler do pós-guerra Konrad Adenauer (1949-63) construiu a Europa; e que a de Helmut Kohl (1982-98), a unidade alemã e europeia.

"A atual geração enfrenta um teste histórico com esta crise financeira", acrescentou Merkel em um discurso dedicado em boa parte à Europa.

Merkel, que tem um papel-chave na gestão da crise na Eurozona, insistiu no fato de que "chegou o momento de um novo passo para uma nova Europa".

"Se o euro fracassar, a Europa vai fracassar", advertiu a chanceler.

"A Eurozona é muito mais do que uma moeda, é um símbolo de meio século de paz, liberdade e bem-estar social", destacou a líder da CDU há 11 anos e chefe de Governo desde 2005, antes de recordar que "se a Europa vai mal, a Alemanha vai mal".

"Precisamos da Europa para que a Alemanha fique bem", disse, referindo-se à importância da União Europeia para o comércio exterior do país, já que 60% das exportações alemãs ficam nos 27 países membros da UE.

"Nove milhões de empregos dependem diretamente destas exportações", disse.

Ao exigir reformas na Europa, como já fez aos sócios europeus, lembrou que as reformas devem ser traduzidas em mais Europa, e não o contrário.

"Fazemos parte de uma política interna europeia. Se a Alemanha está disposta a ajudar os países em dificuldade, também espera que façam seus deveres, saneando as finanças públicas", concluiu.

Fonte - UOL

Nota DDP: Veja também "Está difícil saber que país vai sobreviver ao euro".

Além do sempre óbvio cumprimento da profecia de Daniel 2, uma vez que o projeto europeu de reunificação, seja pelo prisma que for, não vinga, ainda as possibilidades em torno dos desdobramentos de uma crise que parece séria o suficiente para modificar os centros de poder do velho continente.
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