quinta-feira, 24 de novembro de 2011

"Maranata"

Se fôssemos escolher uma única palavra para expressar e representar bem nossa esperança, essa palavra seria “maranata” – “O Senhor vem!”

Ela tem exercido forte influência sobre minha família, pois constitui a única mensagem colocada sobre o túmulo dos meus avós. Não há nenhuma frase bonita ou poética, mas apenas “maranata”.

Minha ligação pessoal com essa palavra também é muito forte. Até hoje termino as mensagens que escrevo registrando: “maranata”. Por muitos anos, atuei no departamento do Ministério Jovem. Ali aprendi a valorizar ainda mais essa palavra preciosa. Nossos jovens falam, cantam e se saúdam dizendo: “Maranata, o Senhor logo vem!” Eles ainda gesticulam, com a mão direita levantada à altura do pescoço e com quatro dedos estendidos. Essa posição de honra representa os quatro “As” de maranata, as quais recordam nossas quatro atitudes em relação à volta de Jesus: amar, aguardar, anunciar e apressar.

Convivendo de maneira tão intensa com essa palavra, tenho perguntado a mim mesmo: Quanto tempo ainda falta para que se torne realidade não apenas seu significado, mas nossa grande esperança?

Lendo Mateus 24 (o capítulo da segunda vinda), fica claro que precisa haver uma combinação de sinais para que esse dia possa chegar. Nos versos 4 a 13, Jesus apresenta um mundo em profunda crise e, no verso 14, um povo fortemente envolvido na pregação da segunda vinda a todo o mundo. É a combinação desses sinais internos e externos, gerais e iminentes, que indicará a chegada de nossa grande esperança.

Olhando para o mundo de hoje, vejo claramente essa combinação. Analisando a história recente da igreja, fica claro que isso nunca aconteceu antes. Você já sabe o que isso significa. Observe como o mundo está caindo violentamente, enquanto a igreja está se levantando poderosamente. Agora, os dois sinais estão ocorrendo juntos.

Ao observar a situação do mundo, parece que a crise chegou ao limite e ninguém consegue encontrar uma solução humana. O planeta está em colapso e muitos cientistas dizem que o mundo não vai durar mais de 60 ou 100 anos. Podemos ver esse quadro na rápida desertificação do solo, no aumento da temperatura, no efeito estufa, no derretimento da calota polar, no aumento do nível dos oceanos, nos frequentes e violentos terremotos, tempestades e inundações. Ao olharmos para a completa desestruturação da família e a banalização da sexualidade, vemos que a moral também está em colapso. A desonestidade chegou ao limite e parece que não conseguimos confiar em mais ninguém. A violência também se multiplica de forma impressionante.

Essa lista poderia ser ainda maior, mas a clara sensação que temos é de que chegamos ao limite.

Por outro lado, o Espírito Santo está atuando na igreja de maneira impressionante e nunca vista antes, e como Ellen G. White profetizou com frequência. Em 2012, somente no território da Divisão Sul-Americana serão distribuídos mais de 50 milhões de exemplares do livro missionário A Grande Esperança (uma compilação de 11 capítulos do livro O Grande Conflito). No mundo todo serão 166 milhões de livros. Você já sonhou ou imaginou algo parecido? Em 2011, mais de 40 mil jovens doaram suas férias para fazer evangelismo, plantar novas igrejas e levar pessoas ao batismo. Devemos terminar este ano com duas mil novas igrejas estabelecidas, enquanto nossa média anual, até o ano passado, era de 500 a 600. Estamos chegando a 70 mil pequenos grupos, significando que já temos um pequeno grupo para cada 30 membros. A Jornada Espiritual, que nos convoca a dedicar a Deus a primeira hora de cada dia, já tem mais de um milhão de membros envolvidos. A TV, rádio e internet estão fazendo uma verdadeira revolução na conquista de pessoas para Jesus. O número de cidades com TV em canal aberto cresce a uma velocidade acima de nossas melhores expectativas. Esses são apenas alguns milagres que você precisa conhecer. Não são obras de homens.

Hoje, podemos dizer com muito mais entusiasmo: “Maranata, o Senhor logo vem!” Estamos muito perto disso. Precisamos unir nossas mãos, não permitindo que o inimigo nos traga divisão nem discórdia. Ao mesmo tempo, devemos manter firme a visão de que precisamos crescer em comunhão, através da busca diária por reavivamento e reforma, e também no cumprimento da missão, aproveitando todas as oportunidades para anunciar nossa esperança.

Pr. Erton Köhler

Revista Adventista - Nov/11
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