sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Mesmo com resfriamento, 2012 deve bater recorde de calor

Relatório diz que ano registrou intensos fenômenos climáticos pelo mundo.
Hemisfério Norte foi região que mais sofreu com distúrbios do clima.


Os dez primeiros meses de 2012 já são considerados como o nono período mais quente desde que as medições começaram a ser feitas, na segunda metade do século 19, mesmo com a ocorrência do fenômeno La Niña, responsável pelo resfriamento das águas do Oceano Pacífico.

As informações foram divulgadas nesta quarta-feira (28) pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que lançou novo relatório devido à realização da conferência climática da ONU, a COP 18, em Doha, no Qatar.

De acordo com o documento, o ano de 2012 deve registrar novo recorde de calor até o seu final e já ficou marcado pela ocorrência de fenômenos climáticos extremos em todo o mundo, principalmente no Hemisfério Norte, que sofreu com grandes ondas de frio, de calor, além de um degelo do Ártico sem precedentes.

"A extensão do gelo do Ártico atingiu um novo recorde negativo. A taxa alarmante do degelo deste ano destaca as profundas mudanças que ocorrem nos oceanos e na biosfera", disse Michel Jarraud, chefe da OMM.

O Centro Nacional da Neve e do Gelo dos Estados Unidos (NSIDC, na sigla em inglês) anunciou que em 16 de setembro o território congelado do Ártico era de 3,41 milhões de km², número muito menor se comparado ao último recorde negativo registrado em 2007, quando restaram apenas 4,17 milhões km² (houve perda de 760 mil km² a mais que naquele ano).

No geral, houve uma perda de 11,8 milhões de km² desde 20 de março deste ano – considerada pelos cientistas a maior perda de gelo durante um verão detectada por satélites.

Fonte - G1
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