As autoridades filipinas elevaram nesta sexta-feira a 1.838 o número de mortos e desaparecidos por consequência da passagem do tufão Bopha, que deixou um rastro de destruição no sul do país em 3 de dezembro. A última apuração aponta 906 mortos confirmados, mas as equipes de resgate têm poucas esperanças de encontrar com vida as 932 pessoas consideradas desaparecidas mais de uma semana depois do tufão ter arrasado plantações e dezenas de aldeias.
Segundo o Conselho Nacional de Prevenção e Resposta a Desastres, 2.660 pessoas ficaram feridas, e as inundações e os deslizamentos de terra danificaram cerca de 250.000 casas. Com 5,5 milhões de desabrigados, quase 60.000 pessoas são atendidas em abrigos, enquanto 760.000 requerem água e alimentos para sobreviver principalmente nas províncias de Davao Oriental e Compostela Valley.
ONGs e especialistas como o meteorologista Jeff Masters afirmam que a intensidade do Bopha se deve ao aquecimento incomum das águas do oceano por conta da mudança climática. Os efeitos devastadores se multiplicaram na devido à mudança climática e também ao desmatamento, segundo especialistas.
Cúpula – No entanto, tufões como Bopha ou a supertempestade Sandy, que atingiu os Estados Unidos no final de outubro, não serviram para que a Cúpula da ONU sobre Mudança Climática alcançasse um acordo mais ambicioso na semana passada em Doha, onde acordaram uma extensão do Protocolo de Kioto até 2020.
Juland Suazo, da ONG filipina Panalipdan, lembrou ainda que o desmatamento para dar passagem a explorações mineiras e plantações aumentou os efeitos devastadores das inundações e dos deslizamentos de terra.
Fonte - Veja