Leiria, 01 Mai (Lusa) - A Liga Operária Católica (LOC) e o bispo das Forças Armadas contestam a abertura dos hipermercados aos domingos, considerando que esse dia deve ser vocacionado para a família.
Fátima Almeida, coordenadora nacional da LOC, defende que os domingos devem ser dias "dedicados ao encontro das famílias", limitando-se ao máximo qualquer actividade laboral.
Os funcionários dos hipermercados "também têm famílias", recordou Fátima Almeida, que aponta a excessiva precariedade laboral, os turnos rotativos e a falta de emprego como motivos para a perda da estabilidade familiar.
"Perdeu-se o domingo como espaço de encontro das famílias" e embora "esses espaços comerciais sejam uma espécie de centros de culto" para os agregados familiares modernos, têm de se encontrar outras "soluções e novos espaços de diálogo, de partilha e de entreajuda" diferentes.
Posição semelhante tem D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas e antigo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) quando esta polémica se verificou.
"O domingo é o dia da família" em que deve haver o "cumprimento de valores sociais como é o descanso e a tranquilidade que um trabalhador merece", afirmou D. Januário Torgal Ferreira, rejeitando que a posição da Igreja se deva à realização das eucaristias dominicais.
"Não renegamos os aspectos religiosos" mas o que motiva esta posição é a necessidade de "encontro das famílias", considerou o bispo, que admite a abertura de hipermercados apenas em "circunstâncias ou lugares" em que não exista opção à satisfação das "necessidades básicas".
"O supermercado deve estar ao serviço das necessidades das pessoas mas, até aos fins-de-semana, as famílias têm de se encontrar", considerou D. Januário Torgal Ferreira.
"Com bom senso e grande sensatez, as pessoas deveriam abrir os olhos" até porque "não é uma questão religiosa" mas sim o respeito da "dignidade humana".
"É importante que um trabalhador tenha direito ao domingo" até porque "há uma razão história e social para o fim-de-semana ser um espaço de legítimo descanso", acrescentou.
Fonte - Rádio e Televisão Portugal
Nota DDP:
Mais em "Igreja lusa critica abertura de supermercados aos domingos" e "Igreja opõe-se à abertura de hipermercados ao domingo para proteger a família". Discussão recente em outro país em "Querem que os domingos sejam "sagrados"".
Fátima Almeida, coordenadora nacional da LOC, defende que os domingos devem ser dias "dedicados ao encontro das famílias", limitando-se ao máximo qualquer actividade laboral.
Os funcionários dos hipermercados "também têm famílias", recordou Fátima Almeida, que aponta a excessiva precariedade laboral, os turnos rotativos e a falta de emprego como motivos para a perda da estabilidade familiar.
"Perdeu-se o domingo como espaço de encontro das famílias" e embora "esses espaços comerciais sejam uma espécie de centros de culto" para os agregados familiares modernos, têm de se encontrar outras "soluções e novos espaços de diálogo, de partilha e de entreajuda" diferentes.
Posição semelhante tem D. Januário Torgal Ferreira, bispo das Forças Armadas e antigo porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) quando esta polémica se verificou.
"O domingo é o dia da família" em que deve haver o "cumprimento de valores sociais como é o descanso e a tranquilidade que um trabalhador merece", afirmou D. Januário Torgal Ferreira, rejeitando que a posição da Igreja se deva à realização das eucaristias dominicais.
"Não renegamos os aspectos religiosos" mas o que motiva esta posição é a necessidade de "encontro das famílias", considerou o bispo, que admite a abertura de hipermercados apenas em "circunstâncias ou lugares" em que não exista opção à satisfação das "necessidades básicas".
"O supermercado deve estar ao serviço das necessidades das pessoas mas, até aos fins-de-semana, as famílias têm de se encontrar", considerou D. Januário Torgal Ferreira.
"Com bom senso e grande sensatez, as pessoas deveriam abrir os olhos" até porque "não é uma questão religiosa" mas sim o respeito da "dignidade humana".
"É importante que um trabalhador tenha direito ao domingo" até porque "há uma razão história e social para o fim-de-semana ser um espaço de legítimo descanso", acrescentou.
Fonte - Rádio e Televisão Portugal
Nota DDP:
Mais em "Igreja lusa critica abertura de supermercados aos domingos" e "Igreja opõe-se à abertura de hipermercados ao domingo para proteger a família". Discussão recente em outro país em "Querem que os domingos sejam "sagrados"".