Capítulo 20
A origem do conceito de alma separável do corpo, como já vimos, vem do tempo do Jardim do Éden, quando Lúcifer mentiu a Eva de que desobedecendo a DEUS, isto é, comendo do fruto, mesmo assim não morreriam (Gên. 3:4). Lúcifer andava em busca de um império. Não fazia muito ele perdera a guerra no Céu, fora expulso dali, e agora estava no vazio do Universo a procura de algum planeta habitado para construir seu império. E como conseguiria isso senão mentindo? Por ventura algum ser inteligente o atenderia se dissesse algo assim: ‘olha, eu sou Lúcifer, fui expulso do Céu por rebeldia, me acolham aqui e serei vosso rei’. O que acha? Por isso ele mentiu, levou Eva a desobediência e por essa via conquistou a submissão dela, e logo depois também de Adão. Assim esse planeta passou do governo de DEUS para o governo de Lúcifer. E as desgraças que disto resultaram conhecemos bem. O princípio de governo da Terra não é o amor e sim o ódio.
Do Jardim do Éden o conceito de alma sem corpo passou aos antediluvianos e foi retomado pelas pessoas no tempo de Ninrod. De Ninrod, por meio da confusão de línguas, se disseminou pelo mundo, sendo maior o número de pessoas a crer na alma separável do corpo do que as que criam que alma é um corpo que respira. Em seqüência, se desenvolveram religiões coerentes com esse conceito, como as religiões pagãs. Mais tarde a crença da alma imortal entrou até mesmo entre os judeus, o povo de DEUS. Segundo a Enciclopédia Judaica, "a crença na imortalidade da alma chegou aos judeus através do contacto com o pensamento grego e principalmente através da filosofia de Platão (427-347 a.C.), seu principal expoente". Apartir de meados do 2.° Século d.C., os primitivos filósofos cristãos adotaram o conceito grego da imortalidade da alma. Nesse tempo a idéia da alma imortal invadiu o cristianismo, e até hoje permanece, mas não em todas as igrejas cristãs. Há cristãos que seguem a explicação da Bíblia, e ela merece ser considerada, afinal, ela é a Palavra de DEUS, aquele que nos criou.
Um dos povos que fortaleceu essa crença foram os egípcios. Eles criam que a alma fosse preexistente, que se tratava de apenas um espírito, sem matéria. Criam que esse espírito nunca morre. Eles criam que toda pessoa mais favorecida possuía um espirito protetor, que chamavam ‘ka’, diziam que ele permanecia com a pessoa durante a vida, para a guiar nessa vida por caminhos selecionados e que influenciava no futuro após a morte. Morrendo o egípcio, o seu ka o esperava do outro lado do Grande Rio.
Nos tempos mais antigos, acreditavam que só os reis possuíam o ‘ka’, por isso, os mumificavam e colocavam junto da tumba seus pertences pessoais, para o ‘ka’ os levar junto. Criam que o ‘ka’ dos reis iria para alguma estrela celestial. Por esse motivo os reis construíam pirâmides com uma pequena saída para que essa alma saísse em direção de sua estrela, conforme estudos do ‘National Geografic’. Mais tarde passaram a crer que todas as pessoas possuíam um ‘ka’.
Os hindus imaginaram o ‘atman’ que seria um espírito presente no corpo. Os chineses inventaram outra forma de crer, entendiam que havia dois aspectos no ser humano, o yahg e o yin, a alma e o espírito. Os budistas crêem em reencarnação até atingir o Nirvana, a paz absoluta. Os espíritas, que surgiram no séc. XIX, crêem na reencarnação da alma em busca da perfeição. Enfim, todas as crenças pagãs crêem em alguma forma de alma imortal, variando de uma crença para outra.
Há algo errado nessa forma de crer. Não é admissível que o homem possa ser explicado por inúmeras formas diferentes, e todas corretas. Além disso, essas crenças surgiram da imaginação de seres humanos. É preferível ficar com a Bíblia, explicação dada pelo próprio Criador, que diz que a alma se tornou mortal por causa do pecado.
Fonte - Cristo Voltará