São Paulo - Com o primeiro caso confirmado nos Estados Unidos na última sexta, a MERS (Síndrome Respiratória do Oriente Médio) começa a preocupar o mundo.
Em seu site, Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) já instrui cidadãos americanos com sintomas da doença que tenham viajado pela região da Península Arábica recentemente a procuraremajuda médica.
Descoberta em abril de 2012 na Arábia Saudita, a MERS é causada por um tipo de coronavírus que gera problemas respiratórios severos, tosse e febre - segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Até o momento, 12 países já registraram casos da doença - de acordo com levantamento do CDC.
Contágio
De acordo com Tony Mounts, membro do grupo de pesquisa da MERS da OMS, ainda não há confirmação sobre como a doença é transmitida.
Suspeita-se que a MERS tenha origem animal (provavelmente camelos) e que seu contágio entre humanos se dê por meio de secreções respiratórias.
Em novembro de 2013, cerca de 150 pessoas estavam infectadas com o vírus em todo o mundo.
De acordo com a OMS, de janeiro até o fim de março, 28 casos foram confirmados e 10 mortes causadas pela doença foram registradas.
Sars
Muitos têm apontado semelhanças entre a MERS e SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), que surgiu na China em 2002 e vitimou cerca de 800 pessoas.
Porém, Mounts destaca que a última doença se espalhou mais rapidamente.
"SARS e MERS causam sintomas parecidos mas a SARS era muito mais facilmente transmitida. A SARS registrou mais de 8 mil casos em 3 meses", afirmou ele no Twitter.
Com taxa de mortalidade em cerca de 40% dos casos, a MERS ainda não tem um tratamento específico.
No Egito, autoridades estão investigando se a morte de uma mulher de 60 anos foi causada pela doença.
Fonte - Exame