terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A idade de McCain

* Thomas Sowell
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Quando falamos sobre o presidente dos EUA, não falamos sobre o destino de um indivíduo, mas do destino de uma nação e das gerações ainda por vir.

Este não é um momento para pruridos sentimentais ou para o politicamente correto, quando falamos de quem carregará o peso do mundo livre em seus ombros, na Casa Branca.

Além da idade, já há suficiente evidência de que John McCain não é o tipo de homem que tenha pensado profundamente nas muitas graves questões sobre as quais ele opina, opiniões estas que alguns consideram como “conversa franca”.

A mídia o tem apelidado de “maverick” [não-convencional, excêntrico], que é uma forma de distorcer o fato de que ele é teimoso e não confiável.

O apoio do senador John McCain a Ted Kennedy nas questões de imigração, e ao igualmente esquerdista senador Russ Feingold para violar a Primeira Emenda em nome da “campanha para a reforma financeira” são clássicos exemplos de um canhão sem pontaria.

O senador McCain não é um homem mau. Ele tem algumas admiráveis qualidades. Mas há muitas pessoas que seriam perigosas num cargo para o qual não estão preparadas.

No século XVIII, Edmund Burke disse que algumas pessoas “podem fazer as piores coisas sem serem os piores homens”. A Casa Branca não é lugar para isso.
Thomas Sowell é doutor em Economia pela Universidade de Chicago e autor de mais de uma dezena de livros e inúmeros artigos, abordando tópicos como teoria econômica clássica e ativismo judicial. Atualmente é colaborador do Hoover Institute.
A rigor, com Sowell, somos espectadores cada vez mais conscientes de uma guerra ideológica que se trava no último campo de batalha possível, que é a sociedade americana. Do resultado dessa guerra depende o futuro da humanidade.
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Um pouco de seu pensamento pode ser percebido pelos seus artigos, pois a temática básica que é desenvolvida em seus livros se reproduz em seus artigos. Vemos, assim, desde a tentativa pedagógica de Sowell de ensinar Economia para o público em geral, até suas denúncias do ativismo judicial esquerdista que vem destruindo a tradição jurídica americana.
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Transparece também, em seus artigos, não só a caracterização precisa do ideal da esquerda, como também as conseqüências desse ideal numa sociedade que o aceita sem reflexão. Temos pungentes denúncias da devastação moral que vagarosamente se implanta na sociedade americana, advinda da aceitação, em todos os níveis, de pressupostos esquerdistas.
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