A matéria mereceria uma tradução nos mesmo patamar de importância das declarações, mas estas são tão contudentes e singulares que me arrisco a transferir ao menos o contexto da matéria.
Trata-se de um expoente canadense em questão de ambientalismo, "gritando" para quem quiser ouvir, que aqueles que não se alinharem aos que partilham da visão unilateral de que o aquecimento global deve ser combatido, neste caso seu discurso ainda cinge-se exclusivamente aos políticos, deveriam ser considerados criminosos e presos.
É interessante que a matéria afirma que poucos canadenses não saberiam dizer quem seja David Suzuki, estabelecido em sólida reputação de ativismo ambiental construída através de anos de luta neste segmento, agraciado inclusive com inúmeros títulos por sua militância neste particular.
A matéria chega a dizer que "Quando Suzuki fala, o Canadá ouve". E o ativista de 61 anos foi ouvido durante evento realizado na McGill University, onde ele, dentre outras coisas, afirmou:
"O que eu gostaria de desafiar vocês a fazer" - enquanto falava sobre as alterações climáticas e aqueles que a negam - "é concentrar grandes esforços para tentar visualizar meios legais para colocar nossos chamados líderes na prisão, porque seus atos são criminosos"
Por esta ordem de considerações, o palestrante foi extremamente aplaudido, o que foi feito inclusive de pé quando este disse que os "culpados" deveriam ser jogados na cadeia. Boa referência de onde pode chega a sanha humana pela perseguição a pessoas que em tese sequer se conhece, com uma simples conclamação. Uma manada esperando um líder.
A matéria segue dizendo que esta não é a primeira vez que Suzuki exige a prisão daqueles que não se alinham com suas convicções acerca do aquecimento global, ele já havia feito observações semelhantes em recente manifestação na Univerdade de Toronto.
A despeito de algumas vozes terem se levantado para dizer que Suzuki não deveria ser entendido literalmente, aqueles que assitiram ao seu discurso ficaram com a impressão de que ele não o fez em tom de brincadeira ou hiperbolicamente.
"Ele pareceu sério", disse Vincci Tsui, editor do McGill Tribune, conforme relatado pelo National Post. "Eu acho que ele queria enviar a mensagem de que esta causa é uma questão crucial."
Comentadores conservadores reagiram fortemente às observações da Suzuki, como sendo mais uma prova do afastamento dos direitos humanos no Canadá, onde aqueles que discordam com o establishment, em particular aqueles da política social de direita, estão a ser cada vez mais perseguidos.
Ainda no tema, Terry O´Neill do National Post asseverou que "Nós não deveríamos ficar surpresos com a intolerância que permeia a retórica de Suzuki. Afinal, não obstante o mantra multicultural 'celebremos as diferenças', há uma preocupante tendência iliberal estes dias, para censurar aqueles com que não se concorda. É apenas um pequeno passo para tentar jogar os discordantes na prisão, também."
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Nota DDP:
Nem vou considerar os inúmeros posts anteriores que denotam o alinhamento e a possibilidade real de restrição de liberdades individuais com base na questão do aquecimento global, corroborado por grupos religiosos, como já se fez inúmeras vezes neste espaço, especialmente em relação às diretrizes do Vaticano e mais recentemente de grupos protestantes.
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O que me chamou a questão, é como a questão poderá ser tratada em locais em que a religião em tese não tem penetração, como no caso do Canadá e possivelmente de alguns países Europeus, sem contar a Austrália e China, que têm sofrido sobremaneira com fenômenos naturais nos últimos tempos.
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A mensagem que fica é esta: "Alinhem-se às nossas conclusões sobre a questão do aquecimento global e às medidas que serão tomadas para combatê-lo, do contrário a cadeia (a princípio parece-me até uma medida tímida, uma vez que poderá não demorar para a questão ser tratada como crime contra a humanidade) para os opositores."
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Os crimes de opinião voltaram no chamado "mundo democrático" e serão rapidamente instaurados em todo globo, viabilizados pelo "Estado Policial". Aqui no Brasil tem inclusive um relevante exemplo desta questão. Virão também as leis que, em tese, concederão "ar de estado de direito" e a bem da sociedade para os posicionamentos a serem encampados, de onde penso virá o chamado "Decreto Dominical". Como diz o dito popular, "quem viver verá".