O presidente da França, Nicolas Sarkozy, gerou uma nova polêmica ao dizer que a fé tem um lugar na esfera pública e que as crianças francesas em idade escolar deveriam aprender sobre as 11 mil crianças judias da França mortas no Holocausto.
Sarkozy tem deixado indignados os partidários do secularismo com seus constantes apelos à fé religiosa e suas referências às raízes cristãs do país. E, na quarta-feira, em uma organização judaica da França, afirmou que a violência e as guerras do século 20 deviam-se à "ausência de Deus".
Os alunos de 10 anos de idade "deveriam conhecer o nome e a história de vida das crianças que morreram no Holocausto", afirmou no Conselho Representativo de Instituições Judaicas na França (Crif).
Na quinta-feira, viu-se criticado tanto por secularistas, que desejam manter separadas as esfera da religião e dos assuntos públicos, e por pessoas segundo as quais as crianças poderiam ficar traumatizadas ao estudarem o Holocausto por meio de vítimas infantis com as quais poderiam se identificar.
"O presidente não deveria lançar mão desse tipo de pregação como vem fazendo agora", afirmou o senador esquerdista Jean-Louis Melenchon. O deputado de centro François Bayrou previu "um choque entre os valores da França e aqueles de Nicolas Sarkozy".
Os recentes discursos proferidos por Sarkozy diante de cristãos e muçulmanos fizeram nascer acusações de que o líder francês violava o princípio da separação entre o Estado e a Igreja. Ele é o primeiro presidente do país a discursar no jantar anual da Crif, um papel desempenhado normalmente pelo primeiro-ministro.
Fonte - Elnet
Nota DDP:
Como se vê, o Vaticano vem ganhando aliados importantes na sua caminhada ao cumprimento das profecias...