Uma notícia bombástica chegou às nossas casas através do jornal da noite: o líder cubano, Fidel Castro, renunciou ao cargo de presidente de Cuba. Através do “jornal ‘Granma’ (órgão oficial do Partido Comunista cubano)” a mensagem do ex-ditador era inequívoca: “‘Não aspirarei nem aceitarei - repito -, não aspirarei nem aceitarei os cargos de Presidente do Conselho de Estado e de comandante em chefe’”. [1]
Operado pela primeira vez em 27 de Julho de 2006, o ex-líder cubano suportaria ainda
“[…´] quase 19 meses de convalescença de uma grave doença - de origem intestinal”, a mesma que forçou-o a nomear o irmão Raúl Castro ministro da Defesa a assumir a presidência em caráter provisório, em 31 de Julho de 2006. Ultimamente, Fidel, vitimado por uma nova crise, “admitiu que esteve à beira da morte. Perdeu quase 20 quilos nos primeiros 34 dias de crise, passou por várias cirurgias e dependeu por muitos meses de cateteres.” [2]
Esperançoso, Fidel arrisca-se em afirmar que "as novas gerações contam com a autoridade e a experiência para garantir a sua substituição". De fato, uma “nova Assembléia do Poder Popular, o parlamento nacional, foi eleita em janeiro, e terá sua sessão inaugural domingo, quando renovará o Conselho de Estado, incluindo a presidência. […] Ele [Fidel] foi eleito para a assembléia e poderia, legalmente, se apresentar como candidato à reeleição.”[3]
Há um ar de romantismo aventuresco na trajetória de “O Comandante”, como é respeitosamente evocado por seus admiradores (entre os quais, os presidentes Lula, Hugo Chaves e Evo Morales, respectivamente, do Brasil, Venezuela e Bolívia). Fidel “foi o líder do movimento que derrubou o líder pró-Estados Unidos Fulgêncio Batista em 1º de janeiro de 1959. Ele comandou o regime cubano como primeiro-ministro por 18 anos, passando à Presidência do país por escolha da Assembléia, eleita após a aprovação da Constituição Socialista de 1976.”[4]
Obviamente, como a Revolução Cubana ocorreu em plena “Guerra Fria”, o fato de possuir um vizinho comunista não agradou em nada aos Estados Unidos. A famigerada CIA chegou a tentar invadir o país em 17 de Abril de 1961, um dia depois de “O Comandante” declarar sua revolução socialista. Fidel sofreu tentativas de assassinato. Ao todo “dez administrações americanas” teriam tentado tirá-lo do poder. “A hostilidade chegou ao seu auge em 1962, com a crise em torno dos mísseis cubanos”, quando se aventou que Cuba serviria de base estratégica da então super-potência soviética. [5]
A notícia da renúncia de Fidel soma-se a outras, como a queda do muro de Berlim (em 9 de Novembro de 1989) e o fim da antiga União Soviética (em Agosto de 1991). Montando as peças do quebra-cabeça político, percebemos que a única super-potência isolada e autônoma é mesmo o Estado Norte-americano. Isto teria algum significado especial dentro daquilo que a Bíblia descreve comoprestes a acontecer nos dias finais da História humana?
Há vinte séculos, o profeta João já havia predito que um poder nacional emergente surgiria no tempo do fim (por volta da data que tanto o livro de Daniel e o Apocalipse prevêem para o fim da perseguição católico-medieval aos cristãos, ou seja, os 1260 dias, concluídos em 1798). João fala dessa nação como capaz de reestabelecer o poder perseguidor que dominou a Europa na idade Média. Que nação seria essa?
Por necessidade, citamos este texto de Ellen White, que, embora extenso, é esclarecedor:
“Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. A besta foi vista a ‘subir da terra’; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida ‘subir’ significa literalmente ‘crescer ou brotar como uma planta’. E, como vimos, a nação deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do ‘mistério de sua procedência do nada’ (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho), e diz: ‘Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império.’ Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava ‘emergindo’ e ‘no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho’. - The Dublin Nation.”
Operado pela primeira vez em 27 de Julho de 2006, o ex-líder cubano suportaria ainda
“[…´] quase 19 meses de convalescença de uma grave doença - de origem intestinal”, a mesma que forçou-o a nomear o irmão Raúl Castro ministro da Defesa a assumir a presidência em caráter provisório, em 31 de Julho de 2006. Ultimamente, Fidel, vitimado por uma nova crise, “admitiu que esteve à beira da morte. Perdeu quase 20 quilos nos primeiros 34 dias de crise, passou por várias cirurgias e dependeu por muitos meses de cateteres.” [2]
Esperançoso, Fidel arrisca-se em afirmar que "as novas gerações contam com a autoridade e a experiência para garantir a sua substituição". De fato, uma “nova Assembléia do Poder Popular, o parlamento nacional, foi eleita em janeiro, e terá sua sessão inaugural domingo, quando renovará o Conselho de Estado, incluindo a presidência. […] Ele [Fidel] foi eleito para a assembléia e poderia, legalmente, se apresentar como candidato à reeleição.”[3]
Há um ar de romantismo aventuresco na trajetória de “O Comandante”, como é respeitosamente evocado por seus admiradores (entre os quais, os presidentes Lula, Hugo Chaves e Evo Morales, respectivamente, do Brasil, Venezuela e Bolívia). Fidel “foi o líder do movimento que derrubou o líder pró-Estados Unidos Fulgêncio Batista em 1º de janeiro de 1959. Ele comandou o regime cubano como primeiro-ministro por 18 anos, passando à Presidência do país por escolha da Assembléia, eleita após a aprovação da Constituição Socialista de 1976.”[4]
Obviamente, como a Revolução Cubana ocorreu em plena “Guerra Fria”, o fato de possuir um vizinho comunista não agradou em nada aos Estados Unidos. A famigerada CIA chegou a tentar invadir o país em 17 de Abril de 1961, um dia depois de “O Comandante” declarar sua revolução socialista. Fidel sofreu tentativas de assassinato. Ao todo “dez administrações americanas” teriam tentado tirá-lo do poder. “A hostilidade chegou ao seu auge em 1962, com a crise em torno dos mísseis cubanos”, quando se aventou que Cuba serviria de base estratégica da então super-potência soviética. [5]
A notícia da renúncia de Fidel soma-se a outras, como a queda do muro de Berlim (em 9 de Novembro de 1989) e o fim da antiga União Soviética (em Agosto de 1991). Montando as peças do quebra-cabeça político, percebemos que a única super-potência isolada e autônoma é mesmo o Estado Norte-americano. Isto teria algum significado especial dentro daquilo que a Bíblia descreve comoprestes a acontecer nos dias finais da História humana?
Há vinte séculos, o profeta João já havia predito que um poder nacional emergente surgiria no tempo do fim (por volta da data que tanto o livro de Daniel e o Apocalipse prevêem para o fim da perseguição católico-medieval aos cristãos, ou seja, os 1260 dias, concluídos em 1798). João fala dessa nação como capaz de reestabelecer o poder perseguidor que dominou a Europa na idade Média. Que nação seria essa?
Por necessidade, citamos este texto de Ellen White, que, embora extenso, é esclarecedor:
“Que nação do Novo Mundo se achava em 1798 ascendendo ao poder, apresentando indícios de força e grandeza, e atraindo a atenção do mundo? A aplicação do símbolo não admite dúvidas. Uma nação, e apenas uma, satisfaz às especificações desta profecia; esta aponta insofismavelmente para os Estados Unidos da América do Norte. Reiteradas vezes, ao descreverem a origem e o crescimento desta nação, oradores e escritores têm emitido inconscientemente o mesmo pensamento e quase que empregado as mesmas palavras do escritor sagrado. A besta foi vista a ‘subir da terra’; e, segundo os tradutores, a palavra aqui traduzida ‘subir’ significa literalmente ‘crescer ou brotar como uma planta’. E, como vimos, a nação deveria surgir em território previamente desocupado. Escritor preeminente, descrevendo a origem dos Estados Unidos, fala do ‘mistério de sua procedência do nada’ (G. A. Towsend, O Novo Mundo Comparado com o Velho), e diz: ‘Semelhando a semente silenciosa, desenvolvemo-nos em império.’ Um jornal europeu, em 1850, referiu-se aos Estados Unidos como um império maravilhoso, que estava ‘emergindo’ e ‘no silêncio da terra aumentando diariamente seu poder e orgulho’. - The Dublin Nation.”
“Aqui está uma impressionante figura da elevação e crescimento de nossa própria nação [Estados Unidos]. E os chifres semelhantes aos de um cordeiro, emblemas de inocência e brandura, representam corretamente o caráter de nosso governo, segundo é expresso em seus dois princípios fundamentais: republicanismo e protestantismo.”[6]
Assim, podemos entender melhor a profecia de João:
“E vi subir da terra outra besta[Os Estados Unidos da América], e tinha dois chifres semelhantes aos de um cordeiro; e falava como dragão. Também exercia toda a autoridade da primeira besta [o poder político-religioso do Catolicismo Romano] na sua presença; e fazia que a terra e os que nela habitavam adorassem a primeira besta, cuja ferida mortal fora curada. E operava grandes sinais, de maneira que fazia até descer fogo do céu à terra, à vista dos homens; e, por meio dos sinais que lhe foi permitido fazer na presença da besta, enganava os que habitavam sobre a terra e lhes dizia que fizessem uma imagem à besta que recebera a ferida da espada e vivia.” Apocalipse 13:12-14.
Parece inacreditável que um país fundamentado na liberdade religiosa promova uma perseguição medieval, e isto numa era pós-moderna, marcada pelo relativismo moral. No entanto, parecia impossível afirmar os demais dados presentes nas palavras do Apocalipse nas décadas de 60, 70 ou mesmo 80, quando o mundo estava dividido em dois blocos econômicos – um socialista e o outro capitalista.
Agora, décadas depois dos estertores da União Soviética, Cuba passa por um período de transição, no qual seu comunismo revolucionário, encenado por cinco décadas pelo ditador Fidel, dá sinais de não poder ir adiante. Mais do que nunca, parece que os Estados Unidos impõe seu modelo ao mundo, sem um adversário à altura, ou sequer um foco de resistência, como a República Cubana vinha sendo. Resta-nos esperar o desenrolar dos acontecimentos para acompanhar o cumprimento profético que desencadeará no realizar-se de nossas esperanças: o retorno do Senhor (Lucas 21:28).
[1]“ Fidel Castro renuncia após 50 anos no poder”, disponível em http://www.record.pt/noticia.asp?id=776073&idCanal=127,.
[2]“ Fidel Castro renuncia à presidência de Cuba”, Terça-feira, 19 de Fevereiro de 2008, disponível em http://noticias.terra.com.br/mundo/interna/0,,OI2465469-EI8140,00.html.
[3] “ Após 49 anos no poder, Fidel Castro renuncia à Presidência”, disponível em http://www.estadao.com.br/internacional/not_int126945,0.htm.
[4] Idem.
[5]“ Após 49 anos, ditador Fidel Castro renuncia ao poder em Cuba”, disponível em http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u373754.shtml.
[6] Ellen G. White, Maranata! (Meditações Matinais), p. 191
Fonte - Questão de Confiança