Resumo: A carapaça humanista e a retórica apocalíptica dos ambientalistas dificultam explicar ao público suas reais intenções, eivadas de totalitarismo latente, aspirações arrogantes de comandar os destinos da humanidade e guerra incessante contra o capitalismo liberal. Mas de vez em quando, eles deixam de lado a dissimulação e falam claramente sobre seus objetivos.
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A carapaça humanista e a retórica apocalíptica - temperada por platitudes e clichês “bem intencionados” - dos ambientalistas fazem com que nós - os chamados céticos - muitas vezes tenhamos enorme dificuldade para transmitir ao público as reais intenções desses dissimulados, seu totalitarismo latente, suas aspirações arrogantes de comandar os destinos da humanidade, sua guerra incessante contra o capitalismo liberal e o crescimento econômico.
Por isso, é alvissareiro quando alguns de seus áulicos resolvem despir o véu da dissimulação e falar claramente a que vieram. Sentindo-se, talvez, já suficientemente fortes perante a opinião pública mundial, alguns próceres mais audaciosos do movimento ambientalista global, certamente na tentativa de abreviar o fim da guerra, começam a “chutar o pau da barraca”.
Foi evidentemente o que ocorreu com os ativistas ecológicos David Shearman e Joseph Wayne Smith, autores do recém lançado livro ‘The Climate Change Challange and the Failure of Democracy’, um extraordinário libelo pela extinção da democracia liberal e do livre mercado, em defesa do autoritarismo e do despotismo “esclarecido” dos especialistas.
Abaixo, transcrevo e traduzo o sumário da indigitada obra, disponível na página da própria editora (Greenwood Publishing Group) na Internet (http://www.greenwood.com/catalog/C34504.aspx), bem como os comentários de alguns coleguinhas dos autores. Sem mais delongas, pois o texto é auto-explicativo:
“As mudanças climáticas são uma ameaça ao futuro da civilização, mas a humanidade é impotente para implementar as soluções. Mesmo naquelas nações comprometidas com a redução dos gases de estufa, as emissões continuam crescendo. Esta falha tem reflexos em várias esferas: o esgotamento dos peixes nos oceanos, a erosão de solos férteis, a destruição de florestas, a poluição de rios e a utilização dos recursos naturais do mundo além das respectivas taxas de reposição.
“Neste livro provocativo, Shearman e Smith apresentam evidências de que o problema fundamental por trás da destruição do meio ambiente – mudanças climáticas em particular – está no funcionamento da democracia liberal. Suas falhas e contradições retiram do governo (...) o necessário poder para tomar as decisões que possam promover uma sociedade sustentável.
“Após argüir que a democracia tem falhado em seu aspecto humanitário, os autores vão além e demonstram que estas falhas podem facilmente conduzir ao autoritarismo, sem que nem mesmo percebamos [?]. Ainda mais provocativos, eles afirmam que devemos estar preparados para esta eventualidade, se quisermos sobreviver às mudanças climáticas. Eles não sugerem, entretanto, que os regimes autoritários existentes sejam mais bem sucedidos em mitigar as emissões de CO2, já que, em nome do crescimento econômico, esses governos têm adotado o sistema de mercado entusiasticamente.
“No entanto, os autores concluem que alguma forma autoritária de governo será necessária, mas alertam que ela deverá ser uma governança de experts, e não daqueles que buscam somente o poder. Existem atualmente estruturas autoritárias muito bem sucedidas – por exemplo, na medicina e nos impérios corporativos – que são capazes de implementar decisões urgentes, impossíveis sob a égide da democracia liberal.
“A sociedade será obrigada a fazer uma escolha filosófica, entre a “liberdade” e a “vida”. Porém, há uma terceira via entre a democracia e o autoritarismo, sobre a qual os autores discorrem no último capítulo. Tendo feito o leitor compreender que, para parar ou mesmo reduzir o desastroso processo de mudanças climáticas, nós precisamos escolher entre a democracia liberal e alguma forma de governo autoritário, comandado por especialistas, os autores propõem uma reforma radical da democracia, a qual nos imporia a dolorosa escolha de restringir a disseminada dependência do crescimento econômico, bem como várias reformas fiscais e legais. Por mais dura que esta escolha possa ser, eles defendem a adoção destas reformas fundamentais da democracia, durante a jornada ao autoritarismo”.
Agora, alguns dos comentários de eméritos eco-ativistas sobre a obra em questão, disponíveis na mesma página acima mencionada:
“A parceria do filósofo e ecologista Joseph Wayne Smith com o emérito professor de medicina David Shearman produziu uma análise que cobre toda uma escala, desde a governança numa democracia liberal até um tratado sobre instituições bancárias. Os autores concluem que as riquezas ambientais, necessárias para sustentar a civilização, irão entrar em colapso, a menos que o ‘casamento amoroso da humanidade com o crescimento econômico’ seja desfeito.” (Virginia Deane Abernethy, Professora emérita da Escola de Medicina da Universidade de Vanderbilt)
“Este é um livro provocativo. Muitos irão discordar de suas conclusões, mas o dilema colocado é real e não pode ser ignorado.” (Dr. Katharine Betts, Professora de sociologia da Swinburne University of Technology)
“Advertências sobre uma crise ambiental iminente não são mais prerrogativa de profetas solitários. Elas agora refletem o consenso do establishment científico. Porém, quão radical é a mudança do pensamento político dominante que elas exigem de nós? Este volume faz uma poderosa defesa da visão segundo a qual é necessária uma radical crítica à própria noção de democracia, se quisermos combater seriamente a crise ambiental, além da disposição para aceitar que os governos sejam comandados por especialistas qualificados, em vez de eleições populares...” (Gorgon Graham, Professor de filosofia e artes no Princeton Theological Seminar)
“Editado no momento em que governos, corporações e consumidores estão vaidosos de suas voluntárias ações em prol da redução das emissões [CO2], este livro considera que esses esforços são insuficientes e leva a discussão para a próxima fase. Para que nos convertamos em sociedades sustentáveis, a democracia liberal precisa dar lugar a ‘alguma forma de governo autoritário a cargo de experts’, que os autores esboçam ao final. Este é um livro que muda o rumo da prosa, uma nova e audaciosa contribuição ao debate sobre as mudanças climáticas.” (Otis L. Graham, University of Califórnia (Emeritus)
É preciso dizer mais alguma coisa?
Fonte - Mídia sem Máscara
Nota DDP:
Não, não é.
E não mudei nem os destaques, são todos do autor do artigo, que certamente não escreveu para este blog, mas dado o teor veiculado, poderia tê-lo feito tranquilamente.
As medidas restritivas de liberdade estão às portas, conteste quem quiser, esta realidade se fará presente em pouco tempo. Lembro das idéias que um ativista canadense tem a este respeito disso, veiculadas neste espaço ainda esta semana em Guru ambientalista canadense: "CADEIA para os políticos que negarem o aquecimento global". "Quer você queira, quer você não queira", o decreto dominical vem aí. O bom desta história triste dos homens é que no final dela encontraremos nosso Amigo.