quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Expoentes judeus relançam diálogo após mudança na oração da Sexta-Feira Santa

ROMA, terça-feira, 26 de fevereiro de 2008 (ZENIT.org).- Representantes judeus manifestaram sua vontade de continuar com o diálogo com a Igreja Católica, muito além das interpretações suscitadas pela nova oração da Sexta-Feira Santa proposta para as comunidades que celebrem segundo o missal precedente ao Concílio Vaticano II.

As mensagens, algumas delas dirigidas diretamente à Santa Sé, acontecem depois de duras críticas contra o texto dessa oração, na qual se reza para que os filhos do povo eleito, como o restante das pessoas, possam chegar a reconhecer Jesus Cristo e sua Igreja.

A oração substitui a outra oração que se rezava pelos judeus antes do Concílio Vaticano II e que era percebida como ofensiva em algumas de suas expressões, em parte por causa da difícil história de relações entre cristãos e judeus.

Em declarações aos microfones da «Rádio Vaticano» (7 de fevereiro), o cardeal Walter Kasper, presidente da Comissão Pontifícia para as Relações Religiosas com o Judaísmo, declarou que esta oração, que só rezarão pequeníssimos grupos católicos, pois o resto da Igreja continuará com a oração que havia introduzido Paulo VI, só faz profissão da fé cristã, não busca fazer proselitismo de conversão.

«No passado, com freqüência esta linguagem era de desprezo, como disse Jules Isaac, um judeu famoso. Agora se dá um respeito na diversidade», reconheceu o cardeal.
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Fonte - Ecclesia

Nota DDP:
Entendo como absolutamente único o fato de que segmentos como judeus e muçulmanos insistam em se ofender e na sequência voltar seus posicionamentos aos interesses do Vaticano. Parece-me já não haver a menor dúvida que o poderio romano esteja a caminho de estabelecer-se em níveis vistos anteriormente na história.
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