segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Cientistas alertam para extinção de todas as espécies marinhas em até 40 anos

A vida marinha poderá sofrer extinção em massa em poucas décadas se a pesca intensiva, as mudanças climáticas, a acidificação da água, a poluição e o desenvolvimento litorâneo não forem combatidos, segundo um relatório apresentado nesta sexta-feira (23) pela ONU.

O relatório "In Dead Water" ("Em Águas Mortas"), elaborado por uma equipe de cientistas por incumbência do Programa da ONU para o Meio Ambiente (Pnuma), cujo 10ª conselho especial termina nesta sexta, em Mônaco, traça um panorama tenebroso.

"Há 65 milhões de anos [sic], quando desapareceram os dinossauros, o mar estava saturado de dióxido de carbono. Em poucas décadas, a partir de agora, a água do mar será ainda mais ácida do que naquela época".

A afirmação pessimista é de Ken Caldeira, da Universidade de Stanford, que, junto com outros cientistas e o diretor-executivo do Pnuma, Achim Steiner, apresentou o relatório à imprensa.

Steiner resumiu as ameaças que assolam os oceanos: a pesca intensiva e as más práticas pesqueiras, como o arrasto e a pesca em profundidade, as mudanças climáticas e a poluição litorânea.

Segundo o diretor-executivo do Pnuma, "seria uma irresponsabilidade culpar uma só delas, mas, em coro, farão com que em 30 ou 40 anos desapareça a indústria pesqueira e aconteça o colapso biológico dos mares".
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Fonte - G1

Nota DDP:
Este tipo de notícia em realidade já não surpreende os que têm observado a evolução dos fatos. É nítido que observamos mudanças nas características do clima. É fato também que o homem tem contribuído para degração do meio ambiente. O que não é fato, é a interrelação entre estas duas atividades, como exaustivamente tem se abordado neste espaço.

Neste sentido tem se percebido, o que também "está se tornando um fato", é o consenso em torno da participação do homem de forma importante neste contexto, embora existam vozes dissonantes no tema. Mas o terrorismo midiático tem se tornado decisivo neste particular e a iminente tomada de medidas positivas é um passo mais do que esperado, cada vez mais real.

O que me chamou atenção são os comentários de alguns leitores desta notícia no próprio site que a publicou. Transcrevo algumas:

"Parem pra pensar que daqui a 40 anos seus filhos ou netos não terão a vida fácil e bela de hoje em dia que vocês levam, e a partir dai sim, comentem a respeito. ÓTIMA matéria."

"É exatamente por você não abrir mão de ´comer seu peixinho frito´ é que as coisas estão rumando para este caminho..."

"todo mundo sabe o que esta acontecendo e ninguem faz nada... ninguem se mexe, estao esperando o fim do mundo eh ?!?!. "

"é de fato desesperador"

"Daqui 40 anos, não só a vida marinha sera extinta,mas toda a vida racional ."

"E agora??? Tem o que fazer?!?!?!"

"Agora sim complicou!!!"

De nove comentários, tirei dois. Um por não ser preciso em suas idéias, outro por xingamento. Uma coisa é muito clara, sem qualquer metodologia estatística, óbvio, está muito claro que a massa está absolutamente condicionada para a imposição de medidas restritivas de liberdade que haverão de se caracterizar em futuro cada vez mais próximo.
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