A polícia federal norte-americana desenvolve um banco de dados biométricos sem precedentes, que já conta com dezenas de milhões de fotos e impressões digitais. Foi o que anunciou neste sábado o porta-voz do FBI Richard Kolko.
Quando concluído, o projeto deverá dar ao governo norte-americano uma capacidade única para identificar suspeitos de crimes, tráfico ou terrorismo em todo o mundo, disse Kolko.
"Procuramos constantemente atualizar e melhorar o processo de recolhimento das informações", disse Kolko. Ele alegou que o sistema também vai ser feito pensando na "proteção da vida privada".
O FBI se prepara para assinar um contrato de 10 anos para ampliar seu banco de dados estocado num imenso complexo subterrâneo na Virginia Ocidental (leste dos EUA), onde já estão conservadas 55 milhões de séries de impressões digitais.
Sistema
Além dos dados atuais, os investigadores poderiam identificar os criminosos por sua íris, pela forma de seu rosto, suas eventuais cicatrizes ou até seu jeito de falar ou andar.
Segundo o jornal "Washington Post", o custo do "imenso" banco de dados do FBI é de US$ 1 bilhão. O recolhimento de impressões digitais é um procedimento de rotina nos Estados Unidos.
Todos os estrangeiros são obrigados a passar por esse processo assim que chegam ao
país. Paralelamente, as autoridades americanas já começaram a recolher impressões da íris, principalmente nas prisões do Iraque e do Afeganistão.
Biometria
A biometria --do grego: bios (vida) metron (medida)-- é um estudo estatístico das qualidades comportamentais e físicas do ser humano. O termo refere-se principalmente ao uso do corpo (impressões digitais, por exemplo) em mecanismos de identificação.
Os aparelhos biométricos funcionam por meio da captura de amostras do ser humano --íris, retina, dedo, rosto, veias da mão, voz e até odores do corpo. Essa amostra é transformada em um padrão, que poderá ser comparado para futuras identificações.
A biometria se baseia na idéia de que alguns traços físicos são exclusivos de cada ser e os transforma em padrões. A técnica foca as chamadas "mensurações unívocas".
Fonte - Folha