CAMPALA - Uganda tem 101 casos suspeitos da febre causada pelo Ebola, e centenas de pessoas estão sob observação, disseram autoridades nesta sexta-feira. A população da região está preocupada com uma possível disseminação do vírus.
A febre já matou 22 pessoas, e o ministro responsável pelo atendimento médico em Uganda, Emmanuel Otaala, disse a jornalistas que 11 funcionários do setor da saúde adoeceram.
Outras 338 pessoas estavam em observação, já que entraram em contato com pessoas infectadas com a virulenta febre hemorrágica, que frequentemente faz as vítimas sangrarem até a morte, pelos ouvidos, pelos olhos e por outros orifícios do corpo.
Todos os casos aconteceram no distrito de Bundibugyo, no oeste de Uganda, com a exceção de dois casos em Kampala -- um deles um médico, que morreu. Otaala disse que o gabinete aprovou um aumento salarial para compensar funcionários do setor de saúde que estão se arriscando ao entrar em contato com o Ebola.
O surto, que começou em agosto, causou pânico entre autoridades e o público. O sindicato dos médicos chegou a pedir aos profissionais que se recusassem a tratar os pacientes se não recebessem equipamentos de proteção adequados.
A região afetada faz fronteira com a República Democrática do Congo, onde fica o rio Ebola, que deu nome ao vírus, após as primeiras ocorrências da doença em seu vale, em 1976.
Fonte - Estadão