sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

O regime pós-Bush: um prognóstico

A fim de compreender algo acerca dos assuntos políticos americanos é preciso ter algum entendimento de quem é que realmente toma as decisões por trás do palco, e o que são os seus interesses. Deste modo podemos ter alguma esperança de identificar as agendas escondidas que estão a ser servidas pelas acções e programas do governo, e alguma esperança de identificar as estratégias a longo prazo que estão em jogo.
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Bush, que provavelmente nunca leu nem mesmo a agenda do PNAC, foi seleccionado por razões inteiramente diferentes. Sabendo que a agenda seria altamente impopular, a clique decidiu que defendê-la logicamente seria muito difícil, mesmo com o controle completo dos media. Um Presidente articulado e inteligente pareceria um idiota se tentasse defender as políticas insanas. Assim, a nossa clique imaginou com esperteza: por que não colocar alguém que é obviamente um idiota de modo a que o público acredite que está a lutar contra a idiotice de um homem, e não compreender o que realmente está a avançar. Bush, naturalmente, sendo despistado sobre todos os assuntos além do golf, saqueio, cocaína e efemização (womanizing) , precisaria sem mantido longe de qualquer papel na direcção da Casa Branca. Daí a necessidade de Cheney, o presidente real na sombra, que deixa todas as foto-oportunidades para Bush, que permanece fora das vistas do público, e que transporta a Caixa do Armagedão Negro com a todo lugar onde vai, algo que no passado apenas Presidentes oficiais o fizeram.
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Sugiro que podemos ver o foco da próxima administração dos EUA se prestarmos atenção em Al Gore. Ele anda por aí a pregar o evangelho da mudança climática, e isso está a tornar-se rapidamente a nova cause celebre da 'comunidade internacional'. Trata-se de mais do que uma campanha por Gore, estamos a assistir uma campanha apoiada pelos mass media, pelos poderes que estão por trás deles. Estamos claramente a ser preparados para um 'novo show', após o 'Bush show', e o 'novo show' vai em direcção a novos impostos e créditos sobre o carbono, novas fontes de energia, carros mais eficientes, biocombustíveis, e todas aquelas outras coisas que são alegadamente relacionadas com a mudança climática e o pico petrolífero.
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O que, então, podemos nós esperar deste novo show? Que consequências são prováveis seguir-se à aplicação das espécies de políticas que Al Gore e os media tem estado a falar, em torno de mudança climática, independência energética, etc? O que é que a nossa clique dirigente está realmente a tentar alcançar?
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Uma administração inspirada por Gore estará a promover uma expansão dos programas de biocombustíveis a uma escala global, e estará a congratular-se pelos seus nobres feitos na poupança de petróleo.

Tudo isto estará a ocorrer num contexto em que enfrentamos uma crise alimentar global. Não temos visto muitas manchetes sobre este tópico, mas o mundo está sentado à beira de uma grande crise alimentar. Stocks de emergência estão em níveis baixos, níveis de produção estão baixo, fracassos de colheitas aumentam, etc. É um quadro muito mau, mesmo sem biocombustíveis.

Neste contexto, a consequência líquida de uma grande agenda de biocombustíveis chega ao genocídio intencional.
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Esta 'inevitabilidade' de extinções (die-offs) em massa no terceiro mundo é bem conhecida daqueles que dirigem os países industriais. Da perspectiva das alturas do poder, a questão torna-se: "Como podemos nós administrar estas extinções de modo a que elas provoquem o mínimo transtorno na economia global, e dessa forma não suscitem demasiado protesto público?". Naturalmente, uma vez que se começa a administrar extinções está-se então a ocupar de genocídio, isto é, dispor que populações particulares morram de preferência a outras.
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As políticas estilo Gore não são apenas genocidas, elas são formidavelmente genocidas. Quando eles começam a retirar quantidades maciças de terra à produção alimentar, e provocar um aumento substancial nos preços globais dos alimentos, diante de um mundo já tenso devido à situação alimentar, eles poderiam provocar a muito curto prazo – uma estação de más colheitas – a fome numa escala jamais vista anteriormente. Quão sério será o resultado dependerá inteiramente de quão agressivamente a nova administração prosseguir na agenda estilo Gore. Eles conseguiram fazer do genocídio uma ciência, com parâmetros afináveis.

Aparentemente, tendo efectuado os testes de campo das tácticas do Holocausto na África Sub-Saariana, foi tomada uma decisão no sentido de avançar com o programa à escala global. Para esta finalidade, as políticas estilo Gore têm o potencial para serem as Armas de Destruição em Massa adequadas, o equivalente no jogo da fome às ogivas nucleares no jogo do matar pelo fogo. Esta decisão de avançar para o global foi evidentemente tomada tempos atrás, sem dúvida antes de ser pedido a Gore para realizar Uma verdade inconveniente (An Inconvenient Truth). O filme foi o primeiro sinal de quais os caminhos pelos quais os ventos iriam soprar, a primeira antevisão do 'novo show'.
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Nota DDP:
Certamente estes caminhos passam pela emissão de medidas restritivas de liberdades individuais, que andam em paralelo aos fatos supra analisados, com o estado policial armando-se até os dentes para controlar tudo e todos. A questão do aquecimento global é, portanto, apenas mais um instrumento de dominação operado por um grupo seleto de pessoas.
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