Domingo é sagrado para todos
Revista Fecesc Contra o Trabalho aos Domingos/1997
Domingo é sagrado. É dia de descanso. De cinema, de passeio, de praia, de futebol, de soltar pipa, de namorar, de almoço em família, de churrasco, de celebração, de pagode, de bicicleta, de pescaria, de cervejinha, de televisão. Não é dia de trabalhar. Mas querem roubar esse direito dos trabalhadores do comércio e obrigá-los a trabalhar aos domingos.
Cerca de 150 representantes de comerciários de todo o país manifestaram sua contrariedade à abertura do comércio aos domingos, dia 7 de maio de 1997, quando o assunto foi discutido em audiência pública na Câmara dos Deputados.
O próprio Papa João Paulo II dedicou uma carta apostólica exclusivamente à defesa do "valor insubstituível e sagrado do Domingo", em uma ação inédita. O documento foi publicado pelo jornal Le Monde em julho desse ano. Nele o Papa lembrou que o descanso aos domingos é a mais antiga tradição, chamada de "Dia do Senhor". O papa citou a encíclica de Leão 13, de 1891, que já citava o repouso como "um direito do trabalhador que deve ser garantido pelo Estado". Segundo João Paulo II o domingo é dia de folga desde o século 4o e é preciso que seja garantido em todas as legislações civis. Em um trecho da carta apostólica o papa citou a seguinte frase: "A ligação entre o dia do Senhor e o dia de descanso tem uma importância e um significado que ultrapassam uma perspectiva exclusivamente cristã."
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