sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Ainda sobre a crise

É hora de admitir que a ajuda aos bancos falhou

Cheques em branco, falências, nacionalização... As opções estão longe de ser convidativas, mas os governos precisam escolher entre elas para restabelecer o crédito, comprometido pela instabilidade que se abateu sobre os mercados financeiros.

O novo modelo de financiamento que está por por vir é cada vez mais claro: menor, mais bem regulamentado, mais conservador. Mas a prioridade imediata é salvar todo o combalido sistema bancário, a fim de que empresas dignas parem de ser estranguladas pela falta de crédito.

Para a Economist, é hora de admitir que a primeira rodada de ajudas aos bancos depois do estouro da crise não foi suficiente. Porém, "como uma publicação capitalista -- diz a revista -- rejeitamos uma política deliberada de nacionalização em massa".

A propriedade estatal pode fazer algum sentido em casos isolados, como uma estratégia voltada para instituições financeiras específicas. A nacionalização pode ser o menor dos males, mas só se for realizada a preços de mercado. Caso contrário, ela mina os direitos de propriedade e aumenta o custo de longo prazo do capital.

Fonte - Opinião e Notícia

Tempos de dificuldades e protestos na França

À medida que as economias europeias afundam, aumentam os temores de haver manifestações sociais na França. Em novembro do ano passado, o número de desempregados no país chegou a 2,1 milhões -- um aumento de 8,5% em comparação com o mesmo período de 2007.

Em outros países da União Europeia, como Espanha e Irlanda, o aumento do desemprego é ainda mais significativo, à medida que as economias da Europa caminham para o que a Comissão Europeia acredita que possa ser seu pior ano desde a década de 1970. A taxa de desemprego na França, que atualmente é de 7,9%, pode chegar a 10% até 2010. O desemprego está crescendo mais rápido entre os cidadãos com menos de 25 anos de idade.

O que mais preocupa o governo francês é o setor automobilístico, que emprega diretamente 700 mil pessoas no país, e 2,5 milhões indiretamente. O receio em toda a Europa de que o aumento do desemprego possa provocar manifestações sociais é particularmente acirrado na França, onde até mesmo em bons tempos os manifestantes vão para as ruas.

Nas últimas semanas houve várias manifestações pelo país, com sindicatos forçando a paralisação de transportes públicos em Marseille, e estudantes e professores saindo às ruas na Normandia.

Fonte - Opinião e Notícia

Grã-Bretanha entra em recessão pela primeira vez desde 1991

O Escritório Nacional de Estatística da Grã-Bretanha informou nesta sexta-feira (23) que a economia do país encolheu em 1,5% no quarto trimestre de 2008. Com o segundo recuo trimestral consecutivo no Produto Interno Bruto (PIB) - que de julho a setembro havia ficado 0,6% menor - a Grã-Bretanha entrou em recessão.

É a primeira vez desde 1991 que a economia do país entra em recessão. A taxa de -1,5% representa a maior queda frente a um trimestre anterior desde 1980.

A economia britânica vive um de seus piores momentos das últimas décadas. Em novembro, a taxa de desemprego atingiu 6,1%, o maior nível desde 1999, segundo os critérios da Organização Mundial do Trabalho (OIT). Segundo as estatísticas, o número total de desempregados é de 1,92 milhão.

Fonte - G1
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