ROMA (Reuters) - Ingrid Betancourt, a franco-colombiana feita refém por guerrilheiros libertada recentemente, abraçou o papa Bento 16 na segunda-feira e narrou-lhe como havia ficado emocionada ao ouvir o apelo do pontífice pela libertação dela, em uma transmissão de rádio feita durante os sete anos que ficou presa em acampamentos na mata.
Betancourt, resgatada pelos militares colombianos em julho das mãos das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), ficou com os olhos rasos d'água ao descrever seu encontro a portas fechadas com Bento 16.
"A audiência com o papa foi um sonho para mim, encontrar um ser de luz, de humanidade e de alto grau de compreensão humana", disse em uma entrevista coletiva a ex-refém, ao descrever a conversa tida com o líder da Igreja Católica.
"Eu não segui o protocolo porque, assim que entrei ali, eu abracei o papa. E talvez o correto fosse não abraçar o papa", afirmou Betancourt a respeito de seu encontro, na residência de verão do pontífice, localizada ao sul de Roma.
A ex-refém, 46, capturada por guerrilheiros quando fazia campanha para a Presidência colombiana, disse que Bento 16 havia se transformado em uma fonte de esperança quando, depois de um dia típico de marcha forçada pela floresta, ela o ouviu no rádio.
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A ex-candidata contou ao papa como havia orado pedindo um milagre, pedindo a Deus não que a libertasse, mas que lhe enviasse um sinal sobre quando ela seria libertada, algo que sentia ser essencial para salvá-la do desespero completo.
Pouco depois disso, um dos responsáveis pelo cativeiro afirmou que alguns reféns poderiam ser libertados para um grupo visitante de uma "comissão internacional". Betancourt foi um dos reféns libertados em uma operação realizada, de fato, pelas forças de segurança colombianas.
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Fonte - O Globo
Nota DDP:
Um "ser de luz", que virou uma "fonte de esperança", utilizado como "um sinal milagroso", que se tornou em uma rápida libertação...