Bento XVI encontra-se com intelectuais no 1º dia de viagem à França. No sábado, ele celebra o 150º aniversário das aparições em Lourdes.
O Papa Bento XVI advertiu que a atual geração deve enfrentar "os extremos da arbitrariedade subjetiva e do fanatismo fundamentalista", em um encontro com 700 intelectuais e acadêmicos, no primeiro dia da visita a França.
"Seria fatal se a cultura européia de hoje entendesse a liberdade apenas como a falta total de vínculos e com isto favorecesse inevitavelmente o fanatismo e a arbitrariedade", afirmou o Papa em um discurso pronunciado em francês em um colégio no centro de Paris.
"No cristianismo existe um vínculo superior ao da letra dos textos sagrados", que definiu como o "vínculo do entendimento e do amor".
Bento XVI afirmou que esta maneira de interpretar os textos sagrados do cristianismo "exclui tudo o que hoje se chama fundamentalismo", em um discurso no qual explicou a relação da fé e da razão do catolicismo e suas raízes no monarquismo medieval.
"O cristianismo não é apenas uma religião do Livro no sentido clássico", manifestou, recordando uma frase de São Paulo: "a letra mata e o Espírito dá vida".
Apresentada como uma reunião com o mundo da cultura, o encontro teve a presença de dois ex-presidentes, Valerie Giscard d'Estang e Jacques Chirac, o prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, e líderes muçulmanos, como Dalil Bubaker, reitor da grande mesquita de Paris.
Também participaram os escritores Daniel Pennac, François Cheng e Jonathan Littel, o filósofo Régis Debray, o chef Alain Passart, assim como os historiadores Emmanuel Le Roy Ladurie e Max Gallo.
Diante deles, o Sumo Pontífice alertou para os riscos de uma cultura "meramente positivista" que reduza a religião a um tema de crenças pessoais.
"Uma cultura meramente positivista que circunscrevesse ao campo subjetivo, como não científica, a pergunta sobre (a existência de) Deus, seria a capitulação da razão", argumentou.
"O que é a base da cultura da Europa, a busca de Deus e a disponibilidade para escutá-lo, continua sendo ainda hoje o fundamento de toda verdadeira cultura", decretou.
O Papa também insistiu na necessidade de ter o Criador "como modelo" no trabalho e na "determinação da história por parte do homem".
"Onde este modelo falta e o homem se torna a si mesmo criador deiforme, a formação do mundo pode facilmente transformar-se em sua destruição", completou.
Em seguida o Papa celebrou as vésperas em Notre-Dame.
No sábado, Bento XVI viajará a Lourdes para celebrar o 150º aniversário das 18 aparições da Virgem Maria à pastora Bernadette Soubirous, em 1858.
Fonte Portal G1
Nota: Bento XVI tem falado em todos os seus discursos, usando termos diferentes, mas sempre com o mesmo significado contra o "extremismo religioso", desta vez utilizou o termo de Paulo "a letra mata" e que quem age diferente, age contra o amor. Tudo isso é um recado para quem? Não será um recado para cada guardador do sábado que prega que este dia continua sendo o dia escolhido por Deus para adoração. Que este dia nunca perdeu o seu significado deste os tempos mais antigos. Que este dia foi o escolhido por Deus para que o homem O reconhecesse como Criador de todas as coisas.
Bento XVI está apenas preparando o caminho, para que em breve todos possam dizer que ele está certo e que o povo que deseja obedecer a Deus está errado. Por isso Paulo advertiu: "Ninguém de modo algum vos engane; porque isto não sucederá sem que venha primeiro a apostasia e seja revelado o homem do pecado, o filho da perdição, aquele que se opõe e se levanta contra tudo o que se chama Deus ou é objeto de adoração, de sorte que se assenta no santuário de Deus, apresentando-se como Deus". II Tes. 2:3-4. Vejam que Paulo nos diz que haveria um homem que se levantaria com sendo representante de Deus e se colocaria contra o próprio Deus e contra a sua adoração, não será este homem aquele que está tentando mudar o que Deus escreveu com seu próprio dedo, a sua Lei, onde ensina que o dia dedicado exclusivamente para adoração do Criador é o Sábado. Êxodo 20:8-11.
Fonte - Resta Uma Esperança