segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Responsabilidade perante Deus é decisiva para reto desempenho político

VATICANO, 05 Dez. 09 / 10:13 am (ACI).- Em suas palavras depois do concerto realizado na Capela Sixtina ao celebrar o 20º aniversário da queda do Muro do Berlim e os 60 anos de fundação da República Federal Alemã, o Papa Bento XVI ressaltou que "a história da Europa do século XX demonstra que a responsabilidade ante Deus é decisiva para o reto desempenho político".

Em seu discurso ontem pela tarde, Bento XVI rememorou duas datas chave para a Alemanha: em 23 de maio de 1949, quando se fundou a República Federal da Alemanha; e o 9 de novembro de 1989, quando caiu o Muro do Berlim; "que por tantos anos dividiu o país separando à força homens, famílias, vizinhos e amigos".

Na nota dada a conhecer pela Rádio Vaticano, o Pontífice assinala que muitos advertiram que os sucessos de 9 de novembro de 1989 eram os começos inesperados da liberdade, logo depois de uma longa e sofrida noite de violência e opressão por parte de um sistema totalitário que, ao final, conduzia ao niilismo, ao vazio das almas.

"Na ditadura comunista –disse o Papa– não havia ação alguma que fosse considerada má em si mesmo. O que servia aos objetivos do partido era bom, por mais desumano que pudesse ser".

Depois, prosseguiu, graças à lei fundamental a Alemanha pôde passar a página.

"Tal Constituição contribuiu essencialmente ao desenvolvimento pacífico do país no transcurso de seis décadas, porque exorta os homens a darem prioridade, em responsabilidade diante de Deus Criador, à dignidade humana, a respeitar o matrimônio e a família como fundamento de toda sociedade, assim como a respeitar o que é sagrado para os outros".

Então, ressaltou o Papa Bento, "é necessário agradecer a Deus porque o desenvolvimento da Alemanha não é apenas mérito do homem, mas que foi possível graças a homens que atuaram perante Deus".

O Santo Padre assinalou que isto se explica pelo fato de que "Deus reúne os homens em uma verdadeira comunhão. E todos os homens, na comunhão com Jesus Cristo, podem ser mediadores para Deus, capazes de suscitar um novo modo de pensar e de gerar novas energias ao serviço de um humanismo integral".

O concerto foi apresentado pelo Coro das vozes brancas da Catedral de Augusta e da Orquestra de Câmara da Residência de Mônaco da Baviera, dirigidas por Reinhard Kammler, quem interpretou o Oratório de Natal BWV 248 de Johannes Sebastian Bach. Entre os presentes se encontrava o Presidente federal alemão Horst Köhler, quem ofereceu o concerto ao Papa Bento XVI.

Fonte - ACI Digital

Nota DDP: Interessante ler em conexão com as afirmações supra, sobre a importância da lei fundamental alemã, o post "Tribunal constitucional alemão da razão à igreja e proibe abertura do comércio aos domingos". Penso que isso dá sentido ampliado às palavras de elogio proferidas, já que a constituição alemã defende do domingo como dia de descanso. Veja ainda "Levar a moral ao público". Destaque:

A visita de Bento XVI aos Estados Unidos pode ser outro excelente exemplo de apelo à consciência. Depois de um ano de sua visita, de acordo com nossa pesquisa, cerca de 1 a cada 2 americanos queriam escutar o que ele tinha a dizer sobre aborto.

Junte isso às suas declarações do ano passado nos Estados Unidos e à herança norte-americana dos direitos concedidos pelo Criador, e adicione o forte desejo de possuir uma guia moral adequada e, de repente, vemos que os americanos querem uma sólida liderança moral.



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