Não há muita novidade na diretiva filosófica, uma vez que já se havia veiculado inclusive neste espaço algumas considerações do Prof. Sikberto Marks no post "Políticos aderem ao diálogo inter-religioso", sobre as movimentações políticas atuais que se distribuem de forma a utilizarem a religião como instrumento de implementação de suas ideologias. E até aí nenhuma também novidade, sempre foi assim na história.
Voltaram-me à mente, no entanto, as palavras de Rick Warren na cerimônia de posse do novo presidente americano que, confesso, tinham me causado um certo desconforto e as seguintes perguntas: "Como foi incentivado por tanto tempo no meio cristão a leitura do livro Uma vida com propósitos e o autor deste livro se posicionar ao lado de uma nova administração que é contrária aos mais comezinhos princípios cristãos? As palavras que ele proferiu na posse se caracterizam como suas novas convicções ou, simplesmente decorrem daquilo que ele sempre pregou como válido aos cristãos acreditarem?"
Sim, porque a idéia de laicismo do Presidente Obama, ou seu posicionamento em questões como aborto e orientação sexual, e.g., não deixam muito espaço para a presença de um ministro de Cristo no mesmo púlpito, considerando-se que, ainda que indiretamente, assim procedendo estaria a subscrever as convicções deste agente político.
Aos versados no idioma inglês, sugiro assistirem os primeiros minutos dos comentários de um Pastor Batista, de nome Mike Haggard, sobre este evento e, principalmente, sobre este estranho abraço entre religião e política que temos verificado em posicionamentos como o de Tony Blair na teoria, ou o de Obama/Warren na prática:
Se entender o posicionamento de Blair no contexto escatológico pintado na Bíblia é de suma importância, penso ser imprescindível a leitura de um texto de nome "A Igreja de Saddleback e a IASD" que nos trás interessantes reflexões sobre como este quadro abstraído da influência do Pr. Warren afeta o mundo cristão e até mesmo a nós como Adventistas do Sétimo Dia.
A "nova era do cristianismo" chegou. Ela tem um objetivo muito definido, levar os homens a dobrarem-se diante de um falso cristo, fazendo com que aquEle que é O caminho, A verdade e A vida, seja substituído por outro mais user-friendly, como diria o Prof. Azenilto G. Brito. Como assinala o texto publicado pelo irmão Levi Tavares em seu site, esta nova corrente filosófica no meio cristão tem como uma de suas diretrizes finais diluir a mensagem do arrependimento e da obediência que se segue à aceitação de Cristo. Assim as igrejas se tornam mais atrativas, mais ao gosto do freguês (sem trocadilho), trazendo o homem do mundo E com mundo.
Muito de salvador, nada de senhor.
Como sustenta um amigo, satanás nunca esteve tão interessado em que o mundo inteiro se tornasse cristão como agora, quando ele parece estar às portas de aparecer como este falso cristo, afinal, quem ele poderia enganar se não pudesse colocar os homens a lhe esperar?
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