Atualmente, dois temas paralelos (preservação da natureza e aquecimento global) têm sido tratados pela mídia mundial como sendo no seu todo convergentes, confundindo assim a opinião pública. Embora a preservação do meio ambiente seja algo legítimo em que os cristãos devam se envolver, não significa isso que a “verdade” sobre o aquecimento global seja também algo “acima de qualquer suspeita”. Muito pelo contrário, a mídia mundial tem sido parcial na apresentação dos fatos sobre o aquecimento global, forjando na sociedade a idéia de unanimidade científica nesse tema, o que, no mínimo, revela a presença de interesses escusos nos bastidores, já que, na prática, a teoria não pode ser comprovada.
A dissonância nesse assunto é muito maior do que se imagina, conforme podemos ver por meio do documentário produzido pelo canal de TV britânico “Channel 4” – “The Great Global Warming Swindle” (A Grande Fraude do Aquecimento Global). Nele o professor Tim Ball, do Departamento de Climatologia da Universidade de Winnipeg, afirma: "Quando as pessoas dizem que não creio em aquecimento global eu digo que creio em aquecimento global, mas não que o CO2 de origem humana está causando esse aquecimento global." Já o professor John Christy, principal autor do relatório do IPCC, também afirma: "Muitas vezes ouço dizer que já há um consenso de milhares de cientistas na questão do aquecimento global e que os seres humanos estão causando mudanças catastróficas no sistema climático. Sou um cientista entre muitos que pensa que isso simplesmente não é verdade."
Ainda sobre o IPCC, o professor Philip Stott, do Departamento de Biogeografia da Universidade de Londres, conclui: "O IPCC, como qualquer corporação humana, é político e suas conclusões finais são motivadas politicamente." Compartilhando dessa opinião, Patrick Moore, co-fundador do Greenpeace, sustenta: "Isso não devia se chamar mais movimento ambientalista porque é realmente um movimento de ativismo político e se tornaram enormemente influentes em nível global." Ainda na parte 1 desse documentário, Nigel Calder, ex-redator da New Scientist, faz uma afirmação categórica: "A questão toda tornou-se semelhante a uma religião. E as pessoas que discordam são chamadas de 'heréticas'. Eu sou um 'herético' e os produtores deste programa são todos 'heréticos'." (Colaboração na tradução: Prof. Azenilto Brito.)
Como já era de se esperar, a Igreja Católica “pegou carona” nessa onda politicamente correta do aquecimento global, e promoveu em Roma, entre os dias 26 e 27 de abril, um seminário sobre “Mudanças climáticas e desenvolvimento”. O papa Bento XVI enviou uma mensagem aos 80 especialistas (cientistas e religiosos) de 20 países dos cinco continentes presentes no seminário, onde defendeu o equilíbrio entre a defesa do meio ambiente e o desenvolvimento das nações recordando a lição “sumamente pertinente e instrutiva dos primeiros capítulos da Bíblia”. (Quando será que a ICAR voltou a acreditar nos primeiros capítulos do Gênesis? Alguém tem essa informação?) Conforme destacou o leitor Marcello Flores: “É nítida a chamada para a criação, inclusive ao citar-se os primeiros capítulos da Bíblia. Quanto demorará para se invocar o memorial da criação? Daí para a imposição do falso sábado é um pulo.”
Certamente, essa “crise” ambiental já se tornou mais um motivo para a “união religiosa” (Ecumenismo + ECOmenismo). E a tentativa de transformar algo que em si mesmo é dissonante em uma perfeita harmonia tende a continuar com o apoio da mídia. (Note que o título da matéria e a primeira linha dela tentam fundir duas idéias na realidade não convergentes: “meio ambiente” e “aquecimento global”.)
Aparentemente, o seminário patrocinado pelo Vaticano contribuiu para diminuir a ênfase “apocalíptica” do aquecimento global que a própria Igreja Católica ameaçava adotar. No entanto, ao fim do seminário, não ficou muito claro se as conclusões divulgadas refletem o pensamento da Santa Sé ou se são apenas conclusões do cardeal Renato Martino. Resta-nos esperar para ver até quando a ICAR vai sustentar sua “visão realista”, opondo-se a “improváveis previsões catastróficas” (o que seria o correto). De um jeito ou de outro, mais cedo ou mais tarde, poderá “surgir” a idéia do descanso dominical como forma de prevenir ou combater o aquecimento global. É só esperar...
“Porque, ainda dentro de pouco tempo, aquele que vem virá e não tardará” (Hebreus 10:37).
Fonte - Blog Minuto Profético