sexta-feira, 4 de maio de 2007

A profecia na mídia secular

A despeito da tendenciosidade característica dos textos anti-religiosos da revista Superinteressante, é de se notar e destacar dois trechos de recente matéria veiculada pela mesma acerca da história da igreja católica:

Trapaça na Idade Média


Na penumbra da sala, um homem escreve sua obra-prima. Ele usa uma pena, tinta preta e folhas de papiro ou pergaminho. Não há certeza quanto à data, algo em torno do ano 750. Um endereço provável é o Palácio de Latrão. O autor seria um certo Cristóforus, secretário do papa Estêvão 20. Certeza mesmo, só em relação à obra: é a Doação de Constantino, a fraude mais bem-sucedida da história.


Para entender o sentido do documento, temos de voltar no tempo. Ao longo do século 5, a parte ocidental do Império Romano foi invadida e devastada por tribos bárbaras. Em 476, Roma foi conquistada. Na confusão da guerra, o papado foi a única instituição organizada que sobreviveu - o papa Leão Magno entrou para o rol dos gênios da diplomacia por ter liderado o Vaticano nessa transição.


Quando o rebuliço acabou, a Igreja era dona do mais poderoso dos monopólios: o conhecimento. Religiosos cristãos eram os únicos europeus letrados no início da Idade Média. Fornecendo conselheiros e legisladores para os reinos nascentes, a Igreja ganhou influência sobre os soberanos bárbaros, que começaram a se converter em 508 - o primeiro foi Clóvis, rei dos francos, que mandou batizar seus exércitos com tonéis de água benta.

...

Medo da modernidade


Mas a Igreja ainda tinha dias piores "pela frente". No século 18, a Europa viu o florescimento do Iluminismo, movimento filosófico que colocava a razão e a ciência no centro do mundo e questionava o valor absoluto da fé e das tradições. Pensadores iluministas, como o francês Voltaire, defendiam que todos os homens nascem iguais e têm o direito de escolher a própria religião. Esse novo jeito de pensar passou dos intelectuais para as massas: em 1789, a Revolução Francesa guilhotinou privilégios (e padres) e desapropriou terras da monarquia e da Igreja. Firmavase o divórcio litigioso entre religião e Estado no Ocidente. De patrono das artes, o papado virou inimigo do progresso, entrando numa fase de pânico apocalíptico em relação a tudo o que cheirasse a modernidade - condenava até ferrovias e iluminação a gás. No século 19, a moralidade rígida era de novo a norma do Vaticano. O papa, que antes acumulava funções de político e soldado, passou a ser visto pelos fiéis como um santo vivo, casto e distante.


Fonte - Revista Superinteressante


Pois bem, analisando os textos supra transcritos temos por certo que encontramos com clareza meridiana um indicativo de início e fim da supremacia papal na Europa, que a matéria norteou como tendo início por volta do ano 508 (a igreja teria antecipado-se politicamente ampliando seu círculo de influência), até por volta de 1789 (perdeu poder em decorrência da Revolução Francesa). Período de intensa perseguição aos opositores pelo poder religioso constituído, como o restante do texto deixa muito claro.


Intervalo aproximado, segundo a matéria: 1281 anos.


Fala a Bíblia sobre um período análogo de intensa perseguição? Vejamos:

Daniel 7:25 Proferirá palavras contra o Altíssimo, magoará os santos do Altíssimo e cuidará em mudar os tempos e a lei; e os santos lhe serão entregues nas mãos, por um tempo, dois tempos e metade de um tempo.

Um tempo = 1 ano
Um tempo + Dois Tempos + ½ Um tempo = 3 ½ Tempos = 3,5 anos
Um ano = 360 dias x 3,5 = 1260 dias


Apocalipse 13:5 Foi-lhe dada uma boca que proferia arrogâncias e blasfêmias e autoridade para agir quarenta e dois meses;

42 Meses x 30 dias = 1260 dias


Apocalipse 12:6 A mulher, porém, fugiu para o deserto, onde lhe havia Deus preparado lugar para que nele a sustentem durante mil duzentos e sessenta dias.

Princípio dia/ano:

Números 14:34 Segundo o número dos dias em que espiastes a terra, quarenta dias, cada dia representando um ano, levareis sobre vós as vossas iniqüidades quarenta anos e tereis experiência do meu desagrado.

Ezequiel 4:7 Quarenta dias te dei, cada dia por um ano. Voltarás, pois, o rosto para o cerco de Jerusalém, com o teu braço descoberto, e profetizarás contra ela.


Diante do quanto exposto e a despeito inclusive da imprecisão das datas lançadas na matéria em comento, que obviamente não se preocupou em melhor fixar ou aproximar os possíveis marcos de início e final da supremacia papal naquele período, temos por certo que, por mais uma vez, a mídia secular trata de chancelar, ainda que involuntariamente, o texto bíblico.

Podemos ser mais precisos acerca deste período de dominação? Vejamos:

“Em 1798, o General Berthier entrou em Roma, aboliu o governo papal e estabeleceu um governo secular.” Enciclopédia Britânica, edição de 1941

Estabelecido o final da profecia como 1798 e voltando 1.260 anos, chegamos a 538 d.C. Para o pontificado concretizar essa marca identificadora, um evento importante deve ter ocorrido em 538 d.C. a fim de marcar o início do período de 1.260 anos.

Evidências históricas revelam que, em 533 d.C., o imperador romano Justiniano reconheceu a supremacia eclesiástica do papa como "líder" de todas as igrejas dos territórios ocidentais e orientais do Império Romano. Porém, só em 538 d.C., quando o pontificado realmente ficou livre de seu último oponente ariano, os ostrogodos (que naquela época governavam a Itália) o papa surgiu como a figura principal do Ocidente. Portanto, em 538 d.C., o palco estava armado para a gradual, mas contínua ascensão do pontificado.

“Virgílio... ascendeu ao trono papal (538 d.C.) sob a proteção militar de Belisário.” History of the Christian Church, Vol. 3, p. 327

Fonte - World´s Last Chance

"Os períodos aqui mencionados - "quarenta e dois meses" e "mil, duzentos e sessenta dias" - são o mesmo, representando igualmente o tempo em que a igreja de Cristo deveria sofrer opressão de Roma. Os 1.260 anos da supremacia papal começaram em 538 de nossa era e terminariam, portanto, em 1798. Nessa ocasião um exército francês entrou em Roma e tomou prisioneiro o papa, que morreu no exílio. Posto que logo depois fosse eleito novo papa, a hierarquia papal nunca pôde desde então exercer o poder que antes possuíra." (O Grande Conflito - Ellen G. White - Pág. 266)

João 13:19
Desde já vos digo, antes que aconteça, para que, quando acontecer, creiais que EU SOU.
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