segunda-feira, 14 de maio de 2007

“Vantagens” da futura Lei Dominical

Alguns teólogos e eruditos falam que a Europa está numa era “pós-cristã”, como se o cristianismo ali já tivesse morrido. E esses líderes cristãos preocupados que pensam e se preocupam com tal problema estão propondo soluções. Eu poderia ler centenas de artigos e dissertações, como exemplo, da revista Sunday, publicada regularmente para tratar exatamente desse problema, e noto que há várias propostas freqüentemente feitas. Três delas se destacaram em minha mente. Uma é a proposta legislativa. A segunda pode ser chamada, a proposta educacional, a terceira pode se chamar, a proposta teológica para ajudar a resolver o problema da profanação do Dia do Senhor.

Muitos hoje crêem que o de que precisamos é uma legislação nacional que poria fora da lei todas as atividades que não sejam compatíveis com o espírito do domingo. É argumentado que essa legislação nacional poderia alcançar dois objetivos principais:

1) Preservaria o equilíbrio ecológico de nosso meio-ambiente.

2) Incentivaria ou promoveria a freqüência à igreja aos domingos.

Permitam-me perguntar-lhes: o que pensam a respeito disso? Pensam realmente que uma legislação nacional seria a melhor solução para a prevalecente não-observância, indiferença e negligência do dia do Senhor? O que acham disso?

Eu pessoalmente não creio que em nossa sociedade materialista e pluralista possamos tornar as pessoas religiosas por meio de legislação coerciva. Isso se comprova na Europa, na Itália, Inglaterra, Alemanha onde há leis dominicais que proíbem todo tipo de atividade comercial e industrial. Na Itália, por exemplo, você não pode comprar gasolina aos domingos. Pode haver um posto de gasolina aberto para cada dez.

Assim, tem-se que encher o tanque no sábado se estiver viajando por lá, de outro modo estará sem combustível no domingo. Significa isso que as pessoas são mais religiosas? Não! Só 3 por cento das pessoas vão à igreja aos domingos; 97% vão à igreja só três vezes na vida: quando são batizadas, quando se casam e quando são sepultadas, e neste último caso nem vão por si — são carregadas! ... Assim, isso mostra que a legislação não é a solução para a prevalecente profanação do Dia do Senhor.

E muitos líderes religiosos reconhecem isso, assim estão propondo um programa para educar, iluminar nossa comunidade quanto aos vários benefícios sociais, econômicos, ecológicos, fisiológicos que podem derivar de quando pessoas e máquinas param por um dia no domingo. De fato, um recente artigo da revista Sunday diz que se todas as lojas fechassem aos domingos isso se traduziria em economia: economia em mão de obra, economia em energia, economia que poderia ser transferida para o consumidor em termos de 15% de redução na caixa registradora.

Isso parece bastante atraente, não é mesmo? Outra vez, porém, um programa educacional como esse poderia ter sucesso? Bem, eles estão tratando duro disso. Há pouco recebi, por exemplo, alguns posters que têm sido colocados em algumas partes do país, como este que foi colocado em importantes lojas e que diz: “A abertura aos domingos vai custar-lhe todo dinheiro extra no preço final de suas compras.” Eis aqui outro que diz: “Não se engane. Se esta loja está aberta aos domingos você vai pagar maiores preços sete dias por semana."

Uma vez, permitam-me perguntar: Pode uma campanha educacional como essa realmente ter êxito em educar e convencer as pessoas a se tornarem religiosas no domingo, a assistirem a igreja de sua escolha? O que pensam?

Temo que educação uma vez mais não seja a solução porque a experiência nos ensina que as pessoas não mudam o seu estilo de vida só por causa de uma peça de bom conselho que lhes é dada, não é verdade? Em todo maço de cigarro nos EUA está claramente escrito, em preto e branco, que o Cirurgião Geral (N.T.: equivalente a Ministro da Saúde) determinou que o fumar é prejudicial para a saúde. Esta é uma boa peça de conselho dada por uma autoridade altamente respeitada no país. Contudo, o que vemos? Há mais de 37 milhões de pessoas nesse país somente que preferem consumir sua saúde em fumaça a interromper o hábito de fumar! O que isso demonstra? O que prova? Simplesmente prova que bom conselho, educação por si mesmo não é suficiente.

Dr. Samuele Bacchiocchi

(Trecho de um dos “Seminários do Dia do Senhor” realizados pelo autor – créditos da tradução: Azenilto Brito)

Fonte - Blog Minuto Profético
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