segunda-feira, 21 de maio de 2007

Reino Unido quer que funcionários sejam informantes

Segundo jornal, governo propõe criação de 2 agências para avaliar dados fornecidos: a primeira para os delinqüentes e a outra para as vítimas

Efe


LONDRES - O Ministério do Interior britânico quer que funcionários municipais, médicos e outros profissionais contribuam para prevenir crimes e informem às autoridades sobre pessoas suspeitas que poderiam cometê-los, diz a imprensa local.

Um alto funcionário do governo afirmou ao jornal The Times que, caso esses planos entrem em prática, vários dados, incluindo o histórico médico ou mental de muitos indivíduos, circularão entre diferentes agências governamentais, mesmo se não houver provas definitivas do risco potencial que representam.

O documento que o jornal viu estabelece que "os organismos públicos terão acesso a valiosa informação sobre pessoas que representem o perigo e que cometam graves atos de violência ou que, ao contrário, possam se transformar em vítimas".

"Os profissionais alertarão a polícia ou qualquer outra autoridade relevante se houver motivos" para acreditar que pode ser cometido um ato desse tipo, assinala o documento filtrado.

Segundo essa fonte, as exigências do governo vão inclusive além, já que a simples forma de um indivíduo se comportar pode dar lugar a uma eventual denúncia à polícia.

Para isso, é proposta a criação de duas novas agências para avaliar os dados fornecidos pelos informantes: a primeira se encarregaria dos delinqüentes em potencial e a outra das potenciais vítimas.

Segundo Simon King, que encabeça a unidade de crimes violentos do Ministério do Interior, ainda é preciso resolver alguns pontos dessa nova medida, como o que deve ser entendido por delito violento e quais as circunstâncias para o início de uma investigação.

Além disso, falta elaborar a legislação que obrigaria os funcionários a alertar à polícia sobre pessoas que ainda não cometeram um crime, mas que têm um determinado "perfil de risco".

Grupo de defesas

Os grupos de defesa dos direitos civis como o "Liberty" se perguntam até que ponto o Governo trabalhista está disposto a reduzir as liberdades em sua aspiração a uma "sociedade totalmente isenta de riscos".

O plano preocupa também a oposição conservadora, cujo porta-voz do Interior, David Davis, questiona se a polícia já não tem suficientes "funções administrativas para ser obrigada a examinar documentos baseados em simples conjeturas e rumores".

Segundo fontes oficiais, existem neste país mais de 4,2 milhões de câmaras de circuito fechado de televisão, o que equivale a uma para cada 14 pessoas, além de 20% das câmaras desse tipo no mundo todo.

Segundo o chamado "comissário para a informação", Richard Thomas, o Reino Unido caminha "sonâmbulo" em direção a uma "sociedade submetida a constante vigilância", já que o afã inquisitivo não se limita ao Estado, mas se estende ao mundo empresarial, que não deixa de compilar dados sobre cartões de crédito, telefones celulares, endereços de internet e outros.

Fonte - Estadão


Nota DDP:
Interessante como o mundo caminha rapidamente para uma planificação social completamente controlada pelo estado, o que viabiliza por completo o cumprimento da profecia bíblica...

Apocalipse 13:16-17
A todos, os pequenos e os grandes, os ricos e os pobres, os livres e os escravos, faz que lhes seja dada certa marca sobre a mão direita ou sobre a fronte, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tem a marca, o nome da besta ou o número do seu nome.

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