quarta-feira, 7 de março de 2007

A condição do dólar

por Lindsey Williams

Há muitíssimo para comentar este mês em relação ao dólar. Mal sei por onde começar. Sem importar por onde começo, as notícias não são boas e afectam todos nós.

Em primeiro lugar na nossa lista está a China. Eles acabam de anunciar que doravante se recusam a aceitar compras de corporações americanas no seu mercado de acções, como ocorria no passado. A China também disse que não iria continuar a comprar os nossos títulos (securities) como fizeram no passado, incluindo obrigações e T-bills. As decisões da China e os anúncios subsequentes no começo da semana puseram em pânico os mercados de todo o mundo.
Além disso, a OPEP reuniu-se recentemente e eles também declararam que irão diversificar para outras divisas ao invés de apenas dólares americanos. Agora começarão a aceitar outras divisas e a limitar o comércio de petróleo através do dólar americano.

O dia 21 de Março de 2007 será uma das datas mais significativas este mês. O Irão pôs fora da lei o dólar americano e colocará na prisão qualquer um que o utilize após aquela data. Eles têm a notoriedade fatal de serem o primeiro país do mundo a fazer tal coisa. A questão real no Irão NÃO é o nuclear, mas sim a decisão de não usar o dólar americano para o comércio e a venda de petróleo. Nos calcanhares da decisão do Irão, a Coreia do Norte fez o mesmo e pôs fora da lei a utilização do dólar americano no seu país. Finalmente, a Malásia o fez mesmo no dia seguinte.

Bancos centrais por todo o mundo estão a diversificar cada vez mais as suas reservas, incluindo o corte de haveres em dólares americanos, de acordo com um inquérito patrocinado pelo Royal Bank of Scotland Group PLC, o segundo maior banco do Reino Unido. A Itália, Rússia, Suécia e Suíça fizeram “grandes ajustamentos” nos haveres de divisas estrangeiros favorecendo o Euro e a Libra britânica, de acordo com um levantamento dirigido pela Central Banking Publications Ltd. entre Setembro e Dezembro. “Os bancos centrais são francos em dizer que têm estado a diversificar para melhorar retornos e reduzir a exposição a uma única divisa”, disse Sean Callor, estratega de divisas sénior do Westpac Banking Corp. de Singapura. Não há dúvida de que quando eles dizem 'diversificação' o significado é vender dólares.

Na semana passada um amigo meu contou-me que telefonaram ao presidente do seu banco em Vancouver, BC e ele concordou com tudo o que tenho estado a dizer acerca do dólar. O que me impressionou mais foi o seu comentário de que informou o seu banco que actualmente está a fazer preparativos para o crash do dólar americano!

Meus caros amigos, apresso-o a estruturar-se e cair fora imediatamente da liquidez em dólares. Sugiro que sai dos mercados de acções e entre nos activos duros internacionais, tais como imobiliário, ouro e outros. Estruture a sua família ajustando-se adequadamente às corporações internacionais de negócios e fundações que preservarão as suas finanças.

06/Março/2007
O original encontra-se em Global Research

Fonte - Resistir

Nota DDP:
Em 21/Fev foi publicada matéria acerca da dependência econômica externa dos EUA principalmente em relação a China e Japão, aventando-se a possibilidade de tais fontes secarem. Parece que não demorou muito para esta realidade começar a se desenhar, veja aqui.
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