No dia 23 de março, o presidente do Parlamento Europeu, Hans-Gert Pottering, convidou Bento XVI a tomar a palavra em uma sessão plenária da Eurocâmara. Pottering foi recebido em audiência privada no fim de sua visita a Roma, na qual participou de um congresso convocado pela Comissão dos Episcopados da Comunidade Européia, por ocasião do 50º aniversário dos Tratados de Roma, que instituíram a Comunidade Européia.
“O presidente aproveitou a ocasião para transmitir um convite ao Papa a pronunciar discurso durante uma sessão plenária do Parlamento Europeu”, informou o serviço de imprensa do presidente.
Segundo a agência Zenit, Pottering foi um dos promotores do reconhecimento das raízes cristãs no Tratado Constitucional Europeu.
Quase ao mesmo tempo, cientistas, professores e teólogos da França estão discutindo como contra-atacar o que consideram "os crescentes ataques religiosos contra a ciência".
O jornal O Estado de S. Paulo informou que "as críticas à evolução, antes limitadas a fundamentalistas protestantes dos Estados Unidos, preocupam a França".
"A Bíblia e o Alcorão dizem que Deus criou diretamente o mundo e tudo o que há nele. Os fundamentalistas cristãos [sic] acreditam literalmente nisso, mas o catolicismo e muitas igrejas protestantes interpretam a teoria em termos mais simbólicos. [Note a tendência de identificar os cristãos que crêem na literalidade do Gênesis com os fundamentalistas islâmicos.]
"Esse literalismo fez fundamentalistas cristãos rejeitarem a teoria da evolução elaborada no século 19 por Charles Darwin, a pedra fundamental da biologia moderna. Estudiosos acadêmicos também questionam a evolução, mas não vinham fazendo muito barulho.
"'Há uma desconfiança crescente na ciência na opinião pública, especialmente entre os jovens, e isso nos preocupa', disse Philippe Deterre, biólogo e padre católico, que organizou um colóquio sobre o criacionismo voltado para cientistas no fim de semana. 'Há muitas questões que vão além de explicações estritamente científicas ou estritamente teológicas', disse ele no colóquio, realizado em Orsay, uma cidade universitária a sudoeste de Paris. A rede Blaise Pascal, de Deterre, promove a integração entre a ciência e a religião.
"Hervé Le Guyader, professor de biologia da Universidade de Paris, afirmou que os professores precisam de mais orientação para reagir aos questionamentos cada vez maiores à teoria da evolução. 'Ela é freqüentemente ensinada de modo simplista', disse ele. 'Temos que dar a eles os argumentos filosóficos de que eles precisam para responder.' [Atente para "argumentos filosóficos"...]
"O paleontólogo Marc Godinot disse que os criacionistas e aqueles que os criticam tiram conclusões exageradas a partir de uma teoria que explica como a vida se desenvolveu, mas não como ela surgiu. Para ele, a origem da vida não é uma questão que a ciência pode responder. 'Temos que desvendar isso, mas é um trabalho para filósofos e teólogos', disse Godinot. 'A criação é um grande mistério.'" [Pena que nem todos os evolucionistas pensem assim...]
Nota: “A religião precisa da ciência para se livrar da superstição e se aproximar da realidade, para se proteger do criacionismo que, no fim das contas, é um tipo novo de paganismo. É como se Deus fosse como os dos antigos, responsável pelos fenômenos naturais.” Quando leio declarações como esta, do frei Guy Consolmagno, astrônomo-chefe do Vaticano, para quem a crença de que Deus criou o mundo literalmente em seis dias é incompatível com o cristianismo moderno, fico maravilhado com a forma como as profecias estão se cumprindo em minúcias. Ao rejeitar a Criação segundo Gênesis, tanto cientistas quanto religiosos estão preparando o caminho para a rejeição completa do sábado do quarto mandamento como memorial da Criação.
É o cumprimento do que Ellen White escreveu há mais de um século: “Uma noite escura e assombrosa está engolfando o mundo cristão. O abandono dos mandamentos de Deus é evidência dessa noite densa, escura e aparentemente impenetrável. Os sistemas que neutralizam a verdade de Deus são valorizados. Os homens estão ensinando mandamentos humanos como doutrina bíblica [o domingo, por exemplo], e suas afirmações são tomadas como verdade. O povo tem recebido teorias humanas. Assim, o evangelho é pervertido e a Escritura, mal-aplicada. Como nos dias de Cristo, a luz da verdade é desconsiderada. Teorias e suposições dos homens são mais honradas que a palavra do Senhor dos exércitos. A verdade é confrontada com o erro. A Palavra de Deus é arrancada, dividida e torcida pela mais alta crítica. Jesus é reconhecido, só para ser traído por um beijo. A apostasia existe e envolverá o mundo até o máximo. Seu caráter horroroso e sua influência maligna serão vistos nos enlouquecedores tragos do vinho maligno distribuído por Babilônia” (Bible Echo, 1º de fevereiro de 1897). Maranata!
Leia mais sobre profecias na seção Minuto Profético.
Fonte - Blog Michelson Borges