sexta-feira, 16 de março de 2007

Inverno é o 'mais quente da história' no hemisfério norte

O inverno deste ano no hemisfério norte é o mais quente desde que as temperaturas começaram a ser medidas, em 1880, informou uma agência governamental norte-americana.

A temperatura combinada da superfície da terra e dos oceanos de dezembro de 2006 até fevereiro deste ano (o inverno na região) foi 0,72 grau Celsius acima da média do século 20, segundo a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (National Oceanic and Atmospheric Administration, ou NOAA, na sigla em inglês).

Conforme a agência, o fenômeno climático El Niño, responsável pelo aquecimento de partes do Oceano Pacífico, contribuiu para o aumento das temperaturas.

"Os fatores que contribuíram (para o aumento de temperatura) foram uma tendência de longo prazo de temperaturas mais altas assim como um moderado El Niño no Pacífico", disse Jay Lawrimore, do Centro Nacional de Dados Climáticos da NOAA.

Especialistas prevêem que 2007 poderá ser o ano mais quente da história.

De acordo com a NOAA, as temperaturas continuam aumentando em torno de um quinto de grau a cada década.

Influência humana

Desde que os recordes de temperatura começaram a ser medidos, os 10 anos mais quentes da história se situam a partir de 1995.

"Nós não dizemos que este inverno seja evidência da influência (da emissão) de gases causadores do efeito estufa", afirmou Lawrimore.

No entanto, segundo ele, a pesquisa integrava o processo do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), que divulgou um relatório no mês passado no qual afirma que as mudanças climáticas são “muito provavelmente” causadas pela ação humana.

"Nós sabemos, como parte disso, que as conclusões são de que a tendência de aquecimento se deve em parte ao aumento nas emissões de gases causadores do efeito estufa", disse Lawrimore.

O IPCC concluiu que há uma probabilidade de pelo menos 90% de que o aquecimento da superfície do planeta esteja sendo provocado pelas emissões de gases causadores do efeito estufa, e não por variações naturais.

O relatório fez uma previsão de que até o fim deste século a temperatura da Terra pode subir de 1,8ºC até 4ºC, apesar de aumentos desde 1,1ºC até 6,4ºC também serem possíveis.

Fonte - BBC

É interessante constatar que, na Bíblia, uma das pragas previstas para os dias finais da humanidade seria o aquecimento do sol. Segundo Apocalipse 16:8, " o quarto anjo derramou a sua taça sobre o sol, e foi-lhe dado queimar os homens com fogo". Seriam essas notícias cumprimentos proféticos ou mera casualidade?

Fala-se muito em como será possível evitar esse transtorno climático que tem dezenas de outros desobramentos (como alterações nos mares, degelo veloz, etc), mas será que podemos esperar mudanças significativas para os próximos anos no cenário? Se nações como os Estados Unidos, um dos maiores poluentes planetários, não são ágeis para reduzir as emissões de gases poluentes. E se florestas, como a Amazônica, estão virando deserto rapidamente. Até o Pantanal, conhecido por ser uma zona de equilíbrio ecológico, já apresenta alterações como o excesso de chuvas.

Segundo a Embrapa, o volume de chuvas no Pantanal, de outubro a fevereiro, foi 34% maior do que a média histórica dos últimos 30 anos, com influência direta na cheia que prenuncia um nível acima de seis metros na régua de Ladário.

Fonte - Blog Realidade em Foco
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