As enchentes que estão atingindo a Grã-Bretanha nos últimos dias são as piores já registradas, disse o gerente responsável pela avaliação de riscos da agência do governo para questões ambientais (Environment Agency), Anthony Perry.
"Nós não vimos enchentes dessa magnitude antes e este é um caso extremo. O padrão para enchentes sempre foram as ocorridas em 1947 no rio Severn e esta supera (o padrão)", afirmou.
Dezenas de pessoas foram resgatadas por helicóptero nas áreas mais atingidas, na região central e oeste da Inglaterra. Pelo menos 350 mil casas ficaram sem água corrente e 50 mil sem energia elétrica por causa das inundações, que começaram na sexta-feira.
Equipes de emergência trabalharam durante toda a noite para tentar proteger a subestação de eletricidade de Walham, perto de Gloucester, que também foi inundada. Lá o nível da água chegou a 5 centímetros abaixo do muro externo.
Mas reparos em uma outra subestação em Gloucester, Castlemeads, também atingida pela enchente, permitiram que o fornecimento de energia elétrica fosse restaurado em mais de 48 mil casas.
O Ministro do Meio Ambiente da Grã-Bretanha, Hilary Benn, advertiu que a situação de emergência "está longe do fim e há grande possibilidade de mais inundações".
A Environment Agency advertiu que a previsão meteorológica indica instabilidade nos próximos três ou quatro dias, e até uma precipitação moderada pode fazer com que o nível dos rios aumente de novo.
A agência emitiu sete alertas de enchentes, inclusive para três trechos do rio Severn, dois no Tâmisa. Estes são os dois maiores rios da Grã-Bretanha.
A Associação de Seguradores Britânicos estima que a conta para cobrir os estragos provocados pelas enchentes dos meses de junho e julho no país chegue a 2 bilhões de libras (R$ 7,6 bilhões).
Fonte - BBC