Washington, 17 jul (EFE).- Os Estados Unidos sofrem com um "maior clima de ameaça" terrorista, segundo um novo relatório dos serviços secretos dos Estados Unidos que será divulgado parcialmente hoje e que detalha um total de 80 descobertas.
Segundo a rede de televisão "CNN", o relatório - que a Casa Branca divulgará hoje oficialmente - apresenta uma análise das ameaças "persistentes e em evolução" que os EUA podem enfrentar nos próximos três anos, e que vão desde Al Qaeda até o grupo radical islâmico libanês Hisbolá.
O documento desclassificado, conhecido como "Relatório Nacional de Inteligência" e compilado pelos 16 órgãos de espionagem americanos, considera a Al Qaeda a ameaça mais perigosa, e adverte que está rede poderia querer usar seus contatos no Iraque para cometer atentados em território americano.
Em particular, destaca o texto, esta rede terrorista "provavelmente buscará usar os contatos e capacidades da Al Qaeda no Iraque, seu filiado mais visível e poderoso, e o único que se sabe que expressou o desejo de atacar nossa pátria".
A relação com este filiado também permitiu à Al Qaeda conseguir mais simpatias, fundos e militantes entre os sunitas, dizem os órgãos de espionagem no relatório.
Esta organização conseguiu recuperar parte da capacidade perdida após os atentados de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, e conta agora com um refúgio nas áreas tribais do oeste do Paquistão, segundo o relatório.
Além disso, a Al Qaeda continua sua busca por armas de destruição em massa e "não duvidaria em usá-las" caso chegasse a obtê-las.
Entre os aspectos positivos que destacam, estas entidades consideram que as medidas de segurança adotadas desde os atentados de 11 de setembro de 2001 nos EUA prejudicaram a capacidade da Al Qaeda de atacar o país, e persuadiram os grupos terroristas de que um atentado contra os Estados Unidos atualmente é muito mais difícil do que antes.
No entanto, a cooperação internacional que permitiu este clima "pode se desvanecer à medida em que o 11-9 fica para trás e se tornam mais distantes as percepções de uma ameaça".
Fonte - UOL