quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

Tecnologia transformará nossas vidas em 'Big Brother'


Harrison Brown, 18, um calouro de matemática no MIT, não precisou de cálculos complexos para saber que gostava do negócio: um smartphone em troca da permissão de ter cada movimento rastreado por pesquisadores.

Agora, quando ele liga para um colega, os pesquisadores sabem. Quando ele manda um e-mail ou uma mensagem de texto, eles também sabem. Quando escuta música, eles sabem qual. Sempre que carregar seu smartphone com Windows Mobile, eles saberão onde ele está e com quem.

Brown e cerca de 100 outros estudantes vivendo no dormitório Random Hall do MIT concordaram em trocar sua privacidade por smartphones que geram rastros digitais transmitidos a um computador central. Além das ações individuais, os aparelhos capturam uma imagem móvel da rede social do dormitório.

Os dados dos estudantes são apenas uma gota no grande oceano de informação digital sendo gravada por uma variedade de sensores, telefones, aparelhos de GPS ou crachás de escritório, que capturam nossos movimentos e interações. Associados a informações conseguidas de outras fontes, como navegação pela Internet e cartões de crédito, os dados são a base para um novo campo, chamado inteligência coletiva.

Impulsionada pelas novas tecnologias e pela sólida incursão da Internet em cada espaço da vida cotidiana, a inteligência coletiva oferece recursos poderosos, que podem tanto melhorar a eficiência de anúncios quanto possibilitar novas formas de organização de grupos comunitários.

Mas mesmo seus defensores reconhecem que, se mal utilizados, os recursos da inteligência coletiva podem criar um futuro orwelliano em proporções que o Grande Irmão nem sonharia.
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Fonte - Terra
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