Numa altura em que se discute a responsabilidade dos administradores bancários sobre a crise internacional, fica a reflexão do Papa, que esta manhã lembrou o compromisso de todos com o próximo.
Na oração do Angelus, Bento XVI salientou que quando “pomos em prática o amor ao próximo, segundo a mensagem evangélica, damos espaço ao senhorio de Deus e Seu reino realiza-se no meio de nós. Se pelo contrário se cada um só pensa nos seus interesses, o mundo está condenado à ruína”.
“O reino de Deus não é uma questão de honras ou aparências, o Senhor quer o nosso bem, ou seja, que cada um tenha a vida e que especialmente os seus filhos mais pequenos possam participar no banquete que preparou para todos”.
“Por isso” – concluiu o Santo Padre – “não sabe o que fazer daqueles hipócritas que dizem "Senhor, Senhor" e depois descuidam os seus mandamentos”.
Fonte - Renascença [Pesquisa - Resta uma Esperança]
Uma nova moral econômica
Para a Santa Sé, a solução da crise passa por um pacto internacional em matéria financeira e fiscal, de forma que se recupere a «confiança» e a «transparência».
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Por isso, aponta, «é necessário chegar ao ser moral mais profundo das pessoas, é necessária uma educação no exercício da responsabilidade para com o bem de todos, por parte de todos os sujeitos, em todos os níveis: operadores financeiros, famílias, empresas, instituições financeiras, autoridades públicas, sociedade civil».
Esta educação na responsabilidade «pode encontrar um fundamento sólido em alguns princípios indicados pela doutrina social, que são patrimônio de todos e base de toda a vida social: o bem comum universal, o destino universal dos bens, a prioridade do trabalho sobre o capital».
A respeito disso, a Igreja crê também que é necessário repensar o próprio trabalho dos operadores financeiros, submetidos à «absoluta prioridade do capital» sobre as pessoas, com «horas de trabalho longuíssimas e estressantes, e horizonte temporal curtíssimo de referência para as decisões».
Fonte - Zenit
Nota DDP: É exatamente o que está sendo proposto pela COMECE para discussão junto ao parlamento europeu em 15 de Dezembro, onde o assunto já faz parte da pauta, como visto em "A União Européia deve guardar o domingo, diz a Igreja Católica". Aguardemos o desenrolar dos fatos.