Desde que a crise financeira global foi deflagrada crescem as apostas sobre quanto tempo vai durar e como ficarão os mercados depois de passada a tormenta. Conversando com um dos principais editores de publicações para o mercado financeiro, que está acompanhando muito de perto as reações de investidores e profissionais de Relações com Investidores (RI), fica a impressão de que a crise é mais profunda do que aparenta. No entanto, o olhar dele é direto no “olho do furacão”, no centro nervoso das perdas financeiras.
Por outro lado tenho conversado com empresários e executivos que atuam na produção e na prestação de serviços, longe do setor financeiro, e a percepção é outra. Há claramente o receio em relação ao aperto no crédito, mas não existe a sensação de “fim de mundo” que assolou o mercado financeiro. Em todas as falas, no entanto, há claramente a consciência de que “nada será como antes”. O Estado, esta entidade que “deveria ser mínima” conforme pregavam os liberais e neoliberais de ontem, agora “deve ter poder regulatório”, dizem aqueles que saltaram nos botes salva-vidas lançados pelos governos ao redor do mundo.
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O mundo não será como antes, mas principalmente o Estado não vai mais soltar as rédeas da economia como antes.
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Fonte - Envolverde
Nota DDP: Não só da economia.