terça-feira, 11 de novembro de 2008

Religião: Em busca de uma cultura de paz


Nova York, 10/11/2008 – Mais de uma dezena de líderes políticos se reunirão na Organização das Nações Unidas para impulsionar uma “cultura de paz”, insistindo em combater os equívocos em torno das religiões, especialmente o islã, e contra o crescimento do racismo, da xenofobia e da intolerância no mundo. A grande maioria dos chefes de Estado e de governo que participarão do encontro, marcado para quarta-feira e quinta-feira (10 e 11/11), serão dirigentes de países muçulmanos como Arábia Saudita, Barein, Egito, Emirados Árabes Unidos, Jordânia, Kuwait, Marrocos, Paquistão e Qatar.

O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, também fará parte do encontro de dois dias, no contexto da Assembléia Geral da ONU, de 192 membros, na que será sua segunda visita à sede das Nações Unidas este ano depois das sessões de setembro. “Será uma conferência muito importante”, assegurou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmando que a ONU é o centro dos esforços mundiais no sentido de impulsionar respeito mútuo, compreensão e diálogo. A iniciativa da reunião foi do rei Abdulá bin Abdulaziz, da Arábia Saudita, guardião de duas mesquitas sagradas.
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O presidente da Assembléia Geral da ONU, o sacerdote católico nicaragüense Miguel d’Escoto, afirmou que a questão da reunião não é a religião. Se falará sobre os valores comuns das diferentes culturas, sejam religiosos, de civilizações, éticos ou filosóficos, acrescentou. Na semana passada os países-membros das Nações Unidas divulgaram o documento “Combater a difamação das religiões”. O conceito de “difamação das religiões” não é contemplado pelo direito internacional e os esforços para combatê-la costumam terminar em restrições à liberdade de pensamento, de consciência, de religião e de expressão, segundo os Estados Unidos.

Esse país reconhece que do ponto de vista legal o conceito de “difamação das religiões” é “muito problemático porque a legislação em matéria de direitos humanos existe para proteger as pessoas, não as religiões nem as ideologias e nem as crenças. Mas, o conceito visa a expressar a idéia de que a religião pode ficar amparada pela legislação de direitos humanos, o que pode prejudicar a proteção das pessoas”.

Quanto à liberdade de expressão, os Estados Unidos afirmam que os governos não devem proibir nem castigar declarações, mesmo quando forem ofensivas o incitarem ao ódio, com base em uma confiança subjacente de que em uma sociedade livre esse tipo de idéia não prosperará por sua falta intrínseca de méritos. Os Estados Unidos também consideram que se deve fazer mais para promover a compreensão inter-religiosa, que devem ser tomadas medidas concretas para fomentar a tolerância e que os direitos das pessoas são o melhor instrumento para combater os abusos e as ideologias de ódio.

Fonte - Envolverde

Nota DDP: Comentei esta questão ontem em relação à concordata obscura em terras tupiniquins com o poder romano. Mas pode se ler mais sobre o assunto em "Bento XVI exalta a liberdade de religião" e "Papa acusa seitas de confundir católicos" (onde ele diz ser contrário ao proselitismo, dos outros claro, como pode ser visto em "Vaticano diz que fiéis têm o dever de evangelizar não-católicos").

Voltando um pouco mais no tempo, temos "Igrejas querem código de conduta por roubo de fiéis", que é onde realmente entra esta questão da ONU, ao interesse do Vaticano, lógico.

E por último, já há mais de um ano: "O "Grande Conflito" em movimento 2"

A livre pregação do Evangelho está com os dias contados.
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