sexta-feira, 28 de novembro de 2008

O futuro da crise

“Os mercados ainda estão na UTI, não é hora de desentubar o paciente.” A declaração é de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central, sobre a crise externa. “Essa é a pior crise que veremos. Os principais sistemas financeiros do mundo estão praticamente sendo estatizados, haverá outras rodadas de capitalizações. Os tempos são dificílimos.” No Brasil, os dados do BC tranqüilizam.
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No mundo, os sinais dados pelas autoridades são de preocupação crescente. Já houve crises no mundo, mas nada parecido com esta, quando a destruição de riqueza se mede em trilhões, uma cifra que parecia teórica até outro dia.

A crise está espalhando a desaceleração pelo mundo afora. Está tudo sincronizado. Este é, definitivamente, o fim da festa financeira e um processo de desalavancagem geral.
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Cada vez que há uma calmaria, alguém aposta que já se chegou ao fundo do poço. Melhor faz o presidente eleito Barack Obama, que avisa sempre que “tudo vai piorar antes de melhorar”. Ontem, o presidente do Banco da Inglaterra, Mervyn King, disse que não estão descartadas novas rodadas de estatização de bancos no Reino Unido. “Temos que fazer com que o setor bancário empreste.” (Grã-Bretanha adquire 58% do Royal Bank of Scotland)

Semana passada, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, disse que o plano dele tinha estabilizado os mercados. Ele não deveria dizer isso. Nunca. Passou o fim de semana na megaoperação de resgate ao Citigroup. O Citi era feliz e não sabia quando o ativo de risco que ele tinha em carteira era a dívida brasileira. Nós renegociamos e pagamos, naqueles terríveis anos 80.

Para o economista Dionísio Carneiro, Barack Obama tem um duro governo pela frente. Ele acha que Obama não terá apenas um ou dois anos ruins, mas que serão três ou quatro anos “limpando as conseqüências da crise” [...]
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Fonte - Miriam Leitão

[Pesquisa: Resta uma Esperança]
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