Patna, 10 nov (RV) - A Conferência dos religiosos e das religiosas indianas também deseja fazer a sua parte para a salvaguarda do planeta, encorajando os seus membros a mudarem de atitudes e promovendo programas de informação e sensibilização sobre este tema. Este é o compromisso que nasceu de um recente encontro no qual participaram 50 membros da associação, que reúne 822 superiores e superioras maiores em representação das 334 congregações religiosas e dos 125 mil consagrados da Índia.
O encontro foi organizado pelo “Tarumitra” um centro católico indiano comprometido na defesa do meio ambiente com sede em Patna, no Estado de Bihar. Na declaração final os delegados da Conferência dos religiosos e das religiosas indianas destacaram como a atual crise ecológica global diz respeito a toda a humanidade, mas os primeiros a pagar são os pobres.
“O grito da terra – lê-se no texto – é também o grito dos pobres”. Neste momento estão ameaçados os recursos vitais do planeta como a água, as florestas, a terra cada vez mais poluída, enquanto o aquecimento global provocado pela emissão de gases aumenta o número e a intensidade dos fenômenos meteorológicos extremos e a poluição causa problemas à saúde de milhões de pessoas, sobretudo em países em via de desenvolvimento.
Para salvar o planeta – é a mensagem da Conferência – todos podemos fazer algo e os religiosos e as religiosas indianas também devem dar a sua contribuição. Por isso a associação pretende incentivar os seus membros a realizarem pequenos gestos que possam ajudar: da escolha do tipo de vestido eco-compatível, ao uso, onde é possível, de meios de transporte ecológicos, da utilização de lâmpadas de baixo consumo energético, à reciclagem de sacolas de plástico e embalagens, e o uso da energia solar.
O documento propõe também várias iniciativas em vários setores para sensibilizar religiosos e fiéis: a inserção da ecologia entre as matérias de ensino nos seminários, a promoção de grupos de serviço de pastoral do ambiente e de programas eco-espirituais, campanhas de informação nos meios de comunicação, uma mais estreita colaboração com as organizações ambientalistas e com as populações aborígines, mais sensíveis a este tema. (SP)
Fonte - Radio Vaticano