Recentemente, o site da Rádio Vaticano exibiu uma matéria sobre o Fórum Cristão Mundial, realizado no Quênia (8 e 9 de novembro), onde foram "analisados temas voltados à promoção do diálogo e da cooperação em matéria de unidade cristã e de testemunho ao mundo". Segundo o Conselho Mundial de Igrejas, "nunca representantes de tradições cristãs tão diferentes haviam se reunido para um encontro mundial dessa dimensão".
A matéria ainda destacou que participaram do evento, "entre outros, expoentes das Igrejas Católica, Anglicana, Batista, Metodista e Ortodoxa, além dos Adventistas do Sétimo Dia e da Igreja Pentecostal".
Depois de solicitar à Divisão Sul-Americana da Igreja Adventista (Brasília) maiores informações sobre esse evento, recebi o seguinte comunicado da parte do Pr. Edson Rosa (secretário geral e diretor de liberdade religiosa da DSA):"O Pr. John Graz, diretor de Liberdade Religiosa da Associação Geral da IASD, esteve presente. Não se tratou de um concílio ecumênico, para unificação de igrejas, mas de um evento sobre evangelização, sobre os desafios do secularismo e de paises com problemas de liberdade religiosa.
O Pr. John Graz, tem participado de diversas reuniões como esta para tratar de temas similares como a liberdade de consciência e por conseguinte a liberdade religiosa. No e-mail que recebi, o Pr. John foi bem enfático: 'It was not a meeting for unity.' (Não era uma reunião para unidade), leia-se 'Ecumenismo'. A Igreja Adventista do Sétimo Dia não pactua com o Ecumenismo. Mas tem diálogo com todas as Igrejas Cristãs".
Cabe, então, a pergunta: Por que a Igreja Católica, quando quer contestar as doutrinas adventistas chama a IASD de "seita", mas quando quer tirar proveito para si (fins ecumênicos) do diálogo inter-religioso a classifica como "Igreja Cristã"? Será que alguém pode explicar?
Fonte - Minuto Profético