O Vaticano pediu uma acção "imediata e eficaz para combater as causas da fome no mundo". Entre outras acções, "devem acelerar-se as reformas agrárias nos países em vias de desenvolvimento".
A posição foi tomada pelo Observador do Vaticano na ONU, Arcebispo Celestino Migliore, num discurso pronunciado em Nova Iorque, a 2 de Julho passado, e difundido ontem pela sala de imprensa da Santa Sé.
“Economias míopes, políticas agrícolas e energéticas erradas são as principais causas da crise", disse o representante do Papa nas Nações Unidas.
O Arcebispo italiano também citou o aumento da especulação financeira sobre as matérias-primas e a alta incontrolável do preço do petróleo, além das adversas condições climáticas.
“Temos de trabalhar agora para assegurar que toda a discussão seja acompanhada por uma acção imediata e eficaz. Sem tudo isso, os encontros não seriam mais que um mero exercício de retórica e um modo de postergar nossas responsabilidades", alertou.
“É difícil pensar que, num mundo no qual se gasta mais de 1,3 biliões de dólares por ano em armamentos, não se disponha dos fundos necessários para cobrir as necessidades imediatas das pessoas”, lamentou D. Migliore, para quem “não há razões para não actuar”.
A médio e longo prazo, disse, “a ajuda económica de emergência inicial deve ser acompanhada de um esforço conjunto para investir num programa agrícola sustentável de âmbito local e internacional”.
Para este responsável, a actual crise representa “uma oportunidade para que a comunidade global esteja unida e assuma as próprias responsabilidades diante dos seus semelhantes”.
Fonte - Ecclesia
Nota DDP:
Variante das considerações traçadas no post anterior. De fato, a crise é uma "oportunidade" para que a comunidade global esteja "unida" e, olhando para o arco da história, percebe-se com clareza o que acontece nestes momentos de "união"...