Enquanto a linguagem dos capítulos 2,7 e 8 do livro de Daniel são simbólicas, na qual metais e animais significam Reinos, a linguagem de Daniel 11 é LITERAL. Aqui não se trata de países de forma geral, mas sim de detalhes de seus governantes e de suas intrigas políticas. O foco nesse capítulo são indivíduos. Cada sentença traz uma grande quantidade de informações, muitas metáforas e muitos pronomes aparecem de maneira implícita, o que torna difícil a interpretação.
No entanto traremos aqui, cerca de 120 anos de estudos relacionados ao tema, o que é considerável:
A Interpretação popular católica e seus erros absurdos
A interpretação católica de Daniel 11 foi feita por volta do terceiro século por pessoas que não acreditavam na revelação. Elas afirmaram que o livro de Daniel não teria sido escrito por volta de 600 AC, mas bem depois. Assim, seria um livro de história barata e não uma profecia real. Essa interpretação afirma que os versículos 21-39 se referem a Antíoco Epifânio (175-164 AC), um imperador da Síria. Em 1753 Isaac Newton, o grande cientista refutou essa interpretação mostrando dados irrefutáveis:
1- Daniel 11 começa com o domínio da Pérsia no versículo 1 e prossegue até o aparecimento do arcanjo Miguel e a respectiva ressurreição dos mortos (Dan 12:1-4).
2- O Príncipe da Aliança (Jesus) é morto no verso 22, o que se deu no 1° século. Assim como esse poderia ser o tempo de Epifânio que viveu por volta de 175 AC?
3- A abominação desoladora no verso 31. Jesus falou dela em Mateus 24:15 como estando ainda em seu futuro. Portanto o versículo 31 ainda não havia se cumprido quando Jesus viveu.
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O TEMPO DO FIM
(O tempo do fim começou em 1798, mas entre Daniel 11:39-40 existe um hiato de tempo de quase 200 anos. O verso 40 só começa a ser cumprido em 1991. )
Os versículos 40-45 do Livro de Daniel são os únicos em toda a profecia Bíblica sem uma explicação oficial. Muitos doutrinadores e teólogos os passam por cima. A interpretação coube a leigos americanos, argentinos e brasileiros. Isso ocorre pois ainda não estão cumpridos, mas tal não significa que não possam ser conhecidos, pois os estudiosos já conhecem muito bem partes do futuro (como os EUA como a segunda Besta de Apc. 13:11-17).
40 E, no fim do tempo, o rei do sul lutará com ele, e o rei do norte se levantará contra ele com carros, e com cavaleiros, e com muitos navios; e entrará nas suas terras e as inundará, e passará.
O Rei do Sul aparentemente sempre foi O Império Ptolemaico ou o Egito e no máximo o Islamismo.
O Rei do Norte já foi simbolizado claramente por 3 centros de poder ao norte: pelo Império Grego dos Seleucidas, O Império Romano e depois o Poder Papal. Foi uma transferência de poder natural e sucessiva na história. No entanto, no tempo do Fim o Rei do Norte só pode ser:
1- O Papado, numa interpretação simbólica do texto. no entanto isso fere o princípio que o capitulo é literal. Nisso, C. Mervyn Maxwell se contradiz em sua obra sobre Daniel. Esta hipótese já está fora de questão.
2- Interpretadores argentinos consideram que o rei do Norte foi substituído pelos EUA em 1776. Isso mantem a História militar de todo o capítulo e dos versículos em questão.
3- Levando em consideração que conforme foi analisado em Apocalipse 13:11-17, os EUA entregam o poder ao papado na última geração faço uma mistura legítima e poderosa das 2 visões. Assim, o Rei do Norte no geral é o Ocidente com as religiões unificadas sob a sé papal e sob o militarismo americano. (* Esta é a visão cada vez mais aceita entre os estudiosos)
2- Interpretadores argentinos consideram que o rei do Norte foi substituído pelos EUA em 1776. Isso mantem a História militar de todo o capítulo e dos versículos em questão.
3- Levando em consideração que conforme foi analisado em Apocalipse 13:11-17, os EUA entregam o poder ao papado na última geração faço uma mistura legítima e poderosa das 2 visões. Assim, o Rei do Norte no geral é o Ocidente com as religiões unificadas sob a sé papal e sob o militarismo americano. (* Esta é a visão cada vez mais aceita entre os estudiosos)
O problema é identificar o Rei do sul. Existem 2 teorias:
1- O rei do sul é o mundo mulçumano, os filhos de Ismael. Teve o apoio de Isaac Newton.
2- O Egito.
2- O Egito.
O fato é que ele provocará os EUA que entrará nas suas terras:
41 E entrará na terra gloriosa, e muitos países cairão, mas da sua mão escaparão estes: Edom e Moabe, e os chefes dos filhos de Amom.42 E estenderá a sua mão contra os países, e a terra do Egito não escapará.43 E apoderar-se-á dos tesouros de ouro e de prata e de todas as coisas preciosas do Egito; e os líbios e os etíopes o seguirão.
No clímax da guerra com o Rei do Sul, os EUA invadirão Israel (terra gloriosa) com o objetivo de defender Jerusalém; e no meio da guerra conquistará o Egito, tendo o apoio da Líbia e da Etiópia. Aqui temos um problema, se o Egito é citado, então ele não pode ser o Rei do Sul.
44 Mas os rumores do oriente e do norte o espantarão; e sairá com grande furor, para destruir e extirpar a muitos.45 E armará as tendas do seu palácio entre o mar grande e o monte santo e glorioso; mas chegará ao seu fim, e não haverá quem o socorra.
Por fim, chegamos ao auge do drama na Terra. O Rei do Norte (EUA) perde a aprovação divina e as nações do oriente (China, India, Japão) e do norte (Rússia) o ameaçam. Então seus exércitos estacionam entre Jerusalem (monte santo = templo ) e o mar mediterrâneo. Enfim chega sua destruição com a Volta de Jesus e a ressurreição dos mortos (Daniel 12:1-4).
Alguns acreditam que essa passagem se cumpre simbolicamente com as leis dominicais e o desafio da Igreja e o Estado aos santos. Essa interpretação quebra a parte literal de Daniel 11. Se colocar contra o monte santo é se colocar contra o povo de Deus. O texto não é simbolico, mas se cumprirá literalmente.
Conclusão
Como vimos a interpretação de Daniel 11 é excelente entre os versículos 1-13. Apresenta falhas nos versículos 14-30 e é muito boa nos versículos 31-39. As falhas que podem ser analisadas até o versículo 39 não comprometem o todo, é falta de um estudo histórico mais detalhado visto a complexidade de tema. No geral o capítulo tem 2 marcos fantásticos, facilmente identificáveis e que nos ajudam a nos direcionar:
1- a morte de Jesus no versículo 22.
2- a destruição do templo e a Inquisição- Reforma Protestante nos versículos 31-35.
2- a destruição do templo e a Inquisição- Reforma Protestante nos versículos 31-35.
Por fim temos os versículos 40-45 que tratam das últimas intervenções americanas no Oriente Médio antes da segunda vinda. O verso 40 começou a ser cumprido parcialmente em 1991 com a Guerra do Golfo e em 2003 com a invasão do Iraque. Ainda não existe a situação política descrita que possa cumprir os versos 41-45.
Fonte - Criacionistas
Nota DDP:
O presente post inaugura na prática a proposta constante do preâmbulo deste blog, franqueando aos irmãos que se interessarem, este espaço para veiculação de estudos pertinentes ao cumprimento das profecias bíblicas.
O estudo completo, especialmente aos que não têm maiores conhecimentos das revelações do Livro de Daniel, pode ser acessado na sequência, em A PROFECIA DAS NAÇÕES.
Por fim, gostaria de fazer minhas, as palavras do Prof. Sikberto Marks:
Orientamo-nos pelos princípios denominacionais da Igreja Adventista do Sétimo Dia e suas instituições oficiais, cremos na condução por parte de CRISTO como o comandante superior da igreja e de Seus servos aqui na Terra. Discordamos de todas as publicações, pela internet ou por outros meios, que denigrem a imagem da igreja da Bíblia e em nada contribuem para que pessoas sejam estimuladas ao caminho da salvação. Ratificamos a fé na integralidade da Bíblia como a Palavra de DEUS, e no Espírito de Profecia como um conjunto de orientações seguras à compreensão da vontade de DEUS apresentada por elas. Aceitamos também a superioridade da Bíblia como a verdade de DEUS e texto acima de todos os demais escritos sobre assuntos religiosos.