CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Bento 16 afirmou na quinta-feira ter esperanças de que os cristãos e os muçulmanos evitem a violência e a intolerância explorando seus valores religiosos comuns e respeitando suas diferenças. O líder dos 1,1 bilhão de católicos do mundo tenta reconciliar-se com os muçulmanos desde a polêmica detonada por um pronunciamento feito por ele na Alemanha, em 2006. Naquele discurso, o papa citou as declarações de um imperador bizantino do século 14 segundo as quais o profeta Maomé disseminava a fé 'pela espada'.
'A fim de evitar o aparecimento de qualquer forma de intolerância e para prevenirmo-nos contra a violência, precisamos encorajar a realização de um sincero diálogo baseado em um conhecimento mútuo cada vez mais verdadeiro', disse o papa na quinta-feira, diante de bispos vindos do Benin (oeste da África) e que visitavam o Vaticano.
'Um diálogo desse tipo exige de nós que treinemos pessoas competentes para nos ajudar a conhecer e compreender os valores religiosos que temos em comum e para respeitarmos piedosamente nossas diferenças', afirmou.
Depois da polêmica mundial do ano passado, Bento 16 disse lamentar a reação provocada por suas palavras, mas não chegou a pedir desculpas.
Pouco depois, ainda em 2006, ele rezou na Mesquita Azul, em Istambul, durante uma visita à Turquia.
Cerca de metade da população do Benin segue as práticas religiosas típicas da África. Outros 30 por cento são cristãos e 20 por cento, muçulmanos.
Fonte - Último Segundo
Nota DDP:
Esta é a última grande parede de separação a ser conquistada. A partir daí, normas comuns serão por demais facilitadas. Note-se a predisposição do islamismo a adequação à semana ocidental em Desafio ao fim de semana islâmico.